championsbet-O que significa salto de mais de 24%championsbetcasos e mortes por coronavírus no Brasilchampionsbetum dia
championsbet
Para especialistas, crescimento intenso era esperado neste momento da pandemia, especialmente diante do maior número de laboratórios credenciados para realizar exames e do grande número de testes que ainda esperam para ser feitos.championsbet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
O Brasil teve na terça-feira (31/3) o maior aumentochampionsbettermos absolutos do número de casos e de mortes causados pela pandemia do novo coronavírus até agora.
Nas 24 horas do dia, foram confirmadas 1.138 novas infecções, das quais 822championsbetSão Paulo, o Estado mais afetado até agora. Isso fez o total de casos saltar de 4.579 para 5.717, um aumento de quase 25%championsbetum dia.
Ao mesmo tempo, foram registradas 42 novas mortes no mesmo período, 23 delaschampionsbetSão Paulo. Com isso, 201 pessoas já morreram no Brasil desde o início da pandemia, 136 delaschampionsbetSão Paulo. Isso representa um crescimento de 26,4%championsbetrelação ao dia anterior, quando havia 159 mortes, de acordo com os dados oficiais.
No entanto, apesar deste aumento expressivo dos casos confirmados, o crescimento percentual diário de casos confirmados está dentro do índice de 33% que havia sido projetado pelo Ministério da Saúde, como ressaltou o secretário-executivo João Gabbardochampionsbetuma coletiva de imprensa no último dia 25.
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que esse crescimento mais intenso já era esperado no país neste momento da pandemia, especialmente diante do maior número de laboratórios credenciados para realizar exames e do grande número de amostras que ainda esperam para ser testadas. Eles também dizem que picos ainda maiores estão por vir.
"A gente está passando pelo aumento exponencial da curva (de contágio), então, isso vai ser constante nos próximos dias. Vamos bater recordeschampionsbetcima de recordes", afirma o infectologista Benedito da Fonseca, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).
A médica sanitarista Ana Freitas Ribeiro, do serviço de epidemiologia do Instituto Emílio Ribas, destaca que, a partir do momentochampionsbetque a transmissão comunitária foi detectada no país, os testes de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, passaram a ser aplicados somente nos casos com sintomas graves.
Esse tipo de transmissão, identificada oficialmentechampionsbetSão Paulochampionsbet13 de março e sete dias depoischampionsbettodo território nacional, ocorre quando há casoschampionsbetque não é possível mais saber como uma pessoa se infectou. Isso indica que o vírus está circulando livremente entre a população.
Ribeiro diz que isso é diferente do início da epidemia no país, quando eram testados apenas viajantes com sintomas e pessoas que tinham entradochampionsbetcontato com essas pessoas. "Quando muda o critério de testagem para os casos graves, a chance de um resultado ser positivo é maior. É natural que o total de casos comece a aumentar, e acho que vai subir ainda mais", afirma a médica.
championsbet
Rede de laboratórios que fazem exames aumentoFonseca ressalta que, nas últimas semanas, foi ampliada a rede de laboratórios que podem fazer a testagem para covid-19 no país.
Os exames vinham sendo feitos apenas por três laboratórios de referência: A Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, o Instituto Adolfo Lutz,championsbetSão Paulo, e o Instituto Evandro Chagas, no Pará. Em 18 de março, o Ministério da Saúde anunciou que todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos 26 Estados e do Distrito Federal estavam aptos a fazer estes testes.
"Além disso, laboratórios privados, como o do Hospital Albert Einstein e o Fleury, foram credenciados. Então, os exames que antes eram feitos por eles e precisavam da contraprova feitachampionsbetum laboratório do governo agora passam ser contabilizados sem ser necessário fazer isso", afirma Fonseca.
O maior número de testes leva a um aumento dos diagnósticos, mas isso não significa que a epidemia esteja fora de controle, avalia o infectologista. "Simplesmente, estamos detectando mais o vírus."
Mas, como tem faltado material para a realização dos testes, muitas amostras coletadas de pacientes na rede pública ainda precisam ser examinadas. Somente no Instituto Adolfo Lutz, a fila de espera era de 12 mil amostras até o último sábado, de acordo com a secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. A instituição tem capacidade de testar 400 amostras por dia, e cerca de 1,2 mil novas chegam diariamente.
"Está havendo uma pressão muito grande para esses exames serem liberados. Com tanto teste represado, a tendência é não só (aumentar o) número de casos confirmados, mas a termos picos maiores ainda", diz Ribeiro.
A médica afirma que só será possível ter uma real dimensão da disseminação do novo coronavírus no país quando essa demanda for atendida. "Os resultados de exames que estão saindo agora são de 10 a 15 dias atrás."
Ribeiro afirma que também ajudaria a ter uma melhor noção do tamanho da pandemia echampionsbetgravidade atual no Brasil se o número de casos suspeitos fosse divulgado, o que o Ministério da Saúde deixou de fazer desde o último dia 19. "Teríamos que ver como estão evoluindo as notificações de suspeitas e a proporção de casos confirmados", diz ela.
Ministro diz que mortes concentradaschampionsbethospital distorcem dados
Ribeiro diz ainda que realizar os exames reprimidos não só aumentaria o número de casos confirmados, como faria cair a taxa de letalidade do novo coronavírus no país. Atualmente, ela estáchampionsbet3,5% de acordo com o Ministério da Saúde, o mesmo patamar divulgado pela Organização Mundial da Saúde, de 3,4%.
No entanto, ao comentar o aumento do número de óbitos no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os dados vêm sendo distorcidos por um grande número de mortes registradas no hospital Sancta Maggiore,championsbetSão Paulo.
A instituição é operada pela empresa de planos de saúde Prevent Senior, voltada para idosos. Segundo Mandetta, 79 das 136 mortes ocorreram no Sancta Maggiore.
"O coronavírus entrouchampionsbetum hospital só de idosos com diferentes graus de imunossupressão (redução de imunidade), e o hospital não conseguiu segurar a transmissão ali dentro. Temos hoje um ponto extremamente grave naquele hospital", disse o ministro.
Em nota divulgada à imprensa, a Prevent Senior disse que as mortes ocorremchampionsbetdois hospitais dechampionsbetrede e não apenaschampionsbetum como disse Mandetta e negou que tenha cometido erros para conter a disseminação do vírus.
"Os pacientes de covid-19 internados nos dois hospitais da rede não foram contaminados no interior das unidades, conforme atestam os exames laboratoriais, colhidos fora dos estabelecimentos", disse a empresa.
"Os hospitais da rede seguem todos os protocolos e recomendações da OMS. Prova disso é que o índice de infecção de profissionais de saúde pelo coronavírus é o menor das redes pública e privada."
O que esperar agora?
Benedito da Fonseca diz ser natural que o número de mortes cresça mais intensamente conforme a pandemia avance.
"Os pacientes vão a óbito na segunda ou terceira semana (após a infecção), e é esperado que a maior parte deles estejachampionsbetSão Paulo, onde a pandemia chegou mais cedo", afirma o infectologista.
Ana Freitas Ribeiro concorda e diz que a expectativa é que o aumento do número de casos confirmados seja acompanhado pelo crescimento do total de mortes, ainda que não na mesma proporção.
"Essa não é uma doença que tem um desfecho rápido. Vimoschampionsbetoutros países que as pessoas que morreram ficaram três semanas no hospitalchampionsbetmédia. Então, quando aumenta o número de internações, o esperado é que você tenha um aumento do número de mortes depois de algum tempo", diz a médica.
Só será possível saber que a pandemia parou de se agravar e que as medidas de isolamento social estão surtindo efeito quando o número de casos e mortes se mantiverchampionsbetum mesmo patamar ou começar a diminuir, explica Fonseca.
"É o melhor dos cenários, mas ainda estamoschampionsbetuma fase de crescimento da epidemia, então, o mais provável é que siga aumentando antes disso acontecer", afirma o infectologista.
"Nossa esperança é que essas medidas não farmacológicas funcionem e, nas próximas duas, três ou quatro semanas, a curva se estabilize e comece a cair."
Confira nossa cobertura especial
Os casos
O primeiro registro do coronavírus no Brasil foichampionsbet24 de fevereiro. Um empresário de 61 anos, que morachampionsbetSão Paulo (SP), foi infectado após retornar de uma viagem, entre 9 e 21 de fevereiro, à região italiana da Lombardia, a mais afetada do país europeu que tem mais casos fora da China.
De acordo com o Ministério da Saúde, o empresário de 61 anos tinha sintomas como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. Parentes dele passaram a ser monitorados. Dias depois, exames apontaram que uma pessoa ligada ao paciente também estava com o novo coronavírus e transmitiu o vírus para uma terceira pessoa. Todos permaneceramchampionsbetquarentenachampionsbetsuas casas, pelo período de, ao menos, 14 dias.
Após o primeiro caso, outros diversos registros passaram a ser feitos no Brasil. Muitos vieram de países com inúmeros casos do novo coronavírus, mas depois foram registrados casos de transmissão local e, por fim, comunitária.
Duas semanas depois, foi anunciado que o empresário de 61 anos está curado da doença provocada pelo novo coronavírus.
Cuidados
A principal recomendação de profissionais de saúde que acompanham o surto é simples, porém bastante eficiente: lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegarchampionsbetcasa ou antes de manipular alimentos.
O ideal é esfregar as mãos por algo entre 15 e 20 segundos para garantir que os vírus e bactérias serão eliminados.
Se estiverchampionsbetum ambiente público, por exemplo, ou com grande aglomeração, não toque a boca, o nariz ou olhos sem antes ter antes lavado as mãos ou pelo limpá-las com álcool. O vírus é transmitido por via aérea, mas também pelo contato.
Também é importante manter o ambiente limpo, higienizando com soluções desinfetantes as superfícies como, por exemplo, móveis e telefones celulares.
Para limpar o celular, pode-se usar uma solução com mais ou menos metade de água e metade de álcool, além de um pano limpo.