jogos online dinheiro real-Médicos cubanos deixarão o Brasil até o fim do ano
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O governo cubano anunciou nesta semana a decisão de deixar o programa por considerar injustas as condições impostas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, que anunciou novas condições para a parceria com Cuba, incluindo revalidação do título e contratação individual.
"A decisão deles é irrevogável, está sendo tratada diretamente com o presidente de Cuba [Miguel Díaz-Canel]", afirmou o presidente da Conasems, Mauro Junqueira, após se reunir com representantes do governo cubano e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O período definido por Havana o retorno dos médicos será entre o dia 25 de novembro e 25 de dezembro, ou seja, pouco antes da posse de Bolsonarojogos online dinheiro realBrasília, no dia 1º de janeiro.
O Conasems foi informado pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, de que o edital para contratação de médicos que deverão substituir os cubanos será publicado na próxima segunda-feira.
"O ministro me garantiu que isso será publicado já na segunda, já que, antes mesmo da decisão de ontem, pleiteávamos que havia 1.600 unidades básicas de saúde pelo país sem médicos. Agora, sem os cubanos, serão cerca de 10 mil médicos de defasagem", disse Junqueira.
"Se houver agilidade, esperamos que dentro de 90 a 120 dias, de publicação de edital a período de inscrição e contratação, esses profissionais estejam aptos a atuar", observou.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), há profissionais brasileirosjogos online dinheiro realnúmero suficiente para substituírem os cubanos. O problema é que muitos deles não querem ir para áreas remotas do país.
Ao anunciar a decisão de deixar o Mais Médicos, Cuba criticou as "declarações ameaçadoras e depreciativas" de Bolsonaro, que durante a campanha chegou a afirmar que expulsaria os médicos cubanos do Brasil.
Na quarta-feira, ao comentar a decisão de Havana de recolher os profissionais de saúde que trabalham no Brasil, o presidente eleito disse que seu governo concederá asilo político a todos os cubanos que desejarem permanecer no país.
Segundo Cuba, a modificação das condições do Mais Médicos lança dúvidas sobre a preparação dos médicos cubano, além de constituir um "desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde".
Mais de 28 milhões de desassistidos
O Mais Médicos é uma iniciativa do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que prevê a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para assistir a população brasileirajogos online dinheiro realáreas remotas, isoladas e pobres.
Cuba começou a enviar profissionais ao Brasiljogos online dinheiro real2013. Atualmente, 8,3 mil dos 18,3 mil profissionais que trabalham no programa são cubanos.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) avalia que o Mais Médicos "demonstrou ser uma das principais conquistas do movimento municipalista frente à dificuldade de realizar a atenção básica, com a interiorização e a fixação de profissionais médicosjogos online dinheiro realregiões onde há escassez ou ausência desses profissionais".
"Entre os 1.575 Municípios que possuem somente médicos cubanos do programa, 80% possuem menos de 20 mil habitantes. Dessa forma, a saída desses médicos sem a garantia de outros profissionais pode gerar a desassistência básica de saúde a mais de 28 milhões de pessoas", afirmou a CNMjogos online dinheiro realcomunicado.
"A presente situação é de extrema preocupação, podendo levar a estado de calamidade pública, e exige superaçãojogos online dinheiro realcurto prazo", alertou o órgão. "Acreditamos que o governo federal e o de transição encontrarão as condições adequadas para a manutenção do programa."
A CNM pede a ampliação do Mais Médicos para municípios e regiões que "ainda apresentam a ausência e a dificuldade de fixação do profissional médico". Segundo o órgão, os gastos com o setor de saúde sofreram defasagem de 42% na última década, o que sobrecarregou os cofres municipais.
De acordo com a entidade, os investimentos dos municípios na saúde chegam a ultrapassar a marca de 32% de seus orçamentos, sendo que esse percentual deveria ser de 15%. Dessa forma, muitas cidades não têm condições de assumir novas despesas.
RC/ots
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