copa betpix365-Como o isolamento potencializa a sobrecarga das mães solo
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Com escolas e empresas fechadas, mães precisam conciliar os cuidados com a criança, as tarefas domésticas e os compromissos profissionaiscopa betpix365 de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
A taróloga Juliana Guimarães, 27, precisou mudar toda acopa betpix365rotina após o decretamento da quarentena,copa betpix365São Paulo, para conter a epidemia do novo coronavírus. Com a faculdade fechada, ela teve que se adaptar às aulas online enquanto cuida decopa betpix365filha Lívia, de 1 ano e seis meses. Desde que se separou do marido, há cerca de um ano, ela conta com a ajuda dos pais para criar a menina.
Durante o dia, ela aproveita os poucos momentos livres para atender a algumas clientes - mas nem sempre isso é possível. “Já tive que parar algumas consultas no meio para cuidar da minha filha. É cansativo, porque ser mãe é um trabalho 24 horas”, conta.
No Brasil, segundo o IBGE, são cerca de 11,6 milhões de mães solo que precisam arcar sozinhas com a manutenção da casa, os custos da criação e os cuidados dos filhos. Em um período de pandemia, com escolas fechadas, aumento de demissões e redução de salários, a situação fica ainda mais difícil para as mulheres que não contam com a ajuda de um parceiro.
Na empresa da promotora de vendas Anatielly Basílio, 27, os funcionários não foram dispensados. Sem escola, ela precisa deixar a filha Ana Beatriz, 6, com um parente durante o dia, já que o pai não se responsabiliza pela criança. “A quarentena dificultou muito a minha vida, porque sempre dependo de alguém para ficar com a minha filha. Infelizmente não tenho a opção de não ir trabalhar, porque preciso sustentá-la”, relata.
A analista de desenvolvimento de sistemas Amanda Silva, 32, também assume todos os custos de criação decopa betpix365filha Lívia, 12, já que o pai nunca assumiu a menina. Para conseguir trabalharcopa betpix365regime de home office, ela conta que montou uma mesa de trabalho para que a filha possa estudar durante o seu expediente. “Meu maior desafio é ter paciência e me planejar, porque preciso conciliar os cuidados com a Lívia com o meu trabalho e um curso online”, explica.
No caso da jornalista Eliza Rinaldi, 37, que já trabalhavacopa betpix365casa antes do isolamento, o maior desafio tem sido conciliar as tarefas domésticas com as necessidades do filho Gael, de 2 anos e 8 meses. “No início desse período tentei produzir no mesmo nível de trabalho, treinar, fazer comida, propor brincadeiras interativas para o meu filho. Mas cheguei à conclusão que não dá para fazer tudo. Agora eu entendo quecopa betpix365alguns dias da semana eu conseguirei produzir, ecopa betpix365outros não”, conta.
Rede de apoio
Mas nem todas as mães solo conseguem continuar trabalhando, e muitas mulheres precisam de apoio para sobreviver a este período. Foi pensando nessas mãescopa betpix365situação de vulnerabilidade social que o Coletivo Massa e o Instituto Casa Mãe idealizaram a campanha Segura a Curva das Mães (saiba mais). O projeto é encabeçado pelas mães Thaiz Leão (@a_maesolo) e Thais Ferreira (@sou_thaisferreira).
O objetivo é criar parcerias com entidades do terceiro setor, coletivos, empresas, instituições da sociedade civil e indivíduos para distribuição de dinheiro, alimentos, produtos de higiene e outros itens de primeira necessidade às mães. Com um financiamento coletivo, a campanha já arrecadou R$ 85 mil para distribuir a 308 mãescopa betpix365todo o Brasil.
Além da parte financeira, o projeto também conta com grupos de apoio e atendimento para todas as mães inscritas. “Conseguimos criar uma rede de mães que, além de auxiliar mulheres economicamente vulneráveis, cria também um sentimento de pertencimento. É muito importante saber que não é só a gente que está passando por essa situação difícil”, explica Thaiz Leão, também criadora do projeto A Mãe Solo.
No final de março, o governo federal aprovou um benefício emergencial de R$ 1.200 para mães responsáveis pelo sustento da casa, a ser pago durante três meses. Pode receber o auxílio quem não tem emprego formal, não recebe benefício do governo e possui renda de até meio salário mínimo - ou renda familiar de até três salários mínimos (saiba como funciona a concessão do benefício).