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Coronavírus

roleta 666-Estados devem sair da crise da covid ainda mais endividados

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Governos poderão deixar de pagar parcelas das dívidas com União, bancos públicos e órgãos internacionais até o fim de 2020
14 jun 2020 - 05h12
(atualizado às 09h26)
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Foto: José Cruz/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

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Apesar de um socorro bilionário do governo federal, os Estados devem sair da crise ainda mais endividados do que já estavam antes da pandemia do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, o ritmo da recuperação ainda incerto coloca dúvidas sobre o momentoroleta 666que a arrecadação voltará ao patamar pré-crise. A combinação desses fatores tem levado especialistas a apostar numa nova rodada de resgates ou até numa renegociação da dívida dos governos estaduais.

Entre o início de janeiro e o fim de abril, o estoque da dívida dos Estados saltou R$ 53,5 bilhões para R$ 882,9 bilhões, e a maior parte do aumento (R$ 52,2 bilhões) é explicada pela variação cambial, de acordo com dados do Banco Central. A alta foi de R$ 41,1 bilhões no saldo da dívida externa e de R$ 11,1 bilhões na dívida interna atrelada ao dólar.

Com a aprovação do socorro, os governos estaduais poderão deixar de pagar as parcelas das dívidas com União, bancos públicos e organismos internacionais até o fim de 2020. Segundo dados do Ministério da Economia, a medida deve abrir um espaço de R$ 52,5 bilhões no Orçamento dos Estados. Mas eles terão que reincorporar esse débito (com correções) ao saldo restante dos contratos no início de 2022, o que aumentará o valor do serviço da dívida e pressionará o caixa dos governadoresroleta 666pleno ano eleitoral.

Até lá, ainda não se sabe se a arrecadação já terá retomado o nível anterior à crise. Os Estados começaram 2020 com alta nas receitas próprias, mas o resultado se inverteuroleta 666abril, já refletindo as medidas de isolamento social. Naquele mês, houve diminuição de 15% nas receitas estaduais ante abril de 2019, segundo o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O tombo foi ainda maiorroleta 666maio, com queda de 23,9% ante igual mês de 2019.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, os secretários estaduais de Fazenda manifestaram preocupaçãoroleta 666reunião recente com integrantes da equipe econômica e sinalizaram apoio a uma retomada da agenda de reformas para tentar contornar os problemas que virão mais à frente. As prioridades são as reformas tributária, para simplificar o ICMS e acabar com a chamada 'guerra fiscal' , e a administrativa, para atacar o gasto com funcionalismo.

Para o economista Guilherme Tinoco, especialistaroleta 666finanças públicas, o problema dos Estados ainda não está resolvido. Ele lembra que governos como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais já haviam obtido liminares na Justiça para suspender pagamentos da dívida. Por isso, o socorro tem um impacto menor para eles neste momento, pois parte do alívio possível já havia sido antecipada.

O economista Raul Velloso afirma que muitos Estados já estavam virtualmente quebrados antes da pandemia. "O passado está aí, e está se criando um novo acúmulo de problemas."

Estadão
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Fontes de referência

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