Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

vaidebet vagas-Qual pode ser o impacto da divulgação do vídeo com falas polêmicas de Bolsonaro e seus ministros?

vaidebet vagas

Celso de Mello deve decidir até essa sexta-feira se torna pública a gravação do encontro ministerialvaidebet vagasque o presidente teria, segundo Moro, assumidovaidebet vagasintenção de interferir na PF.
21 mai 2020 - 05h59
(atualizado às 07h32)
Compartilhar
Exibir comentários

vaidebet vagas de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello planeja decidir até essa sexta-feira (21/05) se o vídeo de uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com seus ministros no dia 22 de abril deve ser tornado público, seja integralmente ouvaidebet vagasparte.

Há grande expectativa sobre o conteúdo da reunião porque, segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o presidente teria manifestado abertamente naquele encontro a intenção de interferir na Polícia Federal, o que Bolsonaro nega.

Além disso, o vídeo, caso divulgado na íntegra, teria potencial de causar desgaste político ao governo também devido a declarações polêmicas de alguns ministros, incluindo ataques agressivos ao STF, a governadores de Estados e a outros países.

A gravação foi incluída como possível prova no inquérito que investiga se houve ingerência por Bolsonaro na PF, aberto após Moro se demitir do ministériovaidebet vagas24 de abril.

Ele saiu por não concordar com a decisão do presidente de demitir o então diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo, e nomearvaidebet vagasseu lugar o delegado Alexandre Ramagem, que acabou barrado pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes devido avaidebet vagasproximidade com a família presidencial.

Juristas ouvidos pela BBC News Brasil se dividem sobre se já há elementos suficientes para embasar uma denúncia criminal contra o presidente no STF independentemente do teor do vídeo. A decisão caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, único que pode processar Bolsonaro criminalmente.

Por enquanto, já se sabe que o presidente falou sobre a Polícia Federal na reunião ao menos uma vez, referindo-se ao órgão por suas iniciais (PF). Isso foi reveladovaidebet vagasmanifestação da Advocacia Geral da União (AGU) solicitando a Celso de Mello que divulgue apenas parcialmente o teor do vídeo. Nesse pedido, o órgão transcreveu duas breves declarações de Bolsonaro na reunião de cerca de duas horas.

Na primeira, Bolsonaro reclama da falta de informações recebidas de três órgãos ­— Polícia Federal, Forças Armadas e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) — e diz que por isso iria "interferir", sem especificarvaidebet vagasqual. No segundo trecho, o presidente reclama de não estar conseguindo trocar "segurança nossa no Rio de Janeiro".

No primeiro trecho, o presidente afirma: "Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações: a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente... temos problemas... aparelhamento, etc. A gente não pode viver sem informação".

E complementa: "E não estamos tendo. E me desculpe o serviço de informação nosso — todos — é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade".

Cinquenta minutos depois, segundo a AGU, Bolsonaro fez uma segunda declaração.

"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f... minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira", afirmou o presidente.

A AGU ressalta que o órgão responsável pela segurança do presidente evaidebet vagasfamília é a Abin, vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional. Já Moro diz que o presidente, ao falarvaidebet vagas"segurança" estava na verdade se referindo à superintendência da PF no Rio de Janeiro — Estado que é reduto eleitoral de Bolsonaro e onde há investigações sensíveis ao interesse devaidebet vagasfamília sendo tocadas pela Polícia Federal ou órgãos estaduais.

O comando da PF do Rio já foi trocado duas vezes no governo Bolsonaro por solicitação do presidente. Primeiro,vaidebet vagasagosto de 2019, Ricardo Saadi foi substituído por Carlos Henrique Oliveira Sousa, mas nesse caso Moro conseguiu impor um nome devaidebet vagasconfiança. No ínicio desse mês, Oliveira deu lugar a Tácio Muzzi.

O presidente, porvaidebet vagasvez, diz que se preocupa comvaidebet vagassegurança e devaidebet vagasfamília desde que levou uma facada na campanha presidencial,vaidebet vagassetembro de 2018. Bolsonaro também disse que reclamava na reunião da falta de relatórios de inteligência, não de informações sobre investigações.

vaidebet vagas

Vídeo pode ter impacto político e jurídico
Bolsonarovaidebet vagasreunião com integrantes do governo — entre eles Sergio Moro, de braços cruzados à direita, cujas acusações contra o presidente ao deixar ministério motivaram inquérito
Bolsonarovaidebet vagasreunião com integrantes do governo — entre eles Sergio Moro, de braços cruzados à direita, cujas acusações contra o presidente ao deixar ministério motivaram inquérito
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República / BBC News Brasil

Para Davi Tangerino, professor da direito penal da FGV e da UERJ, o que já foi revelado a partir dos depoimentos de testemunhas no inquérito, da divulgação feita pela AGU e a forma como Bolsonaro realizou a troca de comando da Polícia Federalvaidebet vagasBrasília e da superintendência do órgão no Rio de Janeiro já seriam elementos suficientes para que ele seja denunciado pelo crime de prevaricação, que consistevaidebet vagas"praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal", segundo o Código Penal.

Navaidebet vagasavaliação, o vídeo, se de fato mostrar uma séria de falas agressivas do presidente e de ministros do governo, pode contribuir para enfraquecer Bolsonaro politicamente e reforçar os elementos que já existem para denúncia criminal.

A gravação da reunião foi exibida na semana passada para investigadores da PF e da PGR e para a defesa de Moro. Depois disso, foi vazado para a imprensa brasileira que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chamou o coronavírus de "comunavírus" e disse que a doença covid-19 é uma "coisa da China", com propósito de dominar outras nações.

Já o ministro da Educação, Abraham Weintraub, teria xingado ministros do STF, enquanto a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, teria defendido a prisão de governadores. O próprio Bolsonaro teria xingado o governador de São Paulo, João Doria, e integrantes do governo do Rio de Janeiro.

"A integralidade do vídeo talvez mostre um grande grupo de autoridades muito descomprometido com as instituições, usando um linguajar de conversa de botequimvaidebet vagasuma reunião ministerial. Isso daria um contexto ruim para o presidente, reforçando a denúncia por prevaricação", acredita Tamarindo.

Já Alamiro Velludo, professor de direito penal da USP, ainda não vê indícios criminais que sustentem uma denúncia contra o presidente. Navaidebet vagasavaliação, apenas se vierem à tona provas de que Bolsonaro tenha atuado concretamente para interferirvaidebet vagasinvestigações específicas, por exemplo, com uma fala explícita do presidente na reunião ministerial, ele poderia ser denunciado.

"Acho muito difícil tomar alguma posição do ponto de vista jurídico sem o aspecto daquilo que ocorreu na fatídica reunião ministerial", afirma.

Velludo ressalta que o Presidente da República tem a prerrogativa (o poder) de definir o comando da Polícia Federal e que essa escolha tem dimensão "técnica e política".

"Quando se outorga ao presidente essa escolha, inegavelmente representa uma escolha política. Então, é normal que o presidente escolha aquelas pessoas que ele já conheça o trabalho ou tenha tido algum nível de relação. Isso é comum, assim como na escolha dos ministros e de qualquer autoridade administrativa que se faça dentro do modelo de discricionariedade do governante", disse.

"Para que essa escolha ultrapasse a dimensão da arena política e vire um problema jurídico de irregularidade, tem que ser demonstrado muito cabalmente, a meu ver, que aquele delegado X foi nomeado para interferir numa investigação Y, ajudando C. Se não houver isso, é temerário tornar uma discordância política que existiu entre o presidente e o ex-ministro Moro num problema jurídico", reforça.

'Conjunto da obra'

Tamarindo, porvaidebet vagasvez, considera que a identificação de uma investigação específica que teria sofrido interferência indevida pelo presidente seria necessária para uma denúncia pelo crime de obstrução de Justiça, mas não para uma denúncia por prevaricação (crime que consistevaidebet vagas"praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal").

Ele ressalta que a "temporalidade" dos acontecimentos reforça a versão de Moro, já que o comando da PF foi trocado dois dias após o presidente manifestar na reunião ministerialvaidebet vagasintenção de interferir no órgão e na "segurança" do Rio de Janeiro.

O professor da FGV destaca, ainda, o depoimento do delegado Carlos Henrique Oliveira de Souza, recém-removido da superintendência da PF no Rio de Janeiro para ser diretor-executivo da Polícia Federal,vaidebet vagasBrasília, segundo cargo mais importante na hierarquia do órgão.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Oliveira de Souza corrigiu, na terça-feira (19), o depoimento que havia dado na semana passada para informar que foi convidado para deixar a superintendência do Rio já no dia 27 de abril, por Alexandre Ramagem, quando este ainda era cotado para ser o diretor-geral.

Assim,vaidebet vagasnova declaração entrouvaidebet vagascontradição com o depoimento de Ramagem no inquérito, já que ele havia dito que não houve interferência na remoção de Souza pelo novo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza. Alexandre de Souza foi escolhido para comandar a PF após Ramagem ser barrado pelo STF.

"O conjunto da obra mostra o interesse particular indevido do presidente nesse assunto (de nomeações da PF)", afirma Tamarindo.

Vídeo deve ser divulgado?

De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o ministro Celso de Mello ficou "incrédulo" ao assistir o vídeo da reunião ministerial na segunda-feira (18). Ainda segundo o veículo, "a tendência do ministro é atender ao pedido do ex-ministro Sergio Moro e levantar o sigilo da íntegra do vídeo do presidente Jair Bolsonaro com seus auxiliares,vaidebet vagasnome do interesse público".

A reportagem lembra que Celso de Mello já destacouvaidebet vagasuma decisão do início deste mês "não haver, nos modelos políticos que consagram a democracia, espaço possível reservado ao mistério".

Os professores ouvidos pela BBC News Brasil, porém, consideram que o mais adequado seria o ministro liberar o conteúdo apenas dos trechos da reunião relacionados ao objeto do inquérito, ou seja, a possível interferência na PF pelo presidente. É essa a posição da PGR, enquanto a AGU sugeriu que Celso de Mello retire o sigilo de todas as falas do presidente, preservando declarações de ministros.

Para Tamarindo, a liberação integral do vídeo poderia criar um precedente para futuras interferências indevidas do STF no Poder Executivo.

"Essa decisão abriria uma brecha institucional que amanhã pode ser alargada ou mal interpretada. Eu sou muito cuidadoso na abertura de exceções, porque, uma vez aberta a primeira, você não sabe como será a segunda", afirma.

"Amanhã mudam os ministros do Supremo, muda o Presidente da República, e não sabemos como esse precedente pode ser usadovaidebet vagasoutras decisões", argumenta ainda.

BBC News Brasil BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.
Compartilhar

Fontes de referência

  1. bet7k patrocinio
  2. promo code pixbet365
  3. apostas em bilhetes de loteria on line

Publicidade
Publicidade
Seu Terra












Recomendado por Taboola












Publicidade
Publicidade