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Coronavírus

bet oficial-Sem Guedes, governo articula plano para elevar investimentobet oficialinfraestrutura após crise da covid-19

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Diagnóstico no governo é que a União abriu o cofre para destinar mais de R$ 300 bilhões a políticas que são necessárias, mas que na prática são apenas "curativos" para o momento da crise provocada pelo novo coronavírus
22 abr 2020 - 12h23
(atualizado às 16h59)
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BRASÍLIA - O governo articula um plano de recuperação da economia para o momento pós-crise do novo coronavírus. A ideia, segundo apurou o Estadão/Broadcast, é ampliar os investimentosbet oficialinfraestrutura para estimular a geração de emprego e renda no curto prazo e ampliar a produtividade e a capacidade de crescimento do País no longo prazo ao atacar gargalos existentes.

Sede do Ministério da Economia,bet oficialBrasília.
Sede do Ministério da Economia,bet oficialBrasília.
Foto: José Cruz/ Agência Brasil / Estadão

O plano, apelidado de "Plano Marshall" (em referência à estratégia dos Estados Unidos de financiar a reconstrução e recuperação dos países aliados após a Segunda Guerra Mundial), está sendo delineado por vários ministérios, e as primeiras ideias foram levadas hoje ao presidente Jair Bolsonaro na reunião do conselho de governo.

O Ministério da Economia ainda não está envolvido diretamente nas discussões, segundo apurou a reportagem. O 'Plano Pró-Brasil', como vem sendo chamado nos bastidores do governo, está sendo tocado pelo Palácio do Planalto junto com os ministérios de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional. O Ministério da Infraestrutura já tem uma lista de obras prioritárias que poderiam ser tocadas com recursos da União, como mostrou o Estado.

O diagnóstico no governo é que a União abriu o cofre para destinar mais de R$ 300 bilhões a políticas que são necessárias (como o auxílio emergencial a trabalhadores informais), mas que na prática são apenas "curativos" para o momento da crise provocada pelo novo coronavírus.

Mesmo que a atividade econômica tenha uma retomada mais rápida,bet oficialformato de "V", o País chegaria no fim de 2021 ao mesmo patamarbet oficialque esteve nos últimos três anos, só que com uma dívida muito maior - 10 pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB).

Ao mesmo tempo, o setor privado ainda estará endividado ou avesso ao risco para entrar numa concessão que dure 20 ou 30 anos.

A avaliação na equipe que trabalha na elaboração do plano é que realizar um conjunto de investimentosbet oficialinfraestrutura e inovação pode auxiliar no momento pós-crise. Seriam rodovias, ferrovias, residências e outras obras de infraestrutura que, na visão do governo, ajudariam a gerar emprego e renda no curto prazo e alavancar o potencial de crescimento da economia no longo prazo.

A orientação é manter o plano de concessões e privatizações naquilo que for possível, mas ao mesmo tempo dar uma injeção de estímulos para a economia. Segundo apurou o Broadcast, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) participa das discussões.

O plano teria caráter plurianual - como mostrou a Coluna do Estadão nesta quarta, 22. O ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, quer algo para "uns 30 anos".

Na área econômica, técnicos lembram que qualquer gasto que extrapole o programa de combate à calamidade, focadobet oficial2020, precisará respeitar as regras fiscais vigentes. Uma delas é o teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação. Com o avanço das despesas obrigatórias como salários e benefícios previdenciários nos últimos anos, o espaço para investimentos no teto tem caído.

Os técnicos ainda estão discutindo como conciliar o plano com as restrições fiscais do País e com a orientação da equipe econômica, que desde o início do governo tem pregado menor participação do Estado na economia.

Numa espécie de "vacina" contra as críticas, os formuladores do plano também estão conversando com técnicos que participaram da elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), concebido no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e levado adiante porbet oficialsucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff. A ideia é ver quais metodologias podem ser aproveitadas e "do que o governo precisa fugir".

O foco da equipe, segundo uma fonte que participa das discussões, é não investirbet oficial"coisas duvidosas" e "fugir de tentações de fazer estádio".

Os defensores do plano avaliam que, mesmo que haja um aumento ainda maior da dívida para financiar esses investimentos, o País poderia ter um desempenho parecido com o dos Estados Unidos ao colocarbet oficialprática o Plano Marshall após a Segunda Guerra Mundial. Os norte-americanos financiaram a reconstrução dos países aliados após o conflito, e o conjunto de medidas lançou as bases para três décadas de crescimento sustentado.

Nesse período de 30 anos, apenasbet oficialdois o PIB dos Estados Unidos cresceubet oficialritmo mais lento quebet oficialdívida - ou seja, com a economia acelerada, a proporção da dívidabet oficialrelação ao PIB caiu. Um resultado semelhante é o que os defensores do plano almejam no Brasil pós-crise do novo coronavírus.

Estadão
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Fontes de referência

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