brazino site-Ataque de Israel mata 7 funcionários de ONGbrazino siteGaza: o local mais perigoso do mundo para trabalhadores humanitários
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Não é a primeira vez que trabalhadores humanitários são mortos durante a guerra entre Israel e o Hamasbrazino siteGaza, que começou há quase seis meses.brazino site de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Sete funcionários da ONG World Central Kitchen (WCK) foram mortos na segunda-feira (1/4)brazino siteum ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza — eles distribuíam alimentos no território palestino, desempenhando um papel fundamental para conter a onda de fome iminente na região.
Israel admitiu nesta terça-feira o ataque "não intencional", afirmando que suas forças atingiram "pessoas inocentes".
Infelizmente, no entanto, estes não são os primeiros trabalhadores humanitários mortos durante a guerra entre Israel e o Hamasbrazino siteGaza, que começou há quase seis meses.
"Em nenhum outro lugar foram mortos tantos trabalhadores humanitários. Precisa haver um cessar-fogo imediato. Agora chega", escreveu Jan Egeland, chefe do Conselho Norueguês para Refugiados e ex-chefe de assuntos humanitários da ONU, após o ataque aéreo mortal de segunda-feira.
Antes do incidente, pelo menos 196 trabalhadores humanitários tinham sido mortos nos territórios palestinos desde o início da guerra, de acordo com a contagem feita pela Base de Dados de Segurança dos Trabalhadores de Ajuda Humanitária (AWSD, na siglabrazino siteinglês), que registra grandes incidentes de violência contra equipes de ajuda humanitária.
Ano passado — quando 161 trabalhadores humanitários foram mortos — foi o mais letal já registrado, de acordo com a AWSD.
A maioria dos mortos durante a guerra trabalhava para a agência da ONU que presta assistência a refugiados palestinos (UNRWA, na siglabrazino siteinglês), que comanda a maior operação de ajuda humanitáriabrazino siteGaza.
A UNRWA afirmoubrazino siteum relatório na segunda-feira que 173 de seus funcionários haviam sido mortos, inclusive enquanto cumpriam seu dever. E acrescentou que 353 "incidentes que afetaram as instalações da UNRWA, e as pessoas dentro delas" foram registrados durante a guerra, incluindo "pelo menos 52 incidentes de uso militar e/ou interferência nas instalações da UNRWA".
Ataque 'não intencional'
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, admitiu nesta terça-feira (2/4) que um ataque israelense "não intencional" matou "pessoas inocentes"brazino siteGaza.
A declaração foi feita no dia seguinte à morte de sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen.
Em uma mensagem gravadabrazino sitevídeo, ele disse: "Infelizmente, nas últimas 24 horas houve um caso trágicobrazino siteque as nossas forças atingiram sem querer pessoas inocentes na Faixa de Gaza".
"Isso acontece na guerra, verificamos até o fim, estamosbrazino sitecontato com os governos, e faremos de tudo para que isso não aconteça novamente", acrescentou.
A World Central Kitchen, com base nos EUA, informou que os funcionários mortos — de origem australiana, polonesa, britânica e palestina, além de um cidadão com dupla cidadania americana e canadense — estavambrazino siteum comboio de ajuda humanitária que foi atingido.
A ONG afirma ter coordenado a movimentação com as forças israelenses, mas o comboio foi atacado após deixar um galpãobrazino siteDeir al-Balah, "onde a equipe havia descarregado mais de 100 toneladas de ajuda alimentar humanitária enviada a Gaza pela rota marítima".
Ainda de acordo com a ONG, os trabalhadores humanitários estavambrazino siteuma "zona sem conflitos,brazino sitedois carros blindados com a logo da WCK" e num veículo normal.
ONGs suspendem operaçãobrazino siteGaza
A World Central Kitchen, fundadabrazino site2010 pelo chef com estrela Michelin José Andrés, anunciou que está suspendendo suas operaçõesbrazino siteGaza após a morte dos funcionários.
E acrescentou que "tomaria decisões sobre o futuro de [seu] trabalhobrazino sitebreve".
A ONG, que tem como objetivo fornecer refeições na sequência de crises humanitárias e desastres nacionais, afirma ter servido 42 milhões de refeiçõesbrazino site175 diasbrazino siteGaza — o que equivale a cerca de 240 mil por dia.
No mês passado, a World Central Kitchen fez parte da primeira missão marítima de envio de ajuda humanitária para Gaza -brazino sitecooperação com os Emirados Árabes Unidos.
"Não é apenas um ataque contra a WCK, é um ataque a organizações humanitárias que se apresentam nas situações mais terríveis,brazino siteque alimentos são usados como arma de guerra. Isso é imperdoável", declarou Erin Gore, CEO da World Central Kitchen.
A American Near East Refugee Aid (Anera), outra ONG com sede nos EUA, que desempenha um papel fundamental no fornecimento de alimentos aos palestinos, também informou que está suspendendo suas operaçõesbrazino siteGaza.
A Anera vinha trabalhadobrazino siteparceria com a World Central Kitchen nos últimos meses.
"A Anera e a WCK estão interrompendo as operaçõesbrazino siteGaza. Juntas, a Anera e a WCK fornecem cerca de 2 milhões de refeições por semanabrazino siteGaza", afirmou à BBC Sean Carroll, CEO da Anera.
"Nossos corações partidos estão com nossos amigos da World Central Kitchen hoje e todos os dias", escreveu ele, mais cedo, no X (antigo Twitter).
Questionado sobre o impacto que a decisão de suspender o fornecimento de alimentos teria sobre os habitantes de Gaza — que, segundo a ONU, estão à beira de uma onda de fome provocada pelo homem —, Caroll afirmou:
"A força de ocupação tem a obrigação, no âmbito do direito internacional, de sustentar a população sob ocupação ."
Um relatório global recente alertou para a onda de fome iminentebrazino siteGaza, o que levou o mais alto tribunal da ONU a ordenar, na semana passada, que Israel permitisse imediatamente o livre acesso de ajuda humanitária.
Na ocasião, Israel rejeitou tanto o alerta de fome do relatório como a ordem judicial do tribunal da ONU, dizendo que as acusações de que está impedindo a entrada de ajuda humanitária são "totalmente infundadas". E acusou o Hamas de roubar as doações.