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apostar no bbb betano-Desinformação ameaça atirar a Síria de volta à guerra civil

4 jan 2025 - 14h32
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Após queda do ditador Bashad al-Assad, clima nas ruas de Damasco ainda é de festa, apesar de incertezas sobre futuro do país; na foto, sírios festejam noite de Ano Novo
Após queda do ditador Bashad al-Assad, clima nas ruas de Damasco ainda é de festa, apesar de incertezas sobre futuro do país; na foto, sírios festejam noite de Ano Novo
Foto: DW / Deutsche Welle

O aumento "considerável" da desinformação é confirmado por Zouhir Al-Shimale, pesquisador e gerente de comunicação da Verify-Sy, uma organização síria de checagem de fatos.

"Anos de revolução e guerra civil deixaram mágoas profundamente enraizadas, e várias facções — tanto locais quanto internacionais — estão agora usando desinformação para fortalecer suas posições, deslegitimar rivais e promover suas próprias agendas", relata à DW.

No início de dezembro, uma ofensiva liderada pelo grupo rebelde sírio Organização pela Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, também conhecida pela sigla HTS) pôs fim a uma brutal dinastia que durou 54 anos.

No passado, o HTS manteve elos com organizações extremistas como a Al-Qaeda e o "Estado Islâmico" (EI), mas tem tentado se afastar dessas conexões nos últimos anos.

Mesmo assim, muitos sírios se preocupam com a nova liderança síria por temerem retaliações ou a imposição de uma política islamista rígida aos que compartilham de outros valores e crenças. O medo da vingança assombra principalmente grupos associados ao antigo regime, como os alauitas, minoria religiosa da qual a família Assad faz parte.

Mas mesmo com a segurança sendo uma preocupação significativa para civis, até agora parece ter havido poucos casos de justiçamento ou perseguição religiosa por parte dos novos governantes.

Em contrapartida, pululam na internet relatos não verificados de supostos abusos - a maioria enganosos ou simplesmente falsos, segundo organizações de checagem de fatos.

Dois exemplos, segundo o site de checagem Misbar: a remoçãoapostar no bbb betano2023 de árvores de Natal na cidade iraquiana de Karbala, que nada tem a ver com a Síria e seus novos governantes; e denúncias feitasapostar no bbb betano2013 sobre mercados de escravas na Síria, mais de dez anos antes da queda de Assad.

O papel dos próprios cidadãos sírios

Postagens falsas nas redes sociais provavelmente têm origens diversas. Há tantos interessesapostar no bbb betanojogo na Síria e uma quantidade tão grande de desinformaçãoapostar no bbb betanocirculação que atribuir qualquer coisa a um único ator seria extremamente difícil. Isso se deve também a interesses sobrepostos e a atores mal-intencionados que ajudam a amplificar essas informações.

É provável que cidadãos comuns na Síria estejam publicando informações falsas nas redes sociais sem ter consciência disso e por não saber como checar se a autenticidade de um conteúdo na rede. Outros podem fazer isso intencionalmente para promover suas agendas pessoais.

Al-Shimale, da Verify-Sy, afirma que o regime de Assad "implantou algo semelhante a um 'iron dome' informacional" - uma alusão ao domo de ferro que protege Israel de ataques aéreos e, nesta analogia, impedia o acesso de cidadãos a informações que contrariavam os interesses do ditador.

"[Esse iron dome] dominava o cenário informativo na Síria e alimentou os sírios com propaganda e notícias falsas sobre a oposição desde o início [da guerra civil],apostar no bbb betano2011", explica Al-Shimale.

Com o fim do regime de Assad, ele diz que os que estavam habituados a se informar pelos meios controlados pelo ditador de repente se viram num vácuo informacional.

Outro fator determinante é a incerteza e o medo existentes no país, escreveu a pesquisadora Rana Ali Adeeb, da Universidade Concordiaapostar no bbb betanoMontreal, Canadá, que estuda como as emoções moldam a percepção de notícias falsas. "O contágio emocional das notícias falsas é especialmente perigosoapostar no bbb betanotempos frágeis como este", disseapostar no bbb betanoum artigo de opinião publicadoapostar no bbb betanodezembro no jornal The Gazette.

Tudo isso torna as pessoas comuns "muito mais vulneráveis à desinformação, algo que os apoiadores de Assad, o Irã e a Rússia sabem e estão explorando", argumenta Al-Shimale.

O papel de atores estrangeiros

Ao longo dos quase 14 anos de guerra civil na Síria, diversos países se posicionaram a favor ou contra o regime de Assad. Pesquisadores já dão como certo que os aliados mais fervorosos de Assad, Rússia e Irã, conduziram ou apoiaram campanhas de desinformação contra a oposição síria. Agora, a suspeita é que esses atores internacionais estejam novamente desempenhando um papel semelhante.

"O aparato de manipulação de informações da Rússia e do Irã tem operado a plena capacidade", escreveu Marcos Sebares Jimenez-Blanco, pesquisador do German Marshall Fund,apostar no bbb betanomeados de dezembro. "[Eles estão] buscando moldar a narrativaapostar no bbb betanotorno dos acontecimentos na Síria para compensar suas derrotas militares, estratégicas e geopolíticas."

Al-Shimale, do Verify-Sy, afirma que diversas páginas falsas foram criadas no Facebookapostar no bbb betanodezembro, com nomes que imitam grupos de monitoramento de direitos humanos, mas que focam principalmente na comunidade alauita. Usando desinformação e contas falsas ou automatizadas e robôs, essas páginas fakes espalham medo entre os alauitas e os incitam a aderir à resistência armada, segundo ele.

Grupos distintos com interesses convergentes também alimentam caldo de desinformação

O que torna o atual fluxo de desinformação sobre a Síria ainda mais preocupante é a convergência de diferentes agendas e opiniões.

Aqueles que apoiam os grupos curdos sírios no norte do país e defendemapostar no bbb betanoindependência tendem a ver o grupo rebelde HTS com desconfiança e medo. O mesmo vale para civis que apoiam o Estado laico ou pertencem a minorias.

Enquanto isso, grupos islamofóbicos, anti-imigração e de direita nos EUA e na Europa amplificam conteúdos na internet que se referem à Síria como "Jihadistão" e associam grosseiramente o HTS a "decapitadores". Outros especulam — incorretamente — que o HTS seria um fantoche dos governos dos EUA ou de Israel.

Outros, como os nacionalistas turcos, investem contra os curdos sírios. Mas esses são minoria, já que o grosso das opiniões que acompanham notícias falsas nas redes sociais tendem a criticar os rebeldes sírios que atualmente lideram o governo de transição.

Impacto na paz

A desinformação já teve impacto dentro da Síria. Por exemplo, na semana passada, um vídeo mostrando um suposto ato de vingança — a profanação de um santuário alauita — levou milhares de pessoasapostar no bbb betanoáreas de maioria alauita a protestarem. Posteriormente, checagens mostraram que o vídeo era enganoso.

A desinformação também pode influenciar a visão e o apoio da comunidade internacional à Síria, segundo Al-Shimale, sedimentandoapostar no bbb betanoimagem no exterior como a de "uma nação incapaz de se estabilizar após o regime de Assad"."Este é um momento frágil para a Síria e para todos nós que testemunhamos o desenrolar deapostar no bbb betanohistória", argumentou Ali Adeebapostar no bbb betanoseu artigo de opinião. "À medida que a situação na Síria evolui, cada informação tem o potencial de moldar opiniões, influenciar decisões e desencadear ações."

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independenteapostar no bbb betano30 idiomas.
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Fontes de referência

  1. lucky time slot
  2. aposta no betano
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