roleta pinga-Como Donald Trump construiu sucesso político e empresarial com apoio dos tribunais
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Antes de chegar à Casa Branca, empresário esteve envolvido, como acusador ou réu,roleta pingamais de 3,5 mil ações judiciais; livros mostram como ele conseguiu usar sistema jurídico a seu favor por três décadas.roleta pinga de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está pronto para defenderroleta pingaposição na Casa Brancaroleta pingaum lugar onde se sinta confortável: os tribunais.
Depois que os resultados das eleições de sábado deram a vitória ao candidato democrata Joe Biden, o republicano se recusou a ceder: garantiu que as eleições estavam "longe do fim" e que iria disputar a contagem na Justiça.
"A partir de segunda-feira, nossa campanha começará a processar o caso na Justiça para garantir que as leis eleitorais sejam seguidas e que o vencedor correto tome posse", disse eleroleta pingaum comunicado.
A campanha já havia entrado com processos judiciais na semana passadaroleta pingaEstados onde a disputa entre os dois candidatos havia sido acirrada, mas a maioria foi rejeitada por juízes por falta de provas.
Mas os anúncios de novos processos não causam surpresa a quem acompanha há muito tempo a vida de Trump.
O ex-promotor federal James Zirin, que investigou, por mais de três anos, os litígios no qual Trump esteve envolvido, disse que, emroleta pingavida pública, o presidente recorreu amplamente aos tribunais quando estavaroleta pingaapuros.
"Trump transformou o sistema judiciárioroleta pingauma arma ao longo deroleta pingacarreira", escreve Zirin.
"Ele vê a lei não como um sistema de regras que devem ser obedecidas ou ideais éticos que devem ser respeitados, mas como uma arma que deve ser usada contra seus adversários ou um obstáculo que deve superar quando se meteroleta pingaseu caminho", acrescenta.
A BBC News Mundo tentou entrarroleta pingacontato com a campanha do presidente para saberroleta pingaposição sobre o assunto, mas até o momento não obteve resposta.
O próprio presidente se manifestouroleta pingaoutras ocasiões porroleta pingaparticipaçãoroleta pingaprocessos judiciais.
"Alguém sabe mais sobre litígios do que Trump?" disse sobre si mesmo na campanha eleitoral de 2016.
"É como se eu tivesse um Ph.D (doutorado)roleta pingalitígios", acrescentou.
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Uma carreira na JustiçaNa verdade, a carreira do presidenteroleta pingaações judiciais é extensa.
A pesquisa de Zirin para seu livro Plaintiff in Chief: A Portrait of Donald Trump in 3,500 Lawsuits (Acusadorroleta pingachefe: Um retrato de Donald Trumproleta pinga3.500 processos,roleta pingatradução livre) indica que, até 2016, pouco antes de chegar à Casa Branca, Trump se envolveu, de uma forma ou de outra,roleta pingacerca de 3,5 mil processosroleta pingaum período de 30 anos.
Enquanto isso, uma reportagem investigativa do jornal americano USA Today constatou que, mesmo durante a presidência, a contagem de seus litígios aumentou para 4.095. Ou seja, uma média de 137 por ano nas últimas três décadas.
Tim O'Brien, um dos biógrafos do presidente, garante que Trump historicamente usou o litígio "para manter as forças hostis sob controle e atrasar o ajuste de contas".
"Ele também os usou para tentar envergonhar concorrentes, críticos ou oponentes. E acho que, de modo geral, ele fez isso com sucesso", escreveu ele.
De acordo com uma reportagem investigativa do jornal americano The New York Times publicadaroleta pingaoutubro passado, a estratégia dos tribunais ajudou Trump a fazer com que bancos e credores perdoassem suas dívidas, temendo se envolverroleta pingaum processo judicial com um número tão dado às manchetes.
Um caso, de acordo com o diário, resultouroleta pingaquase US $ 300 milhõesroleta pingaempréstimos perdoados por um projeto imobiliário fracassado de um arranha-céu de Chicago.
"Quando o projeto teve problemas, (Trump) tentou se livrar de suas dívidas enormes. Para a maioria das pessoas ou empresas, isso teria sido uma receita para a ruína", diz a reportagem.
Mas dados de declarações de impostos, outros registros e entrevistas realizadas pelo jornal mostraram que, para não lutar "contra um cliente notoriamente famoso por seu contencioso eroleta pingabusca de manchetes", os credores perdoaram a dívida.
"Mesmo depois que Trump processou seu maior credor... o banco concordouroleta pingaemprestar-lhe outros US$ 99 milhões (...) para que ele pudesse pagar o que ainda devia ao banco, o empréstimo não pago de Chicago", disse ele.
"No fim das contas, os credores de Trump perdoaram muito do que ele devia", acrescenta.
As fontes dos processos
Tanto Zirin quanto o biógrafo de Trump apontaram que o presidente aprendeu a técnica de recorrer aos tribunais com seu ex-advogado Roy Cohn, que na Manhattan dos anos 70 ficou conhecido por defender figuras ligadas à máfia e por subornar juízes.
"Trump levou a sério a estratégia de terra arrasada de Cohn e usou a lei para atacar os outros, para nunca aceitar a culpa ou responsabilidade e sempre reivindicar a vitória, não importa o quanto ele tenha perdido", escreve Zirinroleta pingaseu livro.
Seu histórico, de acordo com uma compilação da Crush the LSAT, publicação que prepara advogados para obteremroleta pingalicença nos Estados Unidos, vai desde casos de uso de marcasroleta pingaseu nome ou cobranças de dívidas de seus cassinos até o escândalo da chamada Trump University, que foi acusada de fraudar seus alunos usando práticas de marketing enganosas.
Outros casos notórios vão desde ações judiciais contra bancos ou times de futebol até acusar de difamação o autor de um livro que o chamou de "milionário"roleta pingavez de "bilionário" ou vários processos contra o condado de Palm Beach, Flórida, onde se localiza seu clube Mar-a-Lago, um deles exigindo que o tráfego aéreo sobreroleta pingapropriedade fosse desviado.
Segundo o livro de Zirin e investigação da mídia política especializada, os processos não terminaram quando Trump chegou à Casa Branca.
"Como um incorporador (imobiliário), ele adorava levar seus inimigos aos tribunais. Como presidente, ele continua a aplicar o mesmo manual de jogo agressivo", disse o site Politico.
Pouco depois deroleta pingaascensão à presidência, entre outros casos, Trump processou a atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, que o havia processado anteriormente, e,roleta pingaum dos casos mais recentes, no início deste ano, ele acusou o The New York Times, Washington Post e CNN por supostamente difamaremroleta pingacampanha de reeleição.
No entanto, de acordo com a investigação de Zirin e a contagem do USA Today, o presidente, como no caso de Daniels, não só ficou do lado da acusação, mas também do banco dos réus.
Até 2016, quando concorreu à Casa Branca, havia 160 ações judiciais federais pendentes contra ele, além de inúmeras investigações judiciais, incluindo problemas com suas declarações de impostos.
Segundo Zirin, ao longo dos anos, o presidente "foi processado por discriminação racial e sexual, assédio sexual, fraude, quebra de confiança, lavagem de dinheiro, difamação, abuso de seus credores, fraude eleitoral e inadimplência de empréstimos", entre outras.
Devido à imunidade oferecida pelo cargo, os processos judiciais pendentes e os que surgiram nos últimos anos estão paralisados, mas se ele realmente deixar a Casa Branca, o quadro pode ser diferente.
Trump nega categoricamente ter cometido qualquer delito e garante que há uma "caça às bruxas" contra ele quando se trata de investigarroleta pingagestão.
Jogando com o sistema
Os críticos do presidente, entretanto, têm apontado que Trump tentou usar o Departamento de Justiçaroleta pingaseu proveito.
Vários ex-promotores federais acusaram o atual chefe do departamento, William Barr, de tentar beneficiar o presidente ou de ocultar informações que poderiam ser prejudiciais a ele.
No mês passado, um juiz federal rejeitou uma proposta do Departamento de Justiça que buscava tornar o governo dos Estados Unidos réu,roleta pingavez de Trump,roleta pingaum processoroleta pingaque o presidente era acusado de difamação.
E apesar de várias ordens de juízes e do Congresso, o presidente também apelou contra diversos processos que chegaram ao Supremo Tribunal Federal para impedir que seus registros financeiros e declarações de impostos fossem tornados públicos.
Trump não foi apenas o presidente que nomeou o maior número de juízes federais nas últimas décadas, mas também conseguiu preencher três cadeiras na Suprema Corteroleta pingamenos de quatro anos, a última delas a menos de um mês antes das eleições.
Três dias após a morte da juíza Ruth Bader Ginsburg,roleta pingasetembro, Trump se reuniu na Casa Branca com Amy Coney Barrett para discutirroleta pingaindicação ao Tribunal.
Dois dias depois, o presidente disse que era "muito importante" que seu candidato fosse confirmado antes das eleições para que a mais alta corte pudesse impedir "essa fraude que os democratas estão fazendo",roleta pingaalegada referência ao voto pelo correio por causa da pandemia de coronavírus.
"Acho que essa (a eleição) vai acabar na Suprema Corte", disse Trumproleta pinga23 de setembro. "Caso seja mais político (o processo eleitoral) do que deveria ser, acho muito importante ter um nono juiz", acrescentou, referindo-se a Coney Barrett, finalmente escolhida.
O anúncio de Trump de se recusar a aceitarroleta pingaderrota para Biden cria uma situação nova e desconcertante na vida dos Estados Unidos.
Resta saber se o novo presidente dos Estados Unidos será decidido por votos ou nos tribunais.