bet7 cadastro-"Em Gaza, palestinos só pensambet7 cadastrose manter vivos"
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Em entrevista à DW, o palestino descreveu as condições dos locais por onde passou, enquanto se dirigia combet7 cadastrofamília ao campo de refugiados de Nuseirat, no sul da Faixa de Gaza. "As pessoas estão com raiva, desesperadas. A principal coisa que elas buscam é permanecer vivas e seguras", afirma.
Uma semana após ter sofrido o ataque mais brutalbet7 cadastroseu territóriobet7 cadastrocinco décadas, Israel apertou o cerco contra Gaza, enclave controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. Neste sábado, as forças armadas israelenses afirmaram que se preparam para um "ataque integrado e coordenado por ar, mar e terra" contra a região palestina.
A ofensiva das forças israelenses ocorrebet7 cadastroreação aos atentados brutais perpetrados pelo Hamasbet7 cadastro7 de outubro, que deixaram mais de 1.300 mortosbet7 cadastrocidades fronteiriças israelenses ebet7 cadastroum festival de música. Por outro lado, a campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.200 pessoas na Faixa de Gaza.
DW: O que você viu ao deixarbet7 cadastrocasa?
Hazem Balousha: É uma bagunça, é caótico. Ninguém entende o que está acontecendo. Quando saí da minha cidade, a Cidade de Gaza, vi longas filas de carros, pessoas com colchõesbet7 cadastrocima dos carros, crianças nos carros. Alguns estão caminhando porque não tem transporte. Vi pessoasbet7 cadastrocarroças de burro indo para o sul. Vi prédios altos destruídosbet7 cadastrodiferentes áreas. Algumas áreas eu não reconheci por causa da devastação. Há escombros e poeira por toda parte.
A Faixa de Gaza inteira estábet7 cadastrototal blecaute. Não há eletricidade, não há água. A internet é muito limitadabet7 cadastroalgumas áreas. Há fila para tudo,bet7 cadastropadarias, mercearias. E mal conseguimos nos comunicar porque os telefones não funcionam corretamente, o sinal é muito ruim e todo mundo está tentando ligar uns para os outros.
Alguns já partiram na sexta-feira. Vi um grande número de pessoas deixando a cidade, da parte norte para o sul. Alguns estão hospedadosbet7 cadastroescolas, e outros estão na rua perguntando se há lugar para ficar. Neste momento, vejo pessoas tentando encher galões de água porque não há água nos prédios ou nas casas. Elas não conseguem usar o banheiro sem água. Eu mesmo não tomo banho há uns cinco dias. Estou cheirando muito mal. A comida é muito limitada.
Como é o lugar onde você está agora?
Aquibet7 cadastroNuseirat [cidade no sul de Gaza], há mais trânsito. Pessoas estão andando mais do quebet7 cadastrooutros lugares que vi, e há escassez de combustível. Não tem gasolina nos postos. Pareibet7 cadastrovários postos para abastecer meu carro. Eu tinha pouco combustível e mal consegui dirigir da Cidade de Gaza até essa área. Todo mundo está dizendo: não há combustível, não há combustível, não há gasolina aqui, não há gasolina, verifique outro posto - mas tudo sem sucesso.
O transporte público não está funcionando. Às vezes, vejo pessoas dormindo ou sentadas nos carros. Elas levam tudo o que podem carregar. Vi pessoas ligando geradores para carregar seus telefones e baterias.
Como você descreveria o estado das pessoas ao seu redor?
Estão com raiva, estão desesperadas. Elas não sabem o que está acontecendo, o que vai acontecer. Muitas pessoas me perguntam se há negociações ou conversas sobre um cessar-fogo ou algo assim. A principal coisa que elas buscam é permanecer vivas e seguras. Mas ninguém sabe se esse local é seguro ou não. Então, alguns ouvem estações de rádio para receber notícias e saber o que está acontecendo. É tudo uma loucura.