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bwin o que é-Dia Mundial de Luta Contra a Aids: prevenção vai além da camisinha

bwin o que é

Com acesso ao tratamento, PEP e PrEP, é possível acabar com essa epidemia
1 dez 2024 - 10h00
(atualizado às 13h28)
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A PrEP é um dos pilares para evitar a infecção pelo HIV
A PrEP é um dos pilares para evitar a infecção pelo HIV
Foto: iStock / Jairo Bouer

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Nos últimos dias, às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a Aids (celebrado hoje), o Unaids (programa das Nações Unidas voltado para a doença) lembrou que 630 mil pessoasbwin o que étodo o mundo morreram por doenças relacionadas à Aids,bwin o que é2023, e 1,3 milhão adquiriram o HIV. Os dados contrastam com o fato de que nunca tivemos tantos recursos para evitar novas infecções e, principalmente, as mortes pela doença.

Neste Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre a doença, é fundamental que todas as pessoas conheçam as formas de evitar a infecção pelo HIV, e, uma vez infectadas, tenham acesso ao tratamento, que é gratuito. Confira, abaixo, algumas perguntas e respostas relevantes sobre HIV/Aids.

Qual a diferença entre HIV e Aids?

O HIV é o vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids). Mas é possível uma pessoa se infectar com o vírus HIV e nunca desenvolver Aids. O HIV é um retrovírus [armazena suas informações genéticas no RNA e não no DNA, como a maioria dos seres vivos]. Por isso, possui características que influenciam no quadro clínico do paciente, como o fato de ter um período de incubação prolongado. O surgimento de sinais e sintomas da infecção é igualmente demorado.

Em resumo: a Aids é uma doença causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico do paciente infectado, mas nem todos aqueles com diagnóstico positivo para o vírus desenvolverá a doença. O HIV pode ser transmitido, não a Aids.

Como o HIV é transmitido?

  • Sexo com penetração (anal ou vaginal) sem camisinha;
  • Sexo oral sem camisinha (ainda que o risco seja muito pequeno nesse caso, ele existe);
  • Compartilhamento de seringa, ou outros instrumentos que furam ou cortam, que estejam com sangue contaminado;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  • De mãe para filho(a) na gravidez, através do parto ou durante a amamentação.

Como o HIV não é transmitido? 

  • Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
  • Masturbação a dois;
  • Beijo no rosto ou na boca;
  • Suor e lágrima;
  • Picada de inseto;
  • Aperto de mão ou abraço;
  • Sabonete/toalha/lençóis;
  • Talheres/copos;
  • Assento de ônibus;
  • Piscina;
  • Banheiro;
  • Doação de sangue;
  • Pelo ar.

Ter carga viral indetectável impede a transmissão?

Sim, e esta é uma informação muito importante! Uma pessoa com sorologia [exame do soro sanguíneo] positiva para o HIV e que faz o tratamento antirretroviral (Tarv) corretamente será indetectável [terá carga viralbwin o que éníveis muito baixos]bwin o que équestão de tempo. Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa indetectável também é intransmissível, portanto, não transmite mais o vírus. Então, quando a pessoa toma os medicamentos antirretrovirais, ela diminui tanto a quantidade de vírus circulantebwin o que éseu organismo, que fica muito difícil encontrar o HIV no sangue dela, e isso é ótimo, porque assim ela também não passa esse vírus para outra pessoa. Em outras palavras: uma das formas importantes de prevenção contra a infecção pelo HIV é justamente o tratamento antirretroviral. 

Quais os sinais e sintomas da infecção? 

O quadro clínico apresentado pelo paciente que se infecta com o HIV é muito variado e pode passar despercebido. Em geral, entre 2 e 4 semanas após a infecção, ocorre um conjunto de sinais e sintomas que recebe o nome de Síndrome Retroviral Aguda, e que pode incluir:

  • Febre (em torno de 38,5º);
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Astenia (fraqueza);
  • Faringite;
  • Mialgia (dor muscular);
  • Manchas avermelhadas no corpo;
  • Adenopatia (aumento de gânglios).

Mas tão logo esses sintomas surgem, eles também desaparecem. Por isso, o quadro pode se confundir com qualquer outro tipo de processo infeccioso. Estima-se, por isso, que mais de 112 mil brasileiros desconheçam que têm o vírus (segundo dados de 2019).

A fase de latência clínica do HIV é marcada pelo declínio das células CD4+ [do sistema imune] e aumento da carga viral circulante no organismo não tratado. Essa fase da infecção pode durar anos, sem o indivíduo saber que está com sorologia reagente para o vírus.

A célula T CD4+ faz parte do nosso sistema imunológico. Conforme a contagem de CD4+ vai diminuindo no organismo, a pessoa com HIV passa a ficar exposta a outras infecções e doenças, e passa também a apresentar sinais e sintomas mais específicos de uma imunossupressão importante como:

  • Diarreia crônica;
  • Alterações neurológicas;
  • Infecções bacterianas;
  • Lesões orais;
  • Infecções respiratórias.

Uma pessoa entrabwin o que éestágio de Aids quando a contagem de CD4+ fica abaixo de 200 células por mm³ de sangue. É nessa etapa que surgem as chamadas infecções oportunistas, como: pneumocistose (doença pulmonar causada por fungo); neurotoxoplasmose (infecção do sistema nervoso central); sarcoma de Kaposi (câncer de vasos sanguíneos); tuberculose pulmonar atípica e disseminada (miliar); e candidíase oral persistente.

Além disso, a pessoa apresenta também perda de peso inexplicada (<10% do peso), febre persistente por mais de um mês (>37,6º) e sudorese noturna.

Tive uma relação suspeita; quando faço o teste?

Entre a exposição ao vírus HIV e a produção de anticorpos, o organismo demora,bwin o que émédia, de 15 a 30 dias para reagir contra o vírus. Ou seja, para um diagnóstico fidedigno, afastando a possibilidade de ocorrer falso-negativo, a pessoa que se expôs deve procurar realizar o teste após esse período, que é conhecido como janela imunológica, já que os testes sorológicos detectam o anticorpo no organismo.

É possível realizar o teste rápidobwin o que éalgum Centro de Testagem e Aconselhamento que compõe a rede de tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) do Ministério da Saúde. Elisa e Western Blot são testes que também podem detectar o HIV e, comumente, são solicitados pelo médico na suspeita da doença.

Como é o tratamento de infecção por HIV?

Com o diagnóstico reagente para HIVbwin o que émãos, o paciente tem o direito de ter acesso aos medicamentos pelo SUS. O tratamento precoce é importante medida de prevenção e garantia de qualidade de vida. Então, aderir bem ao tratamento proposto pelo médico infectologista afasta doenças oportunistas e mau prognóstico.

Os medicamentos avançaram muito e hoje os efeitos colaterais são cada vez menos frequentes, podendo uma pessoabwin o que étratamento antirretroviral viver normalmente, como se tivesse qualquer outra doença crônica, como hipertensão ou diabetes.

Como se  previne o HIV?

Existem várias formas de prevenção contra o HIV. Os preservativos, tanto peniano quanto o vaginal, desempenham papel importante na prevenção não apenas desse vírus, mas também inúmeras outras IST. Mas também há outros recursos importantíssimos, como a PrEP e a PEP.

PrEP - Profilaxia Pré-Exposição

A PrEP é um medicamento antirretroviral tomado diariamente, que impede a infecção pelo vírus HIV. É uma combinação de antirretrovirais que têm o intuito de criar uma espécie de blindagem no organismo de uma pessoa que venha a entrarbwin o que écontato com o vírus. Se isso ocorrer, a infecção não acontece, porque a PrEP está circulando no sangue daquele indivíduo, o que explica o motivo de ser uma medida profilática pré-exposição. Uma versão injetável desse medicamento, com efeito prolongado, pode trazer uma série de vantagens para os usuários, mas ainda não está amplamente disponível. 

Atualmente, a PrEP é indicada para:

  • Homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens;
  • Pessoas trans (mulheres transexuais, travestis, homens trans e pessoas não-binárias);
  • Profissionais do sexo ou pessoas que eventualmente recebam dinheiro ou benefíciosbwin o que étroca de serviços sexuais;
  • Pessoas que estejam se relacionando com uma pessoa vivendo com HIV (casais sorodiferentes).

PEP - Profilaxia Pós Exposição

É como se fosse uma pílula do dia seguinte, só que para a prevenção do HIV. Uma pessoa que se expôs ao vírus, seja através de relação sexual desprotegida ou até num acidente ocupacional, pode procurar o serviço especializado e solicitar os medicamentos que compõem o esquema da PEP. Resumindo: a PEP é indicada para toda e qualquer pessoa que se expôs ao risco de contrair HIV.

Porém, é importante frisar: você tem até 72 horas após a exposição para iniciar o tratamento pós-exposição e os medicamentos devem ser tomados corretamente durante 28 dias.

Existe cura para o HIV?

A comunidade científica atualmente considera alguns raros casos de "cura" da doença. São pacientes com HIV controlado e que foram submetidos a transplantes de medula óssea por causa de um câncer hematológico. Isso fez com que eliminassem as células alteradas e, também, as células infectadas com o HIV. Vale mencionar que o transplante é um procedimento caro, envolve uma série de riscos, e poucos pacientes foram, até hoje, curados dessa forma, apesar de dezenas de tentativas semelhantes. 

Outros casos raríssimos de cura envolvem os chamados "controladores de elite", ou seja, situações rarasbwin o que éque a própria imunidade da pessoa contra o HIV é tão eficiente que mantém o vírus sob controle e indetectável mesmo sem tratamento antiviral.  São episódios que têm sido acompanhados pelos cientistas e que trazem esperanças de que, um dia, seja possível transformar outras pessoasbwin o que é"controladores de elite". 

Há alguma vacinabwin o que évista?

Várias iniciativas mundiais têm se empenhado na busca de uma vacina contra o HIV, há décadas, inclusive no Brasil. Mas nenhuma ainda trouxe resultados comparáveis aos de vacinas como a da Covid, por exemplo. Uma das justificativas é que o HIV é um vírus muito mais complexo e variável do que outros micro-organismos, como o próprio coronavírus. 

Jairo Bouer
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Fontes de referência

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