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Política

stake casa de apostas-Planalto trabalha para tentar minar candidatura de Moro

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Temor de que o ex-chefe da Lava Jato divida os votos da direita é combustível para o governo traçar estratégias políticas
10 mai 2020 - 07h18
(atualizado às 08h37)
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No Planalto, a percepção é de que o ex-ministro Sérgio Moro é "candidatíssimo", expressão usada pelo próprio presidente Jair Bolsonarostake casa de apostasuma conversa reservada. O temor de que o ex-chefe da Lava Jato divida os votos da direita é combustível para o governo traçar estratégias políticas.

Moro pode ter quarentena remunerada por seis meses
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Foto: Reuters

O governo avalia que tanto o discurso feito por Moro ao abandonar o ministério, no último dia 24, quanto o depoimento de oito horas que deu à Polícia Federalstake casa de apostasCuritiba, no dia 2, como parte do inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a suposta interferência do presidente na PF são ações políticas milimetricamente calculadas.

Segundo pessoas que estiveram na reunião ministerial do dia 22 de abril, citada por Morostake casa de apostasseu depoimento e na qual Bolsonaro teria pressionado o ex-ministro a mudar a chefia da PF, a gravação requerida pelo ministro do STF Celso de Mello, relator do inquérito, não mostra muita coisa além do que já se sabe, mas tem potencial para desgastar o governo.

O principal motivo são palavrões e outras ofensas desferidos por ministros contra os integrantes do Supremo. Um dos mais exaltados teria sido, segundo relatos, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, embora não tenha sido o único da sala a se referir de forma desrespeitosa aos magistrados.

Os olhos do Planalto, neste momento, se voltam para uma denúncia contra Moro feita por um grupo de 14 advogados na Comissão de Ética Pública da Presidência para que o ex-ministro seja investigado por possíveis atos ilícitos no períodostake casa de apostasque ocupou o cargo. Se for condenado pela Comissão, Moro fica inelegível.

A peça é assinada pelo jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelos advogados Mauro Menezes, presidente da Comissão no governo Dilma Rousseff, e Marco Aurélio de Carvalho, filiado ao PT, entre outros.

O fato de petistas assinarem a denúncia, segundo fontes do Planalto, dá mais força à estratégia, pois isentaria Bolsonaro de participação na manobra para tirar Moro da corridastake casa de apostas2022.

Outra questão pendente que envolve o ex-ministro é o julgamento dastake casa de apostasimparcialidade na condução dos processos da Operação Lava Jato, solicitado pela defesa do ex-presidente Lula.

Dos cinco ministros da Segunda Turma do Supremo, dois (Edson Fachin e Cármen Lúcia) votaram a favor do ex-juiz.

Capital

Embora esteja recluso desde que deixou o governo, com exceção do depoimento que deu à PF e de algumas postagens nas redes sociais para rebater Bolsonaro, Moro ainda tem capital político, segundo lideranças partidárias.

Para o ex-deputado Roberto Freire, presidente do Cidadania, a saída de Moro do governo pode credenciá-lo no setor liberal da economia e da política. "Moro deixou Bolsonaro isolado com a extrema direita. O ex-ministro tem vida própria", afirmou Freire.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), acredita que é preciso esperar o desenrolar das investigações contra Bolsonaro. "Antecipar demais gera um problema que não é necessário agora, tem que saber exatamente até que ponto vão as investigaçõesstake casa de apostasface do comportamento do presidente", afirmou. Ele argumenta que a apuração pode "escancarar que a gente tem um vácuo de liderança com esse perfil (de combate à corrupção)", disse Vieira.

Segundo ele, as bandeiras levantadas por Bolsonaro da renovação política e do combate à corrupção não se confirmaram.

Para o empresário Rogério Chequer (Novo), um dos fundadores do movimento Vem Pra Rua, o ex-ministro tem apoio dos grupos "lavajatistas" que pediram o impeachment de Dilma Rousseffstake casa de apostas2015. "Moro tem um capital muito grande com esse grupos e isso não mudou após ele deixar o governo. Isso conta muitostake casa de apostasuma eventual candidatura", disse Chequer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão
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Fontes de referência

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