jack bet-Jairo Bouer: Chega ao fim o BBB das crises emocionais
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BBB 24 foi a ediçãojack betque possivelmente mais brothers e sisters sofreram e expuseram questões de saúde mentaljack bet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Na última terça-feira (16.04) chegou ao fim o BBBjack betque possivelmente mais brothers e sisters sofreram e expuseram questões de saúde mental ao longo das 24 edições do programa da TV Globo. Mesmo quem não assistiu acabou sabendo da quantidade de participantes que enfrentaram dificuldades.
Talvez o caso mais emblemático tenha sido o da tiktoker Vanessa Lopes que precisou sair da casa mais vigiada do Brasil por apresentar um quadro psicótico agudo. Voltando a aparecer na final, ela se tornou um dos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) depois de afirmar que “tô ótima, tomando meus remédios, indo no psiquiatra".
Se, de um lado, a forma leve, quase engraçada, com que ela se referiu ao seu momento pode ajudar a desmitificar tabus e questões de saúde mental, do outro, alerta para o risco de adoecimento psíquico de pessoas que ficamjack betsituação de confinamento, durante mais três meses,jack betuma competição com alta exposição na mídia.
Outra participante, a fisioterapeuta Deniziane Ferreira, revelou nas redes sociais que no último sábado teve mais uma crise de ansiedade sem motivo aparente quando estavajack betum bar. Ela vem enfrentando episódios frequentes desde que deixou o programa. Crises de ansiedade espontâneas, que se repetem, podem caracterizar a síndrome do pânico, um dos transtornos de ansiedade mais comuns. Para Anny, a ansiedade e o medo que ela vem sentindo tem a ver com o hate que está enfrentando nas redes.
Outra cena que deu o que falar nessa semana foi a saída no domingo da bailarina Alane Dias, que teve uma crise de choro, disse ser “péssima” e se bateu na cabeça até ter contida e confortada pelos finalistas. O motivo da resposta desproporcional teria sido, segundo ela mesma, a frustração por ter sido eliminada.
A confeiteira Fernanda Bande foi outra que revelou já ter enfrentado fases de depressãojack betalguns momentos dajack betvida, principalmentejack betmomentos de crise ou término de seus relacionamentos. Em entrevista ao jornal Extra, confessou que já ficou muito mal, à beira do desespero. Em alguns momentos do reality, ela se envolveujack betpolêmicas com outros participantes afirmando, por exemplo, que Beatriz era "dodói da cabeça e tinha que tomar remédio".
A própria cantora Wanessa Camargo, mais experiente e acostumada aos holofotes das celebridades, tevejack betparticipação criticada, foi exposta a risco de cancelamento e, ao sair do programa, preferiu ficar “quieta”, reclusa, terminou o relacionamento com Dado Dolabella e se afastou das redes.
As situações não param por aqui e revelam a alta frequência de impactos na saúde mental dos participantes do BBB 24. Ao longo da história do programa o mundo mudou, as redes sociais se tornaram onipresentes (ampliando os riscos de exposição, hates e cancelamentos), a pandemia abriu mais nossas feridas emocionais, e os participantes se profissionalizaram e se cercaram de equipes que, muitas vezes, não traduzem o que eles de fato dizem e sentem, e sim, procuram a melhor versão deles mesmos (que quase nunca traduzem a verdade). Esse choque entre imagem e realidade pode fazer muito mal para quem passou tanto tempo recluso.
As questões de saúde mental também explodiram no Brasil e no mundo nessas duas últimas décadas , e hoje cerca de 20% da população experimenta ou vai experimentar algum episódio de depressão ou ansiedade ao longo dajack betvida. Se a TV espelha o que acontece na sociedade, e se os realities amplificam esses impactos, não é de se estranhar o que a gente viu.
Mas ficam alguns recados importantes dessa edição. Talvez um pente mais fino na avaliação da saúde mental dos candidatos ao BBB reduzam as chances de que outros participantes tenham que abandonar o programa ou enfrentar questões de saúde mental após saírem da competição. Psicose, pânico, ansiedade e depressão não são e nem deveriam ser entretenimento para ninguém.
Também seria importante que não só quando estão na casa, mas também ao saírem dela, que os participantes tenham um suporte de especialistas pelo tempo que julgarem necessário. E, para terminar, seria fundamental que o público fosse alertado que o programa pode trazer gatilhos emocionais importantes, principalmente para as pessoas que são ou estão mais vulneráveis do ponto de vista de saúde mental. O que vocês acham?
*Jairo Bouer é médico psiquiatra e escreve semanalmente no Terra Você