f12 bet é confiavel-Por que o novo coronavírus é tão mortal na Itália?
f12 bet é confiavel
País tem taxa de letalidade e número de mortos superiores aos da China. Autoridades reconhecem que mortes podem estar subnotificadasf12 bet é confiavel de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
O balanço divulgado pela Defesa Civil da Itália, às 18h desta quinta-feira (20), representou um marco na crise global provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2): com 3,4 mil mortes, o país europeu superou a China, com 3,3 mil, e se tornou aquele que mais perdeu vidas humanas no âmbito da pandemia.
O número ganha ainda mais peso quando comparado ao tamanho da população: com 60,4 milhões de pessoas vivendo dentro de suas fronteiras, a Itália tem uma taxa de 5,6 óbitos para cada 100 mil habitantes, enquanto na China, lar de 1,4 bilhão de indivíduos, o índice é de 0,23/100 mil.
Segundo os dados da própria Defesa Civil italiana, a taxa de letalidade entre pacientes com o novo coronavírus no país é de 8,3% do total de casos, contra 4% na China e no restante do mundo, de acordo com o monitoramento feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA.
Mas por que o Sars-CoV-2 é tão letal na Itália, que soma mais mortes do que todos os outros países da Europa juntos? A resposta, que a princípio pode parecer clara e cristalina como as águas de Veneza após uma semana de isolamento social, envereda pelas nebulosas diferenças entre os métodos estatísticos adotados para quantificar os casos.
Primeiro de tudo, um fato: a Itália é um país de idosos. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (Istat), 22,8% dos habitantes do paísf12 bet é confiavel1º de janeiro de 2019 tinham 65 anos de idade ou mais, proporção inferior somente à do Japão, que é de 27,6%, de acordo com dados do Banco Mundial relativos a 2018.
Mas o mesmo Japão tem apenas 33 mortes entre 943 casos de Sars-CoV-2, com uma taxa de letalidade de 3,5% e um índice de 0,03 óbito para cada 100 mil habitantes. Para o virologista italiano Fabrizio Pregliasco, professor do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade dos Estudos de Milão, uma das razões para essa diferença é que o país asiático, "comprovadamente", conseguiu rastrear os contágios de forma mais eficiente e conter o ritmo de disseminação.
A consequência de uma estratégia de contenção bem sucedida é um menor número absoluto de casos e de mortes. A Itália, por outro lado, viu a pandemia crescerf12 bet é confiavelvelocidade assustadora e sair de três para 40 mil contágiosf12 bet é confiavelmenos de um mês.
Essa disseminação descontrolada nas primeiras semanas atingiuf12 bet é confiavelcheio a população idosa e deixou hospitais à beira do colapso, especialmente na Lombardia, epicentro da pandemia na Europa, com 20 mil casos - as fotos que mostram caminhões militaresf12 bet é confiavelfila para levar corpos de vítimasf12 bet é confiavelBergamo já rodaram o mundo.
Estatística
Já a alta taxa de letalidadef12 bet é confiavelrelação ao total de casos pode ser explicada, segundo Pregliasco, pela abordagem estatística adotada pela Itália. "Nós,f12 bet é confiaveluma primeira fase, fizemos exames sistemáticos para tentar controlar a doença.
Agora fazemos apenas nos casos que necessitam internação. Tudo isso faz desaparecer uma cota de casos que não chegam a ser assinalados", diz.
Ou seja, dá-se como certo que o número real de contágios pelo novo coronavírus na Itália é consideravelmente maior do que o divulgado diariamente pela Defesa Civil, o que resultariaf12 bet é confiaveluma taxa de letalidade mais baixa. Como contraponto, a cifra de mortos na Itália também pode estar sendo subestimada. Recentemente, o prefeito de Bergamo, Giorgio Gori, disse à agência Reuters que "muitíssimas pessoas" faleceramf12 bet é confiavelcasa ou asilos com sintomas compatíveis com a Covid-19 e, por não terem sido testadas, não entraram para as estatísticas.
Além disso, um grupo de prefeitos da província afirmou recentemente que os casos oficiais são apenas a "ponta do iceberg".
Diferenças
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as pessoas que possam ter contraído o novo coronavírus sejam examinadas, mesmo que estejam assintomáticas. A realidade, no entanto, mostra que cada país e até mesmo cada região adota uma abordagem própria.
Na Itália, o Conselho Superior da Saúde, órgão consultivo do Ministério da Saúde, pediu,f12 bet é confiavel27 de fevereiro, que fossem examinados somente pacientes com sintomas compatíveis com a Covid-19.
Essa mesma diretriz foi reafirmada pelo governof12 bet é confiavel9 de março, mas, com um sistema sanitário descentralizado, o que se vê na prática são estratégias conflitantes dentro das fronteiras italianas. O Vêneto (3,3% de letalidade) fez 910 testes para cada 100 mil habitantes, o triplo da média do país (303/100 mil hab.).
Já a Lombardia, que lidera o número de casos na Itália e apresenta um índice de letalidade de 11%, fez 519 exames para cada 100 mil pessoas. A região está com hospitais à beira do colapso e, nas últimas semanas, conseguiu testar apenas pacientes que precisaram ser internados, ao contrário do Vêneto, que defende o modelo sul-coreano de examesf12 bet é confiavelmassa, incluindof12 bet é confiavelassintomáticos.
Porf12 bet é confiavelvez, a Toscana, com 238 testes para cada 100 mil habitantes e 2,5% de letalidade, pretende usar uma abordagem intermediária: exames de sanguef12 bet é confiavelmassa para identificar possíveis sinais de contágiof12 bet é confiavelassintomáticos e,f12 bet é confiavelum segundo momento, submeter os casos suspeitos ao teste do coronavírus.
Essas diferenças de metodologias dificultam a comparação entre realidades distintas e até mesmo a mensuração do tamanho real da emergência dentro de um único país.