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globo futebol com apostas-Israel diz ter tomado controle de passagem de Rafahglobo futebol com apostasGaza: por que cidade é tão estratégica

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Após meses de tensões, Israel ordenou a evacuação de dezenas de milhares de civis de uma parte da cidade de Rafah.
7 mai 2024 - 06h06
(atualizado às 07h42)
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Israel diz que está atacando alvos do Hamasglobo futebol com apostasRafah
Israel diz que está atacando alvos do Hamasglobo futebol com apostasRafah
Foto: Reuters / BBC News Brasil

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Rafah, considerada a última fronteira da guerraglobo futebol com apostasGaza, pode estar prestes a ser tomada por Israel.

Nesta terça-feira (7/5), os militares israelenses afirmaram ter assumido o controle operacional do lado palestino da passagem de Rafah, que fica na fronteira com o Egito.

Testemunhasglobo futebol com apostasRafah disseram à BBC que durante toda a noite houve sinalizadores iluminando o céu e o som constante de bombardeios.

O exército israelense afirma ter matado 20 pessoas consideradas "terroristas do Hamas".

Por ora, esta ainda é uma operação limitada, e não se trata da ofensiva terrestreglobo futebol com apostaslarga escala de Rafah para a qual as potências mundiais têm alertado.

Caso a ofensiva terrestre aconteça, teme-se que haja terríveis consequências humanitáriasglobo futebol com apostasuma cidade cheia de palestinos que fugiram de outras partes do Gaza.

A cidade palestina de Rafah tem sido, desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, um centro de refúgio para a população civil e uma porta de entrada para ajuda humanitária.

Situada na parte sul da Faixa de Gaza e com uma área de cerca de 55 km quadrados, a cidade é o último acesso a Gaza ainda não controlado por Israel e tem sido durante décadas um ponto de chegada de assistência e uma porta de saída para doentes, feridos e viajantes.

Após o início da atual guerra — desencadeada pelo ataque surpresa que o Hamas lançou contra Israelglobo futebol com apostas7 de outubro, no qual 1,2 mil pessoas foram mortas e cerca de 240 foram feitas reféns, segundo as autoridades israelenses — Rafah tornou-se o último refúgio de mais de um milhão de palestinos que foram deslocados das suas cidades devido a bombardeios e incursões terrestres das Forças de Defesa de Israel (FDI).

Como resultado da chegada massiva de pessoas, a população de Rafah aumentou de cerca de 280 mil habitantes para quase 1,4 milhão de pessoas, razão pela qual foi classificada pelo chefe do Conselho Norueguês para os Refugiados, Jan Egeland, como "o maior campo de pessoas deslocadas no mundo".

Mas o status da cidade como refúgio para os que fogem da guerra começou a ser questionadoglobo futebol com apostasfevereiro deste ano, quando Israel lançou uma operação que deixou dezenas de palestinos mortos e permitiu o resgate de dois reféns das mãos do Hamas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou às Forças de Defesa de Israel que preparassem a evacuação de civis de Rafah, para lançar ali uma grande ofensiva.

Esse anúncio despertou preocupação na comunidade internacional, desencadeando uma enxurrada de críticas e advertências contra os planos de Israel, que temiam que pudesse haver uma "catástrofe humanitária".

Esses receios voltaram na segunda-feira (6/5), quando as FDI começaram a distribuir panfletosglobo futebol com apostasRafah com instruções para cerca de 100 mil pessoas evacuarem uma área no leste da cidade e seguiremglobo futebol com apostasdireção a Khan Younis e Al-Mawasi.

Horas depois, as Forças Israelenses iniciaram uma série de ataques a uma área da cidade como parte de uma "operação limitada".

Porém, Rafah tem uma importância que vai muito além desta operação.

'Último bastião' do Hamas

"É impossível alcançar o objetivo desta guerra sem eliminar o Hamas e deixando quatro batalhões do Hamasglobo futebol com apostasRafah", afirmou o gabinete de Netanyahuglobo futebol com apostasfevereiro.

Esse é o argumento no qual o premiê vem insistindo há meses.

Israel afirma que milhares de combatentes do Hamas — e alguns dos seus líderes — estãoglobo futebol com apostasRafah.

Ele diz que quer acabar com o que estima serem cerca de quatro batalhões do Hamas ali presentes para encerrar aglobo futebol com apostascampanha que visa a eliminar o poderio militar do grupo palestino.

Estima-se que cerca de 200 mil israelenses tiveram de abandonar as suas casas após o início da guerra com o Hamas e se mudar para zonas mais seguras do país, longe das zonas fronteiriças onde poderiam ser alvo do Hamas ou do seu aliado no Líbano, a milícia xiita Hezbollah.

Seguindo instruções de Israel, muitos moradores de Gaza deixaram Rafah na segunda-feira, antes do início dos ataques
Seguindo instruções de Israel, muitos moradores de Gaza deixaram Rafah na segunda-feira, antes do início dos ataques
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Muitas destas pessoas já conviviam há anos com foguetes que eram lançados de tempos a tempos de Gaza contra Israel, uma situação que o governo de Netanyahu tolerou durante algum tempo, até finalmente responder com um breve conflito que deu origem a um novo cessar-fogo.

Esse era o status quo da região até o ataque de 7 de outubro.

Desde então, nem as autoridades israelenses, nem muitos dos seus cidadãos consideram mais um risco aceitável viver com um Hamas armado no poderglobo futebol com apostasGaza.

No entanto, desde o início do conflito, numerosos analistas políticos e militares alertaram que a ideia de Netanyahu de erradicar o Hamas é muito difícil — ou mesmo impossível — e que os custos humanos da tentativa seriam muito elevados, dados os túneis que o Hamas construiu sob Gaza paraglobo futebol com apostasproteção. E, na superfície, é difícil diferenciar entre combatentes e civis.

O governo israelense garante que suas forças tomam muito cuidado para não afetar a população civil, o que não impediu que cerca de 34 mil pessoas morressemglobo futebol com apostasGaza desde o início do conflito — a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.

As instalações do hospital Al Shifa foram destruídas após um ataque de tropas israelenses
As instalações do hospital Al Shifa foram destruídas após um ataque de tropas israelenses
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O correspondente da BBC Frank Gardner alerta que não está claro o que Israel poderia conseguir com uma operação militarglobo futebol com apostasRafah.

"Os últimos cinco meses de conflito devastadorglobo futebol com apostasGaza não conseguiram provocar a tão esperada libertação dos reféns. A última vez que um número significativo de reféns saiu vivo de Gaza foiglobo futebol com apostasnovembro e aquilo foiglobo futebol com apostasresultado de uma troca cuidadosamente negociada entre o Catar e o Egito", diz.

"O exército israelense avalia que quatro batalhões do Hamas sobreviveram acima e abaixo do sologlobo futebol com apostasRafah e querem terminar o trabalho como planejaram. Mas mesmo que se consiga destruir essas unidades, as chances de os reféns escaparem ilesos são mínimas."

Política e aliançasglobo futebol com apostasjogo

Nas ruas de Rafah, multidões de palestinos saíram para comemorar após o anúncio de que o Hamas havia aceitado um acordo de cessar-fogo
Nas ruas de Rafah, multidões de palestinos saíram para comemorar após o anúncio de que o Hamas havia aceitado um acordo de cessar-fogo
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Politicamente, o que aconteceglobo futebol com apostasRafah pode afetar negociações de meses com o Hamas, mediadas pelo Catar e pelo Egito, para alcançar um cessar-fogo, bem como a libertação de alguns dos reféns israelenses e dos palestinos detidosglobo futebol com apostasIsrael.

Na segunda-feira, o Hamas anunciou que aceitava a proposta de cessar-fogo, o que gerou alegria e alívio entre alguns habitantes de Gaza.

No entanto, o verdadeiro alcance do cessar-fogo não é claro, uma vez que o governo de Netanyahu disse que o negociado está longe de cumprir os requisitos de Israel e enviou uma comissão ao Cairo.

Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, elogiou a proposta e afirmou que ela era "extraordinariamente generosa" da parte de Israel, e que por isso o Hamas deveria aceitá-la.

No entanto, aquela semana passou sem avanços nas negociações.

Uma escalada militar de Israelglobo futebol com apostasRafah poderá aumentar as tensões entre o governo de Netanyahu e os Estados Unidos, já que o presidente Joe Biden deixou clara aglobo futebol com apostasrejeição a uma ofensiva sem primeiro um plano para proteger a população civil ali presente.

Segundo a Casa Branca, Biden confirmou aglobo futebol com apostasposição a Netanyahu durante uma conversa por telefone na segunda-feira.

Uma escaladaglobo futebol com apostasRafah também poderá afetar os esforços do governo dos EUA para chegar a um acordo para a normalização das relações diplomáticas entre Israel e a Arábia Saudita, que já foram prejudicadas pelo ataque do Hamasglobo futebol com apostas7 de outubro.

Para avançar nesse caminho, a Arábia Saudita espera que Israel concordeglobo futebol com apostasacabar com a guerra com o Hamas e se comprometa a seguir um caminho que conduza à criação de um Estado palestino.

A normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita é vista como um avanço importante não só devido às suas implicações bilaterais, mas porque ambos os países — tal como os Estados Unidos — vêem com desconfiança a política do Irã no Oriente Médio e o seu plano de desenvolvimento nuclear.

Outra relação vital que poderá ser prejudicada por uma ofensivaglobo futebol com apostasRafah é a que existe entre Israel e o Egito, que foi o primeiro Estado árabe a reconhecer Israel.

A passagem de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, tem sido uma porta de entrada para ajuda humanitária e uma saída para os feridos
A passagem de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, tem sido uma porta de entrada para ajuda humanitária e uma saída para os feridos
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Desde o início do conflito atual, o governo de Abdel Fattah al-Sisi tem estado preocupado com a possibilidade de que a repercussão da violênciaglobo futebol com apostasGaza acabe levando os combatentes e líderes do Hamas para o Sinai.

Cairo não vê com bons olhos os membros do Hamas, uma organização que se originou como um ramo da Irmandade Muçulmana Egípcia e que considera uma ameaça àglobo futebol com apostassegurança.

Além disso, o Egito está preocupado com impacto na situação humanitária que uma ofensiva israelenseglobo futebol com apostasgrande escalaglobo futebol com apostasRafah poderia ter.

Nos últimos meses, têm surgido numerosas vozes na comunidade internacional que alertaram para o perigo de as centenas de milhares de palestinos que se refugiaramglobo futebol com apostasRafah serem empurrados por uma ofensivaglobo futebol com apostasdireção à fronteira com o Egito. Cairo reiterouglobo futebol com apostasnumerosas ocasiões que não pretende acolher refugiados palestinos no seu território.

Frank Gardner, da BBC, considera este o aspecto "mais preocupante".

"Israel estima o número de habitantes de Gaza potencialmente afetados (por uma possível ofensiva)globo futebol com apostas100 mil. Agências de ajuda palestinas dizem que o número está próximo de 250 mil. Muitas destas pessoas já foram deslocadas das suas casas no norte do território", aponta.

Embora Israel tenha apresentado esta operação como um ataque limitado contra alvos específicos do Hamasglobo futebol com apostasRafah, existe sempre o risco de escalada.

Na verdade, a Jihad Islâmica — outro grupo armado palestino aliado do Hamasglobo futebol com apostasGaza — tem lançado foguetes contra o sul de Israel.

A ofensiva israelense também colocouglobo futebol com apostasalerta a Jordânia, o segundo vizinho árabe com quem Israel estabeleceu relações diplomáticas.

Em reunião com Biden na Casa Branca, o rei Abdullah 2º alertou que uma ofensiva israelenseglobo futebol com apostasRafah poderia fazer com que o conflito se espalhasse para a região e alertou que poderia levar a um "novo massacre".

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Fontes de referência

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