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nolimit 77 freebet-Só 7% dos congressistas abrem mão de auxílios para moradia

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43 dos 594 parlamentares não utilizam imóveis funcionais ou repassesnolimit 77 freebetdinheiro para pagar as noites que passamnolimit 77 freebetBrasília
12 set 2019 - 12h02
(atualizado às 12h55)
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As eleições do ano passado proporcionaram a maior taxa de renovação do Congresso Nacional dos últimos 30 anos,nolimit 77 freebettorno de 50%, mas não interferiramnolimit 77 freebetalgumas práticas tão combatidas pelos novos parlamentares durante a campanha. O auxílio-moradia, concedido por ambas as Casas, é um exemplo disso: só 7% deputados e senadores (43 dos 594) abrem mão atualmente do uso do imóvel funcional ou de repassesnolimit 77 freebetdinheiro para pagar as noitesnolimit 77 freebetque passamnolimit 77 freebetBrasília.

O custo desses auxílios mensais previstosnolimit 77 freebetlei já passou de R$ 4,6 milhões de fevereiro a agosto. Ao menos R$ 21 milhões ainda são gastos anualmente com a manutenção dos 504 imóveis funcionais do Legislativo Federal. São 411 parlamentares hoje que usufruem desse direito. Outros 119 recebem até R$ 5,5 mil para ajudar nas despesas com hospedagem.

A Câmara nem sequer exige a comprovação do uso da verba. Neste caso, porém, o deputado tem descontado no auxílio o imposto de renda, o que reduz o valornolimit 77 freebet27%, passando de R$ 4,2 mil para R$ 3,1 mil. Já no Senado, o modelo aceito é só via reembolso. O senador paga uma conta de hotel, por exemplo, apresenta a nota fiscal e recebe o ressarcimento.

Com patrimônio declarado de R$ 23 milhões, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que era deputado na legislatura passada, é um dos cinco que recebem auxílio-moradia do Senado. "Tratando-se de direito legalmente previsto, ele pode ser exercido, especialmente para quem mantém seu domicílio no Estado de origem (Minas Gerais) e não possui imóvelnolimit 77 freebetBrasília", afirmou ao Estado.

Além de atender a deputados e senadores milionários - 28 dos que recebemnolimit 77 freebetespécie têm mais de R$ 2 milhõesnolimit 77 freebetbens -, o benefício também é usado por quem tem imóvel próprionolimit 77 freebetBrasília. É o caso do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), dono de um apartamento de R$ 200 mil na capital federal, segundo declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele não respondeu à reportagem.

Tanto Pellegrino como Pacheco recebem um salário mensal de R$ 33,7 mil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles estão entre os trabalhadores com os mais altos rendimentos do País - apenas 1% dos brasileiros recebe mais de R$ 27 mil por mês.

Para o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, o salário permite a qualquer parlamentar pagar seus gastos com hospedagemnolimit 77 freebetBrasília. Assim como a maioria dos deputados e senadores, ele passa três noites apenas,nolimit 77 freebetmédia, na capital federal. "A conta ficanolimit 77 freebetR$ 2,2 mil num flat bem próximo do Congresso. Recebo um salário líquido de R$ 21 mil, dá para pagar", afirma.

Waldir é um dos 43 parlamentares federais que abriram mão do auxílio-moradia e também do uso de um imóvel funcional. Como ele, há outros cinco no PSL - os demais recebem algum tipo de benefício. De todos os partidos, o Novo foi o único a emitir uma resolução nacional que impede a seus mandatários usufruir de tal auxílio. Até maio, Alexis Fonteyne (SP) era o único da bancada a pedir reembolso.

"Tomei essa decisão com a consciência tranquila de que não infringi qualquer regra legal ou determinação partidária. Ressalvo ainda que sempre fui pautado pelo respeito ao dinheiro público, tendo economizado 51% da verba de gabinete no primeiro semestre do ano", disse.

'Mordomia'

A fachada do Congresso Nacional,nolimit 77 freebetBrasília
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Foto: Jamil Bittar / Reuters

Na avaliação do cientista político David Fleischer, americano que vivenolimit 77 freebetBrasília desde 1972 e é professor emérito da Universidade de Brasília, auxílio-moradia e imóvel funcional não são mais justificáveis, já que deputados e senadores têm salários altos. Ele também diz que as medidas são reflexo de um tempo que já não existe mais, quando as "mordomias" eram usadas para agilizar a transferência ou contratação de funcionários de outras regiões do País para a capital federal.

"Quando políticos dos Estados Unidos ou da Europa vêm aqui, ficam assustados com essas mordomias. Eles têm que pagarnolimit 77 freebetprópria passagem de avião, alugar a moradia. Não existe isso", afirma.

Patrimônio

Construídos nos anos 1970 quando Brasília tinha cerca de 500 mil habitantes e infraestrutura hoteleira precária - bem distante da atual metrópole de três milhões de pessoas, a terceira maior do Paísnolimit 77 freebetpopulação -, os apartamentos funcionais foram a saída encontrada pelo Congresso para oferecer moradia na capital aos políticos de fora, todos praticamente.

O professor emérito da UnB José Carlos Córdova Coutinho, que mora na capital há mais de 50 anos, afirma que os imóveis foram úteis no passado, mas que hoje não fazem mais sentido. "É um privilégio descabidonolimit 77 freebet2019", diz o urbanista.

"Brasília é hoje uma cidade muito bem equipada, tem uma rede de hotéis vasta, muitos apartamentos, então não há justificativa para manter esse privilégio. E isso vale para toda a administração pública, não só o Poder Legislativo." De acordo com o Ministério do Turismo, Brasília tem 279 estabelecimentos para hospedagem - dos quais 182 são hotéis. Há cerca de 40 mil leitos disponíveis.

Área nobre

Os imóveis funcionais ficam na região do Plano Piloto, uma das mais nobres de Brasília, e têm,nolimit 77 freebetmédia, 220 m², mas alguns chegam a 300 m². Contam com três quartos, três banheiros, escritório, cozinha, área de serviço, copa e despensa, além de dependência completa para empregada doméstica. Coutinho diz que apartamentos na região, a depender do estado de conservação, podem chegar até R$ 3 milhões.

Para Coutinho,nolimit 77 freebetum momentonolimit 77 freebetque o governo apregoa o corte de gastos, a venda desses apartamentos seria um bom exemplo para a população. É o que pretende o mais novo projeto de lei apresentado no Congresso para colocar à venda o patrimônio de imóveis da União.

Elaborado pelos senadores Márcio Bittar (MDB-AC) e Eduardo Girão (Pode-CE), o texto autoriza a venda dos 502 apartamentos à disposição de deputados e senadores. "Se na época fazia sentido, deixou de fazer faz tempo. É um absurdo, tem a manutenção, as reformas que são necessárias de temposnolimit 77 freebettempos", comenta Bittar. "Por que a Câmara e o Senado têm que cuidar de imóvel, centenas de fogões, geladeiras, colchão, cama?", questiona.

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