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2x 1xbet-Volta às aulas2x 1xbetSP não agravou pandemia, mostra estudo

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Pesquisadores brasileiros no exterior analisaram dados de 643 municípios paulistas. Mobilidade das pessoas tem maior impacto sobre variação dos registros da doença
11 fev 2022 - 13h10
(atualizado às 13h16)
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Reabertura de escolas2x 1xbetcidades de SP não agravou pandemia, mostra estudo
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Foto: Caio Basilio / Futura Press

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Estudo publicado nesta sexta-feira, 11,2x 1xbetuma das mais respeitadas revistas da área médica do mundo mostra que a abertura de escolas não contribuiu para agravar a situação da pandemia2x 1xbetpaíses2x 1xbetdesenvolvimento, como o Brasil. O trabalho foi feito por pesquisadores brasileiros no exterior e analisou números de casos e mortes por covid-192x 1xbet643 municípios de São Paulo, no fim de 2020.

O que mais impactou foi a mobilidade das pessoas, independentemente de a escola estar funcionando ou não, diz o artigo publicado no Jama Health Forum, da Associação Americana de Medicina. Diante da alta no número de infectados no País atualmente, algumas prefeituras e Estados já adiaram a volta às aulas presenciais, mas mantêm abertos todos os outros setores.

"Os aspectos continuam válidos para o cenário atual, porque continua sendo covid, por mais que as variantes mudem o potencial de transmissão, continuamos falando da mesma doença, da mesma pandemia", diz um dos autores do estudo, o pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Bem Estar de Crianças da Universidade de Zurique, especialista2x 1xbetsaúde pública e epidemiologia, Onicio Leal Neto.

Agora, entram nessa conta também a vacinação completa dos professores e pais e a das crianças, iniciada2x 1xbetjaneiro. "Não estamos falando que é para abrir escola de qualquer forma. Mas, considerando os protocolos, elas não têm papel crucial no aumento da covid", completa.

É a primeira pesquisa que aborda a reabertura da educação na pandemia2x 1xbetum país2x 1xbetdesenvolvimento. Foram analisadas 129 cidades que abriram as escolas e 514 que não o fizeram entre outubro e dezembro de 2020. Dois municípios do Estado foram desconsiderados porque abriram e depois fecharam novamente. No total, são cerca de 18 mil escolas analisadas.

Entre os exemplos há a cidade de Dracena, no oeste do Estado, que tem 46 mil habitantes, 26 escolas e renda per capita de R$ 856. Lá foi autorizada a abertura das escolas2x 1xbet2020. Já José Bonifácio, no noroeste paulista, com população de 40 mil, 21 escolas e renda per capita de R$ 857, manteve as escolas fechadas. A primeira registrou 448 casos e 7 mortes nas 12 semanas seguintes à abertura. A segunda registrou 482 casos e 9 mortes, no mesmo período.

"A gente olhou para os municípios mais vulneráveis e as conclusões são idênticas. Quando está todo mundo circulando normalmente, fechar as escolas não muda nada", diz o outro autor do estudo, o professor da Universidade de Zurich Guilherme Lichand.

A metodologia foi a de comparar as cidades antes e depois da abertura e também as que abriram com as que não abriram. Isso porque, se fossem analisados apenas os municípios que voltaram às aulas presenciais, poderia haver a falsa impressão de que os casos e mortes aumentaram por causa da abertura, já que eles continuaram subindo.

Mas ao comparar com as que mantiveram os alunos2x 1xbetcasa, os pesquisadores notaram que o número de casos e mortes continuava crescendo também nesses municípios - e no mesmo ritmo dos que abriram as escolas.

O estudo também mediu a mobilidade das pessoas e notou que ela já estava voltando aos padrões de antes da pandemia2x 1xbettodas as cidades. Resultados preliminares tinham sido divulgados2x 1xbet2021, mas a publicação agora numa revista científica traz ainda mais credibilidade ao trabalho.

Os pesquisadores dizem na conclusão da pesquisa que, "com as evidências dos altos custos educacionais por causa das escolas fechadas2x 1xbetpaíses2x 1xbettodos os níveis de renda, as nações2x 1xbetdesenvolvimento deveriam focar2x 1xbetcomo manter as escolas abertas e seguras2x 1xbetvez de discutir se devem ou não abri-las".

São Paulo foi o primeiro Estado a abrir as escolas durante a pandemia2x 1xbetoutubro de 2020, com muita resistência de sindicatos de professores e uma parte das famílias. Atualmente está com escolas públicas e particulares funcionando para todos, presencialmente.

Já a Paraíba, por exemplo, vai começar o ano letivo de 2022 de forma híbrida por causa da Ômicron. O Acre marcou a volta presencial para 4 de abril porque ainda não terminou o ano letivo de 2021. Pará, Mato Grosso do Sul, Amapá e Piauí, para março. O restante recebeu os alunos presencialmente este mês ou até2x 1xbetjaneiro (Ceará e Goiás). Os dados são de um levantamento do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed) desta semana.

Estudos internacionais e nacionais têm mostrado o déficit de aprendizagem das crianças com escolas fechadas durante a pandemia e estimado o retrocesso2x 1xbetdécadas. Nesta semana, uma nota técnica do Todos pela Educação concluiu que aumentou2x 1xbet66,3% o número de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever no Brasil, passando de 1,43 milhão2x 1xbet2019 para 2,39 milhões2x 1xbet2021. A alfabetização na idade certa é crucial para toda a trajetória escolar de um estudante.

Para o secretário estadual de educação de São Paulo, Rossieli Soares, o estudo é fundamental para o que hoje está se tornando um consenso entre educadores. "As escolas são ambientes seguros e nada pode causar um dano maior do que manter os estudantes longe delas", afirma.

Estadão
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Fontes de referência

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