pou jogo-Exército abre processo administrativo contra tenente-coronel vice de Crivella
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Estatuto dos militares proíbe 'uso de uniformes'pou jogomanifestação político-partidária; Andréa Firmo fez uso da fardapou jogosantinho da campanhapou jogo de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
BRASÍLIA - O Exército abriu um processo administrativo contra a tenente-coronel Andréa Firmo (Republicanos), candidata a vice na chapa do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), que tenta a reeleição. O motivo é um santinho da campanhapou jogoque a militar aparece vestida com uma farda camuflada e uma boina azul das Nações Unidas (ONU).
O "uso de uniformes"pou jogomanifestação político-partidária é proibido pelo artigo 77 do Estatuto dos Militares e considerada uma "transgressão" pelo Regulamento Disciplinar do Exército (RDE), com punições, dependendo do caso, que vão de advertência a detenção.
A divulgação das imagens de Firmo fardada ao lado de Crivella e do presidente Jair Bolsonaro gerou reações negativas nas Forças Armadas. Após o episódio, o Comando do Exército encaminhou uma mensagem à rede interna orientando comandantespou jogotodo o País a terem "especial atenção" para a fiel observância da leipou jogocasos de campanha eleitoral.
A ideia é que as diversas cadeias de comando no Exército redobrem a atenção e tenham "um olhar mais atento" para o cumprimento não só do Estatuto dos Militares e do RDE, mas também da portaria emitidapou jogojulho do ano passado, que trata do comportamento dos militares nas mídias sociais. A medida, adotada sob a justificativa de "preservar a imagem da instituição", proíbe militares de informarem as suas patentespou jogoredes sociais pessoais e orienta oficiais e soldados a não vincular ações da instituiçãopou jogosuas contas pessoais.
No caso da candidata a vice de Crivella, que está na ativa e é lotada no Centro de Idiomas do Exército (CIDEx), no Rio de Janeiro, um processo administrativo foi aberto para averiguar apou jogoefetiva participação na elaboração do "santinho" com apou jogofoto fardada.
Questionado sobre a foto, o Centro de Comunicação Social do Exército informou que, "de acordo com o Estatuto dos Militares, é vedado ao militar o uso dos uniformespou jogomanifestação de caráter político-partidária". Segundo informou a assessoria da Força, o caso de Firmo "está sendo tratado, inicialmente, na esfera administrativa".
Embora na ativa, a tenente-coronel pediu licença para se candidatar e, no momento, está agregada, ou seja, fora do Exército. Mesmo assim, o entendimento de integrantes da Força consultados pelo Estadão é de que ela não poderia terpou jogoimagem fardada publicadapou jogomaterial de campanha. Ela poderá ser reintegrada caso não seja eleita.
De forma reservada, generais afirmaram à reportagem que esse tipo de comportamento adotado por Firmo não é aceito internamente, pois configura uma tentativa de se associar à credibilidade da instituição.
A tenente-coronel Andrea Firmou foi a primeira mulher do Exército a ser comandantepou jogouma missão de paz na ONU. Ela chefiou por quase um ano, entre 2018 e 2019, a base de observadores militares no deserto do Saara.
Procurada pelo Estadão, a campanha de Crivella informou que não há qualquer símbolo do Exército na imagem divulgada. "Causa surpresa que justo ela seja a única questionada sobre isso, enquanto há vários candidatos utilizando até imagem do vice-presidente da República fardado. A candidata age dentro do princípio da legalidade e da moralidade, conforme outros representantes que aparecem, esses sim, com a farda de Forças Auxiliares e até mesmo general de Forças Armadas. Ela é uma representante da Pátria e sente-se honrada por isso", diz a nota.