betano google-Auxílio-moradia deveria ir ao plenário, avaliam ministros
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Suspensão da medida por Luiz Fux deveria ter sido debatida entre os 11 ministros, acreditam integrantes da Cortebetano google de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender o auxílio-moradia para magistrados e outras carreiras jurídicas individualmente, três integrantes da Corte ouvidosbetano googlecaráter reservado indicaram que seria mais apropriado que o tema fosse analisado pelo plenário do STF,betano googlefunção da amplitude do que foi decidido. O julgamento pelos 11 ministros, no entanto, dependeria da liberação do processo por Fux, que ainda não teria sinalizado essa possibilidade a colegas.
Uma chance do processo passar pelo crivo do colegiado se daria por meio de um eventual recurso apresentado no STF contra a decisão de Fux. Mesmo assim, dependeria do ministro para poder ser levado ao plenário. Na visão de um dos integrantes da Corte, que preferiu não se identificar, Fux tomou uma decisão muito abrangente, que teria extrapolado os limites da ação sobbetano googlerelatoria. Este ministro lembra que o processo se referia à extensão do auxílio para juízes federais e estaduais, não compreendendo todas as carreiras jurídicas e nem as normas estaduais que previam o benefício.
Para um segundo ministro, a passagem da questão pelo plenário seria importante para uniformizar o tema, o que poderia abranger também outros "penduricalhos" da magistratura. A decisão de Fux orienta que a regulamentação do recebimento do auxílio-moradia deverá passar pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que poderão definir possibilidades do recebimento do benefício de acordo com a Lei Orgânica da Magistratura (Loman). A Loman prevê ajuda de custo, para moradia, nas localidadesbetano googleque não houver residência oficial à disposição do magistrado.
Apesar de a regulamentação através dos conselhos abrir caminho para a volta do benefíciobetano googlecertas situações, um dos integrantes da Corte ouvido reservadamente avalia que não há como o pagamento retornar como vinha sendo feito nos últimos anos. Para este ministro, no entanto, era essencial que o tema fosse deliberado pelo plenário.
Uma normatização por parte do CNJ e CNMP ainda não tem data para ocorrer. Um conselheiro do CNJ ouvido reservadamente pela reportagem acredita que a decisão de Fux não obriga o órgão a regulamentar a matéria. Na avaliação deste membro do CNJ, a questão não deve ser analisada pelo conselho aindabetano google2018, para que não haja maiores desgastes sobre a matéria. Por outro lado, um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou à reportagem que considera "normal" que a temática seja regulamentada pelo CNJ. Ele preferiu não ser identificado.
Legalidade
Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 27, o ministro Marco Aurélio Mello avaliou positivamente a decisão do ministrobetano googledeliberar sobre a questão. Marco Aurélio afirmoubetano googlevárias ocasiões que a demora do STFbetano googletomar alguma medidabetano googletorno do tema gerava desgaste à Corte. Por outro lado, o ministro acentuou que o plenário do STF ainda não se debruçou sobre a legalidade do auxílio-moradia. "Ele (Fux) sinalizou muito mais o problema econômico financeiro. Haveria o direito? Nós não chegamos a nos pronunciar", disse o ministro.
Na decisão desta segunda-feira, Fux defende legalidade do benefício, previsto na Loman, mas ressalva que há um novo contexto com "amazônica repercussão", diferente de quando estendeu o auxílio a toda magistraturabetano google2014.
"Nesses termos, a inviabilidade orçamentária verificada no atual contexto impõe que seja conferido tratamento isonômico a todos os atingidos, visando a impedir o pagamento da parcela referente ao auxílio-moradia a todos os agentes, sem exceções, que recebem a parcelabetano googledecorrência do art. 65, II, da Lei Complementar 35/1979 (i.e., todos os membros do Poder Judiciário), ou como resultado da simetria entre as carreiras jurídicas", assinalou Fux na decisão.
O problema orçamentário é citado no contextobetano googleque o fim do auxílio-moradia foi usado como moeda de troca para a aprovação do reajuste de 16,38% no salário dos ministros do STF, sancionado nesta segunda pelo presidente Michel Temer. Perguntado se o acordo entre o Planalto e o Supremo gerava um desgaste para a Corte, Marco Aurélio respondeu que "sem dúvida gera". "A Corte tem de atuar na seara própria independentemente de ajustes", disse.