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cbet turnover-PERFIL-Nova tentativa de Bolsonaro, Ribeiro toma posse na Educação sob sombra de religião

16 jul 2020 - 17h33
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Milton Ribeiro, que tomou posse nesta quinta-feira como novo ministro da Educação, chega ao posto como a quarta tentativa do presidente Jair Bolsonaro para comandar uma pasta envoltacbet turnoverpolêmicas levando consigo experiência na administração universitária, mas sob críticas por declarações dadascbet turnoverseu papel como pastor evangélico de uma igreja conservadora.

Entrada de universidadecbet turnoverSão Paulo
13/03/2020
REUTERS/Rahel Patrasso
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Foto: Reuters

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Pastor evangélico da Igreja Presbiteriana de Santos (SP), Ribeiro é graduadocbet turnoverDireito e Teologia, e teve passagem também pelas Forças Armadas como tenente de infantaria do Exército, de acordo com currículo divulgado na página da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, da qual fazia parte ao ser nomeado ministro.

Logo após a nomeação, vídeos de pregações de Ribeirocbet turnovercultos evangélicos com declarações polêmicas foram divulgados nas redes sociais, apontando para o caráter conversador do novo ministro.

Em um dos vídeos, o agora ministro afirma que "o mundo foi perdendo a referência do que é certo e do que é erradocbet turnovertermos de conduta sexual" após a descoberta da pílula anticoncepcional, e diz que universidades estariam ensinando "uma prática totalmente sem limites do sexo" ao abordarem a questão filosófica do existencialismo.

"Essa é a nossa sociedade, é isso que eles estão ensinando para os nossos filhos na universidade", afirmou.

Em outro culto cujo vídeo também circulou nas redes sociais após a nomeação, Ribeiro defende que pais imponham violência física contra os filhos como forma de educação. "Deve haver rigor, desculpe. Severidade, e vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim: deve sentir dor", disse.

Ao tomar posse, Ribeiro afirmoucbet turnoverseu discurso que jamais faloucbet turnoverviolência física na educação escolar e que nunca defenderá tal prática, mas cobrou críticas também aos casos de violência de alunos contra professores.

"Mesmas vozes críticas da nossa sociedade devem se posicionar quanto a tais episódios com a mesma intensidade", afirmou.

Ribeiro é o quarto nomeado por Bolsonaro para o Ministério de Educação desde o início do governo, ecbet turnoverposse encerra um vazio de quase um mês sem um ministro empossado desde que Abraham Weintraub deixou o cargo,cbet turnover18 de junho,cbet turnovermeio a polêmicas com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes de Weintraub, que foi indicado para um cargo no Banco Mundial, o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez ficou no cargo pouco mais de três meses, deixando a posição tambémcbet turnovermeio a polêmicas, inclusive tendo criticado o comportamento do brasileiro quando viaja ao exterior.

Carlos Alberto Decotelli chegou a ser nomeado como substituto de Weintraub no fim do mês passado, mas não chegou a tomar posse após a revelação de inconsistênciascbet turnovertitulações do seu currículo acadêmico.

Apesar de ser pastor evangélico, Ribeiro não foi uma indicação da frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, segundo integrantes do grupo. Parte dos parlamentares chegou a manifestar preocupação por considerar que "os presbiterianos são os mais progressistas entre os evangélicos", nas palavras do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ligado ao pastor Silas Malafaia.

No entanto, o ministro integra o segmento mais conservador do presbiterianismo, segundo o antropólogo e pesquisador associado ao Instituto de Estudos da Religião (Iser), Flávio Conrado.

"Ele é de uma linha conservadora, não há dúvida disso", disse Conrado. "Ele vem desse campo conservador, é de uma corrente que atravessa todo o século 20 e desemboca agora no século 21, que é de valorização da ortodoxia, dessa ideia de que você precisa manter o núcleo doutrinário, e que isso se alia também a valores conservadores, no campo da família, no campo dos costumes."

Também no discurso de posse, o novo ministro afirmou que assume o cargo consciente dos preceitos constitucionais do Estado laico e do ensino público, apesar das convicções religiosas.

"Conquanto tenha formação religiosa, meu compromisso, que assumo hoje ao tomar posse, está bem firmado e bem localizadocbet turnovervalores constitucionais da laicidade do Estado e do ensino publico", afirmou.

(Edição de Alexandre Caverni)

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