b2xbet-'Vou indicar um evangélico agora', diz Bolsonaro a apoiadores, após conversar com Mendonça
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Advogado-geral da União é favorito para vaga no Supremo Tribunal Federal, mas ainda enfrenta resistências no Senadob2xbet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
BRASÍLIA - O Senado espera receber a indicação do presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF) somente após o recesso parlamentar, no início de agosto. O favorito para ocupar a cadeira do decano Marco Aurélio Mello, que se aposentará no próximo dia 12, é o advogado-geral da União, André Mendonça. Pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, Mendonça enfrenta resistências no Senado, mas Bolsonaro avalia que esse quadro é reversível.
"Vou indicar um evangélico agora", disse ele nesta segunda-feira, 5, ao conversar com apoiadores,b2xbetfrente ao Palácio da Alvorada. "Quem conseguir se elegerb2xbet22 (2022), no primeiro semestre de 23 (2023) indica mais dois (nomes). Se for uma pessoa que tem o seu padrão de comportamento e de vida, vão ser duas pessoas do padrão de vocês para lá. E vai mudando, pô!", completou. Desde o início de seu mandato, Bolsonaro indicou apenas um ministro para o STF: Kassio Nunes Marques. A promessa feita por ele, ainda no ano passado, era de que a segunda vaga seria para um nome "terrivelmente evangélico". O presidente conversou com Mendonça nesta segunda, no Palácio do Planalto, e o aconselhou a deflagrar nova ofensiva para se aproximar dos senadores.
A indicação de Bolsonaro precisa passar pelo crivo do Senado. O rito é obrigatório e de praxe, mas uma derrota do presidente, nesse momento de crise e com uma CPI da Covid no seu encalço, teria grande impacto político. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniu nesta segunda com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e expôs as dificuldades para a aprovação do nome de Mendonça ao Supremo. A CCJ é responsável por sabatinar e votar a indicação encaminhada pelo presidente antes mesmo do plenário.
Parlamentares à frente das articulações atribuem o impasse ao aumento da desconfiançab2xbetMendonça, por causa de seus posicionamentos. O titular da AGU sofreu mais um desgaste, recentemente, na esteira da estratégia do Planalto de recorrer à Lei de Segurança Nacional (LSN) para reprimir opiniões negativas sobre Bolsonaro. Em agosto do ano passado, por exemplo, quando Mendonça era ministro da Justiça, a pasta montou dossiês contra servidores públicos considerados antifascistas.
Apontado como o "plano B" de Bolsonaro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, também é visto com ressalvas nos bastidores, especialmente pelo desgaste de Bolsonaro na CPI. A Procuradoria abriu inquérito para investigar se o presidente cometeu crime de prevaricação na compra da vacina indiana Covaxin. O pedido ocorreu após notícia-crime protocolada por senadores contra Bolsonaro e depois de muita pressão por parte da ministra do Supremo Rosa Weber. Na noite de sexta-feira, 2, Rosa determinou a abertura de inquérito. Mas o pedido que chegou à magistrada não foi assinado por Arasb2xbetsim, pelo vice-procurador-geral da República e número 2 do órgão, Humberto Jacques de Medeiros.
O cenário de mudança no Supremo com a aposentadoria compulsória do ministro Marco Aurélio, que completa 75 anos, está contaminado pelo acúmulo de insatisfações do Senado com Bolsonaro nas últimas semanas. Vetos do presidente a projetos de interesse direto dos parlamentares contribuíram para azedar o clima com o Planalto.
Em abril, Bolsonaro vetou a ampliação da isenção na conta de luz para consumidores do Amapá, reduto eleitoral de Alcolumbre. No mês passado, o presidente se opôs a um projeto de interesse de Pacheco para aumentar a área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). / COLABOROU Rafael Beppu