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melhor site apostas-Por que a polícia não consegue prender ex-presidente coreano acusado de golpe

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Em mais um capítulo da crise política que começou com um decreto de lei marcial há um mês, mais de 100 policiais enviados à casa de Yoon Suk Yeol foram impedidos de cumprir um mandado de prisão contra ele nesta sexta-feira.
3 jan 2025 - 14h41
(atualizado às 14h58)
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Policiais retiram apoiadores do presidente sul-coreano destituído do cargo, Yoon Suk Yeol, do lado de fora demelhor site apostasresidência oficial,melhor site apostasSeul
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Foto: Getty Images / BBC News Brasil

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Em mais um capítulo da crise política que há um mês se desenrola na Coreia do Sul, mais de 100 policiais enviados à casa do presidente afastado Yoon Suk Yeol foram impedidos de cumprir um mandado de prisão contra ele nesta sexta-feira (3/1).

Em um tumulto que se arrastou por seis horas, a equipe de segurança de Yoon formou um cordão humano e usou veículos para bloquear o caminho dos agentes, informou a imprensa local.

Desde a madrugada milhares de apoiadores se reuniram do lado de fora da casa do líder de direita para se opor à detenção, uma evidência de que ele ainda conta com forte base de apoio.

No início de dezembro, o então presidente chocou o mundo ao decretar lei marcial no país. A medida teve, contudo, vida curta, foi vetada pelo Congresso horas depois de ter sido anunciada e, na sequência, revogada.

Os parlamentares decidiram então investir contra o mandato de Yoon e, após uma tentativa frustrada de impeachment, conseguiram aprovar o afastamento do então presidente no último dia 14 de dezembro.

A decisão ainda tem de ser apreciada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até seis meses para confirmar ou rejeitar o pedido de impeachment.

Depois de ter sido destituído, Yoon virou alvo de uma investigação criminal, recusou-se a comparecer a um interrogatório e, no início desta semana, recebeu a notícia do mandado de prisão.

Por que a polícia não conseguiu prendê-lo?

Os homens que protegem o presidente

Embora Yoon tenha sido destituído de seus poderes presidenciais, ele ainda tem direito a uma equipe de segurança — que teve papel fundamental no bloqueio da prisão na sexta-feira.

Para Mason Richey, professor associado na Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros,melhor site apostasSeul, os funcionários do serviço de segurança presidencial podem ter decidido impedir a detenção de Yoon ou por lealdade a ele ou sob "uma compreensão equivocada de seu papel legal e constitucional".

Como Yoon está afastado, os agentes deveriam receber ordens do presidente interino, Choi Sang-mok. Nesse sentido, acrescenta Richey, "ou eles não foram instruídos pelo presidente interino Choi a se desmobilizarem [e deixaram a polícia cumprir o mandado] ou estão recusando suas ordens de fazê-lo".

Manifestantes anti-Yoon entrammelhor site apostasconfronto com a polícia depois que os investigadores não conseguiram prender o presidente suspenso
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Foto: Reuters / BBC News Brasil

Alguns especialistas apontam a segunda opção como mais provável, e acreditam que os agentes de segurança demonstraram "lealdade incondicional" a Yoon, e não à organização que representam.

O advogado americano e especialistamelhor site apostasCoreia Christopher Jumin Lee chama atenção para o fato de que o chefe do serviço de segurança presidencial, Park Jong-joon, foi nomeado para o cargo pelo próprio Yoonmelhor site apostassetembro.

"Pode ser que Yoon tenha loteado a organização com agentes linha-dura leais a elemelhor site apostaspreparação exatamente para uma eventualidade como essa", destaca.

O antecessor de Park havia sido o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, acusado de aconselhar Yoon a impor a lei marcial.

Atualmente, ele está detido para interrogatório como parte da investigação criminal contra o presidente afastado.

Risco de escalada

A solução "mais simples", diz Lee, é que o presidente interino Choi ordene que o serviço de segurança presidencial abandone a função.

"Uma recusamelhor site apostasfazer isso pode ser motivo para seu próprio impeachment pela Assembleia Nacional", acrescenta.

Choi, que é ministro das finanças, assumiu a liderança do país depois que os parlamentares votaram pelo impeachment do primeiro sucessor de Yoon, o primeiro-ministro Han Duck-soo.

O impasse político também reflete a polarização na política sul-coreana entre aqueles que apoiam Yoon emelhor site apostasdecisão de impor a lei marcial e aqueles que se opõem a ela.

E as diferenças não necessariamente terminam aí.

A grande maioria dos sul-coreanos concorda que a declaração de lei marcial de Yoonmelhor site apostas3 de dezembro foi errada e que ele precisa ser responsabilizado, mas disconcordam sobre o que significa responsabilidade, diz Duyeon Kim, integrante sênior adjunto do think tank (centro de pesquisa) Center for a New American Security.

"Os atores envolvidos discordam sobre o processo, o procedimento emelhor site apostasbase legal, o que está aumentando a incerteza política atual", explica ela.

Essa incerteza também está elevando as tensões, a exemplo do que aconteceu na sexta-feira na residência presidencial de Yoon, onde seus apoiadores estão acampados há dias, levando a discursos acalorados e até mesmo confrontos com a polícia.

A polícia poderia retornar com mais agentes e usar a força, mas isso seria "altamente perigoso", avalia Mason.

Em dezembro, parlamento da Coreia do Sul aprovou impeachment contra Yoon Suk Yeol
Em dezembro, parlamento da Coreia do Sul aprovou impeachment contra Yoon Suk Yeol
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O serviço de segurança presidencial também está fortemente armado, então um cenário que envolvesse prender policiais também precisaria levarmelhor site apostasconta os riscos de escalada da situação.

"O que acontece se a polícia aparecer com mandados adicionais pedindo a prisão de funcionários do serviço de segurança presidencial, [eles] também desafiariam esses mandados e depois brandiriam suas armas?", reflete Lee.

A polícia já informou que está investigando o diretor do departamento e seu vice por impedir o trabalho dis agentes — o que pode significar novass acusações e mandados de prisão.

As consequências do decreto de lei marcial de Yoon também são um desafio para o Escritório de Investigação de Corrupção, responsável pela investigação.

A divisão está operando há apenas quatro anos, foi criadamelhor site apostasresposta à indignação pública contra a ex-presidente Park Geun-hye, que sofreu impeachment, foi destituída do cargo e posteriormente presa devido a um escândalo de corrupção.

Embora presidentes sul-coreanos já tenham sido presos antes, Yoon é o primeiro a ser preso antes de renunciar.

Os investigadores têm até 6 de janeiro para prender Yoon antes que o mandado atual expire.

Eles podem tentar prendê-lo novamente no fim de semana, embora isso possa se tornar um desafio maior caso a multidão de apoiadores aumente, ou solicitar um novo mandado e tentar detê-lo novamente.

Reportagem adicional de Ewe Koh

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