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Política

baixar pagbet app-Coronel acusado da morte do 'lobista dos tribunais' quer Moraes fora do inquérito do 8/1

15 jan 2025 - 18h22
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Caçadini nega os crimes. Em um deles ele é apontado como 'intermediário' na contratação de um pistoleiro para matar Zampieribaixar pagbet appdezembro de 2023baixar pagbet appCuiabá. O mandante teria sido um fazendeiro. O arquivo de conversas por WhatsApp no celular do advogado levou a outra pista, a de um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso - a investigação mostra que os contatos e acertos de Zampieri se espraiaram até o Tribunal de Mato Grosso do Sul e chegaram a gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça.

O outro crime atribuído ao coronel é de incitar a "animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes Constitucionais", no caso, um golpe. Seus advogados buscam reverter no Superior Tribunal Militar uma decisão de primeira instância da Justiça Militar que remeteu ao Supremo a ação penal abertabaixar pagbet appmaio do ano passado contra ele.

Nessa ação ele é formalmente acusado de "incitar a desobediência e a indisciplina militar, ao propalar fatos capazes de ofender a dignidade das Forças Armadas e ao imputar ao comandante do Exército fato ofensivo àbaixar pagbet appreputação". A Procuradoria militar imputa a ele os crimes de incitamento, ofensa às Forças Armadas e difamação - todos os delitos previstos no Código Penal Militar.

O caso foi remetido ao STF após a Justiça Militar entender que as condutas imputadas a Caçadini "teriam sido praticadas no contexto" dos atos golpistas do 8 de Janeiro, quando extremistas invadiram e depredaram a sede dos Três Poderesbaixar pagbet appBrasília.

A decisão de subir o caso ao Supremo atendeu um pedido do Ministério Público Militar, que argumentou que as condutas do coronel reformado "teriam sido praticadas no contexto dos fatos ocorridos no dia '8 de janeiro de 2023', após o pleito eleitoral de 2022, indicando conotação político-ideológica".

A Procuradoria defendeu inclusive que o militar seja processado não por incitamento, mas por incitação ao crime (delito previsto no Código Penal), vez que se visava "objetivava promover, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes Constitucionais".

Os advogados de Caçadini pedem ao STM que reverta a decisão e que o coronel seja julgado pela Justiça Militar e não pelo STF. A defesa alegou que os vídeos questionados pelo MP foram publicados da metade de janeiro de 223 para frente, ou seja, após o dia 8 de janeiro - " não podendo ser uma das inúmeras causas, portanto, dos lamentáveis acontecimentos de Brasília".

O recurso de Caçadini foi remetido à Corte superior militarbaixar pagbet appdezembro. O Estadão apurou que a tendência é que a ação penal contra o coronel seja mantida sob a alçada do Supremo.

Tanto o STF como o STM têm precedentes nesse sentido. Em 2023, o Supremo fixoubaixar pagbet appcompetência para processar e julgar crimes que culminaram no 8 de Janeiro, independente de os investigados serem civis ou militares, das Forças Armadas ou dos Estados.

A jurisprudência foi invocada, por exemplo, na decisão que mandou para o STF a investigação sobre coronéis supostamente responsáveis pela 'Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro'. O documento visava pressionar o general Freire Gomes, então comandante do Exército, a aderir a um golpe de Estado que teria sido gestado no governo Jair Bolsonaro.

Essa ação penalbaixar pagbet appque Caçadini é réu tem como base publicações que ele fezbaixar pagbet appsuas redes sociaisbaixar pagbet appjaneiro de 2023, tanto via grupos de WhatsApp comobaixar pagbet apppáginas que administra no Youtube e Instagram, denominadas 'Frente Ampla Patriótica'.

Segundo o Ministério Público Militar, os conteúdos "incitam a quebra da hierarquia e disciplina militar, além de ofenderem a dignidade das Forças Armadas".

Ao denunciar Caçadini, a Procuradoria Militar narrou que o coronel, "descontente com a atuação das Forças Armadas, particularmente do Exército Brasileiro, que teria "passado pano" para o que aconteceu no final de 2022, com a eleição do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a sugerir que os manuais militares foram feitos para serem rasgados e que a hierarquia e a disciplina podem ser quebradasbaixar pagbet appdeterminadas situações, incitando, dessa forma, a desobediência e a indisciplina militar".

Em uma publicação, o militar escreveu: "Os Traidores da Pátria!!! Nós brasileiros e patriotas não podemos esquecer jamais de duas datas a partir de 2023: a virada do ano com a traição das FFAA e o Dia 8 Janeiro. Mas vamos voltar às ruas e dizer quem manda neste País: O POVO!!!?".

De acordo com a Procuradoria,baixar pagbet appoutro vídeo Caçadini "ofendeu a reputação" do atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, o acusando de "omissão e traição por colocar seus objetivos pessoais acima dos interesses da instituição, abandonando o patriotismo e a ética".

Caçadini se tornou réu na ação penal do 8 de JAneiro quando estava presobaixar pagbet apprazão da outra acusação, que lhe atribui ligação com o assassinato a tiros do advogado Roberto Zampieri, o 'lobista dos tribunais',baixar pagbet appdezembro de 2023. A investigação é conduzida pela Polícia Federal com supervisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo.

Caçadini foi identificado pelo assassino confesso de Zampieri, o 'capelão' Antônio Gomes da Silva, como o homem que lhe pagou um sinal de R$ 20 mil que havia sido combinado pela execução do advogado de Cuiabá.

Segundo o pistoleiro contou à Polícia, o coronel fez a intermediação entre ele, o instrutor de tiro que 'contratou' o crime e o fazendeiro suspeito de ser o mandante.

No celular do coronel, a Polícia encontrou informações relacionadas ao assassinato de Zampieri: foto da certidão de óbito do advogado, foto do instrutor de tiro e uma imagem da caixabaixar pagbet appque foi escondida a pistola 9 milímetros usada para o crime.

Também foram anexados aos autos outros arquivos resgatados no celular do coronel Caçadini, como imagens do 'capelão' no hotel onde ficou hospedado antes do assasssinato e trechos do inquérito policial.

Estadão
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Fontes de referência

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