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como apostar na luta do ufc-MP suspeita que Queiroz tenha quitado despesas pessoais de Flávio Bolsonaro

19 jun 2020 - 10h47
(atualizado às 10h52)
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Fabrício Queiroz foi assessor do então deputado Flávio Bolsonaro entre 2007 e 2018
Fabrício Queiroz foi assessor do então deputado Flávio Bolsonaro entre 2007 e 2018
Foto: DW / Deutsche Welle

Imagens de câmeras de segurança de uma agencia bancária dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) mostram Queiroz efetuando pagamentos de boletos diretamente no caixa. Após cruzar as imagens com as datas e horários de pagamentos suspeitos, os investigadores concluíram que o ex-assessor teria pago ao menos duas mensalidades da escola das filhas de Flávio no dia 1º de outubro de 2018, nos valores de 3.382,27 e 3.560,28 reais, segundo noticiou o G1.

De acordo com a investigação, o plano de saúde da família do senador foi quitado quase que emcomo apostar na luta do ufctotalidadecomo apostar na luta do ufcdinheiro vivo, através de 63 boletos bancários que somam 108.407,98 reais, sendo que as contas de Flávio ecomo apostar na luta do ufcesposa registram débitos bancários de apenas 8.965,45 para essas despesas, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

No caso das mensalidades escolares, 53 boletos foram pagoscomo apostar na luta do ufcdinheiro, totalizando 153.237,65 reais, sendo que as contas bancárias do casal registram débitos de 95.227,36 reais.

Os promotores identificaram ao menos uma ocasiãocomo apostar na luta do ufcque Queiroz pagou pessoalmente um desses boletoscomo apostar na luta do ufcuma agência do banco Itaú, cuja data e horário coincidem com os registros sobre o pagamento, segundo a Folha. A quitação foi feita no mesmo mêscomo apostar na luta do ufcque o assessor foi demitido por Flávio,como apostar na luta do ufcoutubro de 2018.

O MP afirma que 70% dos valores pagos para ambos os serviços entre 2013 e 2018 foram quitadoscomo apostar na luta do ufcespécie. A suspeita dos promotores é que o dinheiro utilizado para esses pagamentos tenha resultado da chamada "rachadinha". Essa prática ilegal, através da qual os funcionários de parlamentares são coagidos a devolver parte de seus salários, é o centro das investigações envolvendo Queiroz e Flávio Bolsonaro.

O caso da "rachadinha"

Queiroz é investigado por lavagem de dinheiro, suspeito de operar o esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio na Alerj. O filho do presidente foi deputado estadual entre 2003 e janeiro de 2019, e Queiroz foi seu assessor entre 2007 e 2018.

Em meados de maio, a Polícia Federal afirmou que iria investigar a afirmação feita pelo empresário Paulo Marinho de que o senador Flávio Bolsonaro foi informado com antecedência de que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada.

Marinho é suplente de Flávio no Senado, pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB e foi uma figura importante na campanha presidencial de Bolsonaro.

A Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato, foi deflagradacomo apostar na luta do ufcnovembro de 2018. Flávio teria revelado a Marinhocomo apostar na luta do ufc13 de dezembro de 2018 que soube antes da operação. À época, Queiroz estava sumido, e Flávio disse a seu suplente que mantinha contato indireto com Queiroz por meio de um advogado.

Em 6 de dezembro de 2018, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), um órgão do Ministério da Fazenda, detectou uma série de operações bancárias suspeitas de mais de sete dezenas de assessores e ex-assessores da Alerj. O documento foi produzido no âmbito da Furna da Onça.

Na lista constava o nome de Queiroz. O ex-assessor, que também é amigo de Jair Bolsonaro desde a década de 1980, logo passaria a ser personagem central da primeira crise do novo governo.

Segundo o relatório inicial do Coaf, Queiroz, que moravacomo apostar na luta do ufcum apartamento simplescomo apostar na luta do ufcum bairro de classe média baixa do Rio, movimentou 1,2 milhão de reaiscomo apostar na luta do ufcum período de 12 meses entre 2016 e 2017, épocacomo apostar na luta do ufcque estava lotado no gabinete de Flávio. O documento apontou que as movimentações eram "incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional" de Queiroz.

O mesmo relatório detalhou as operações bancárias realizadas pelo ex-assessor. Entre elas estava o depósito de um cheque de 24 mil reais na conta da esposa do então presidente eleito, Michelle Bolsonaro. No total, Queiroz sacou dinheirocomo apostar na luta do ufc176 oportunidades,como apostar na luta do ufc14 bairros do Rio. Vários dos saques eram idênticos e fracionados, o que levantou suspeitas de tentativa de ocultação.

O relatório ainda citou a filha de Queiroz, Nathalia Melo de Queiroz, que foi beneficiada pelos recursos movimentados pelo pai. Nathalia foi funcionária do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro entre dezembro de 2016 e outubro de 2018.

Em março de 2019, Queiroz quebrou o silêncio, oferecendo à Justiça pela primeira vez explicações sobre as suspeitas de corrupção que pairavam sobre ele. O ex-assessor disse ao Ministério Público que recolhia parte dos salários de servidores do gabinete, mas negou ter se apropriado dos valores.

Segundo a explicação que Queiroz prestou por escrito ao MP-RJ, o dinheiro recolhido dos funcionários do gabinete era usado para contratar assessores informais e "expandir a atuação parlamentar" de Flávio nas bases eleitorais. O ex-assessor também afirmou que Flávio não sabia do esquema.

RC/ots

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