aposta esportiva resultado-Soltar palavrões tem efeitos positivos na saúde: 'É quase mágico', diz pesquisador; entenda
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A ciência tem mostrado uma relação entre palavrões e o aumento da força e da tolerância à doraposta esportiva resultado de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Quando você dá uma topada de dedão no pé da cama, é bem provável que a primeira coisa que saia deaposta esportiva resultadoboca seja um palavrão. Mas, mesmo sendo um traço quase universal da linguagem, muitas pessoas ainda consideram os palavrões um tabu.
Olly Robertson não está entre elas. "É algo que todos nós compartilhamos e é realmente mágico. Tem muito poder sobre nossas sociedades", diz Robertson, pesquisadora de psicologia da Universidade de Oxford. "Faz muitas coisas por nós".
Uma dessas coisas é um aumento na tolerância à dor.
Redução da dor por meio dos palavrões
Em 2009, Stephens e seus colegas publicaram o primeiro estudo que relacionava palavrões com hipoalgesia - uma sensibilidade reduzida à dor. Os indivíduos foram convidados a participar de uma tarefa na qual eles tinham de manter as mãosaposta esportiva resultadoágua gelada pelo maior tempo possível, enquanto repetiam um palavrão deaposta esportiva resultadoescolha ou uma palavra neutra. Os palavrões foram associados não apenas ao aumento da tolerância à dor, mas também à diminuição da sensação de dor.
Estudos posteriores mostraram efeitos semelhantes, mas às vezes variados. Em 2020, por exemplo, Stephens e Robertson investigaram o uso do palavrão "p----"aposta esportiva resultadocomparação com uma palavra neutra e dois palavrões inventados. Eles descobriram que os palavrões estavam relacionados ao aumento da tolerância à dor, mas não tiveram efeito significativo na percepção da dor.
Essa associação entre palavrões e aumento da tolerância à dor não é específica da língua inglesa. Em 2017, Robertson e Stephens publicaram um estudo investigando o efeito transcultural dos palavrões na dor, comparando falantes de japonês e inglês. No Japão, nota Robertson, os palavrões não são socialmente arraigados como na Grã-Bretanha, então ela duvidava que tivessem o mesmo efeito.
Ao fazer a tarefa da água gelada, os falantes nativos de inglês repetiram o palavrão p---- ou uma palavra de controle - cup, ou seja, "xícara" - e os falantes nativos de japonês repetiram um palavrão ou a palavra de controle kappu, que também significa xícara. Independentemente do idioma, os palavrões foram associados a uma maior tolerância à dor. "O que eu não esperava de jeito nenhum, porque estava contando com esse efeito social", informa Robertson.
Falar palavrão tem benefícios além da dor física
Além da tolerância à dor, falar palavrão tem sido associado a reforço nos laços sociais, melhoria da memória e até mesmo alívio para a dor social ligada à exclusão ou à rejeição. "Neurologicamente, os caminhos para a dor física e a dor emocional são os mesmos", explica Robertson. "Então, quando você está de coração partido, são as mesmas estruturas neurais. É o mesmo projeto biológico, e é por isso que parece tão visceral, porque é mesmo, literalmente".
Mais recentemente, demonstrou-se que falar palavrão está ligado a um aumento na força. Observar o impacto dos palavrões na força foi uma progressão lógica, diz Stephens, porque ele e outros mostraram que falar palavrão enquanto se sente dor muitas vezes está associado ao aumento da frequência cardíaca, algo semelhante ao que acontece durante uma resposta de estresse "lutar ou fugir", quando o corpo libera uma onda de adrenalina e o sangue é desviado para os músculos para prepará-los para a ação.
Em 2018, Stephens e seus colegas descobriram que,aposta esportiva resultadoum teste de potência anaeróbicaaposta esportiva resultadobicicleta ergométrica, falar palavrão se relacionou a uma melhora na força do participante. Mas eles não conseguiram identificar nenhuma variável fisiológica - como frequência cardíaca - que se correlacionasse com a descoberta. Stephens mudou o foco para o psicológico. "Minha pesquisa tem tentado entender qual é o mecanismo psicológico pelo qual falar palavrão traz esses efeitos, tanto para a dor quanto para a força física", conta ele.
Mas o que exatamente conecta falar palavrão com maior força e tolerância à dor continua sendo um mistério.
Nos últimos anos, Stephens vem se concentrando na teoria do estado de desinibição, "a ideia de que, ao falar palavrão, nós nos colocamosaposta esportiva resultadoum lugar onde ficamos mais desinibidos e, nesse estado desinibido, nós nos esforçamos mais, vamos um pouco mais além", especula ele. "Então, aguentamos a água gelada por mais uns segundos, ou botamos um pouco mais de força nas mãos".
A dosagem ideal de palavrão
Até aqui, os experimentos sobre a conexão entre palavrões e dor foram realizadosaposta esportiva resultadoambientes controlados de laboratório.
Nick Washmuth, professor de fisioterapia na Universidade Samford no Alabama, está focado no potencial dos palavrões no contexto clínico, o que significa entender não apenas os mecanismos pelos quais os palavrões afetam a dor, mas também como o ambiente de uma pessoa,aposta esportiva resultadoidade, o quanto ela já fala palavrão na vida cotidiana e outras variáveis podem influenciar o efeito.
"Precisamos entender melhor esses fatores e qual é seu papel para podermos prescrever palavrões no sentido médico, no sentido clínico", comenta Washmuth. "Existe uma dosagem ideal para os palavrões?"
Para quem quer de usar os palavrões para ajudar com a dor ou aumentar a força, Washmuth sugere começar selecionando um palavrão que pareça poderoso, que você usaria naturalmente se desse uma topada com o dedão, por exemplo.
"Se nenhuma palavra vier à mente, a palavra com "p" é o palavrão mais comumente autoselecionado pelos participantes desses estudos e é considerado um dos palavrões mais poderosos que existem", nota ele. "Repita o palavrãoaposta esportiva resultadoritmo constante, de uma vez por segundo a uma vez a cada três segundos,aposta esportiva resultadoum volume de fala normal".
Mas se os palavrões audíveis não sãoaposta esportiva resultadopraia, não se desespere. Washmuth agora está estudando se palavrões internos têm o mesmo efeito.
"Soltar um palavrãoaposta esportiva resultadovoz alta é algo mal vistoaposta esportiva resultadomuitos lugares públicos, certo? Então, estamos tentando determinar se você pode usar seu monólogo interior para obter o mesmo resultado", conta Washmuth. "Será que falar uns palavrões naaposta esportiva resultadocabeça já ajuda a diminuir a dor ou melhorar a força?" / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU
