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Política

jogo de caca niquel gratis-Polarização avançajogo de caca niquel gratisescolas, vira briga entre alunos e preocupa educadores

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Eleições são pano de fundo de casos de violência entre jovens; para especialistas, professores devem agir como mediadores
6 nov 2022 - 05h10
(atualizado às 07h45)
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Advogada Thaís Cremasco e seus dois filhos Antônio e Thaila; o filho sofreu ofensas racistas depois de declarar apoio a Lula nas eleições.
Advogada Thaís Cremasco e seus dois filhos Antônio e Thaila; o filho sofreu ofensas racistas depois de declarar apoio a Lula nas eleições.
Foto: Ricardo Lima/Estadão / Estadão

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Episódios de ofensas, agressões e racismo envolvendo estudantes surgiramjogo de caca niquel gratisdiversas escolas particulares pelo País na semana passada, logo após o resultado da eleição presidencial. A fratura na sociedade evidenciada nos últimos meses atinge também crianças e adolescentes, de todas as idades. E atinge o espaço que deveria ser o de aprendizagem da vivênciajogo de caca niquel gratissociedade e de fortalecimento dos valores democráticos. Para especialistas, os educadores não só não podem ficar omissos como são fundamentais para a reconstrução desse Brasil dividido.

"Os conflitos na escola têm de ser pedagógicos, têm de servir para transformar a sociedadejogo de caca niquel gratisum lugar melhor", disse a professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Telma Vinha, que pesquisa convivência na escola e formação ética. "A escola tem papel diferente da família, as regras e princípios valem para todos, a criança percebe que há pessoas diferentes. É nela que se aprende a viverjogo de caca niquel gratissociedade."

Para Telma, faltam no Brasil políticas públicas voltadas para formar estudantes para a democracia, com assembleias, escuta, mediação, grupos de ajuda formados pelos próprios alunos, prevenção à violência e trabalho sobre a inserção nas redes sociais. Pesquisas internacionais mostram que países como Bélgica, Finlândia e França, que têm essas discussões nos currículos, formam jovens com valores fortes de equidade, tolerância e autonomia. "A escola particular, com medo de perder alunos, tornou-se apolítica e colocou essas questões para debaixo do tapete. Não dá para se preocupar só com Português e Matemática."

Medo

Em uma escola de Indaiatuba, no interior de São Paulo, crianças de 11 anos gritaram na sala de aula, na segunda-feira após o segundo turno, que pais de colegas que haviam votadojogo de caca niquel gratisLuiz Inácio Lula da Silva (PT) "morreriam a pauladas". Um garoto já havia levado um soco durante o primeiro turno por discussão partidária. "Tenho muito medo de fazerem algo com meu filho", disse a mãe dele, que pediu para não ser identificada. Ao procurar a escola, ela escutou que o agressor recebeu uma advertência e que "os professores tinham sido orientados a não falar de política".

A advogada Alessandra Lacerda, que mora no Rio Grande do Norte, afirmou que a filha, de 8 anos, teve discussões na escola sobre preferência de candidatos. "Disse para não mais falar disso fora de casa, nem Lula nem Bolsonaro. A gente está vivendo um momento perigoso."

Segundo especialistas, a puniçãojogo de caca niquel gratiscasos de agressão ou evitar o assunto não ajudam a mudar concepções das crianças nem a melhorar o cenário. "Sou contra a ideia de que política, futebol e religião não se discutem. Política se discute, sim, e desde cedo", disse o diretor de Políticas e Direitos do Instituto Alana, organização que trabalha na defesa da infância, Pedro Hartung. Há abordagens e materiais para cada idade sobre esses assuntos. "Quanto mais diversidade e repertório, melhor será o desenvolvimento da criança."

Alteridade

A psicanalista e doutorajogo de caca niquel gratisEducação Ilana Katz destacou que as crianças "vivem no mesmo mundo que nós e não podem ser blindadas das nossas experiências". Ela também vê a educação como peça fundamental nesse momento de ruptura. "A escola, como o lugar da experiência com o outro, precisa ser radicalmente contrária a movimentos abusivos, violentos, e fazer tudo para começar a reconstruir a experiência de alteridade."

Na noite do resultado do segundo turno das eleições, alunos do Colégio Porto Seguro,jogo de caca niquel gratisValinhos, interior paulista, protagonizaram um episódio de racismo, denunciado pela mãe da vítima nas redes sociais e na polícia. Cerca de 30 adolescentes criaram um grupo chamado "Fundação antipetismo" e alguns passaram a proferir ofensas racistas ao colega negro, que havia declaradojogo de caca niquel gratispreferência por Lula.

"Já tinham ocorrido outros episódios de racismo, mas a eleição acabou despertando esse discurso de ódio", disse a advogada Thais Cremasco, mãe de Antônio, de 15 anos, que sofreu as agressões. O Porto Seguro disse que repudia "toda e qualquer forma de discriminação e preconceito" e que "aplicou aos alunos envolvidos as sanções disciplinares", inclusive "desligamento imediato".

Em Curitiba, centenas de estudantes xingaram o presidente eleitojogo de caca niquel gratisuma manifestação que rejeitava o resultado das urnas, no pátio do Colégio Marista Santa Maria. A escola informou que "repudia quaisquer atitudes ou comportamentos que incitem todos os tipos de violência, seja ela simbólica, verbal, psicológica ou física".

Em uma escola particular da zona oeste São Paulo, porjogo de caca niquel gratisvez, pais reclamaram da situação oposta: os filhos foram constrangidos por não declarar apoio a Lula.

Mediação

Para a diretora do Instituto Península, Heloisa Morel, o País precisa se dedicar a formar os professores para serem mediadores desse diálogo. "A eleição acabou, agora a escola tem a oportunidade formativa de sair do campo da batalha, explicar conceitos, acolher as diversidades", afirmou.

"A escola é espaço ideal para fazer isso sem paixões e, sim, com conhecimento", disse Ilana. Para ela, a reconstrução da sociedade vai se dar junto com as crianças. "As crianças estão com a gente nesse fundo do poço. O mais importante é criar um movimento de abertura, que inclua a experiência com o outro, para que, juntos, possamos inventar soluções.</CW>"

Orientações

Escolas

Professores não devem deixar de falar sobre política, processos democráticos, representatividade e eleições. Isso deve ser feito, se possível, de maneira curricular.

Pais

Devem entender que é função da escola ensinar para convivênciajogo de caca niquel gratissociedade, ética, valores para a democracia, para a diversidade, e que isso não quer dizer doutrinação.

Adolescentes

Precisam de ambientes de escuta, debates e pesquisas sobre seus argumentos para mudar concepções violentas ou antidemocráticas.

Punição

Não resolve os conflitos.

Estudantes

Precisam aprender sobre ganhar e perder. Quem perdeu não pode ser tratado como "resto" ou "sem valor".

Adultos

Não devem tratar eleições como se fosse briga de futebol. É preciso explicar às crianças quais as razões para as escolhas de cada família.

Sociedade

Não deve esperar apenas dos eleitos um gesto de união. Cada cidadão precisa dar um passo nesse processojogo de caca niquel gratisrelação ao outro.

Diálogo

É preciso achar pontos de união com quem votou no adversário,jogo de caca niquel gratisvez de olhar só para o que os separa

*COLABORARAM BEATRIZ CAPIRAZI E ZECA FERREIRA

Estadão
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Fontes de referência

  1. ituano x náutico palpite
  2. slot real online
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