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campeonato brasileiro série b hoje-Doria sanciona lei que autoriza cesárea opcional no SUS

campeonato brasileiro série b hoje

Autorização será dada a partir da 39ª semana de gestação; medida prevê analgesia para parto normal
23 ago 2019 - 14h20
(atualizado às 14h37)
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O governador João Doria (PSDB) sancionou nesta sexta-feira, 23, o polêmico projeto de lei que permite que grávidas do Estado de São Paulo optem por fazer uma cesárea a partir da 39ª semana de gestação pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta inclui a determinação de oferecer analgesia a mulheres que decidirem fazer parto normal.

O projeto de lei 435/2019 é de autoria da deputada Janaína Paschoal (PSL) e foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) com 58 votos favoráveis e 20 contrários. Segundo o texto do projeto, o procedimento poderá ser realizado "após ter a parturiente sido conscientizada e informada acerca dos benefícios do parto normal e riscos de sucessivas cesarianas".

"Quero crer que esse seja o primeiro passo para levar esse direito a todas as mulheres do Brasil. Ele garante a vida e a integridade física das famílias e é para preservar a saúde física e psicológica das mulheres. É um projeto pró-vida e pró-saúde, pró-autonomia individual.

Vamos investir as maternidades para garantir um parto melhor e garantir a analgesia para quem quiser fazer o parto normal", diz Janaína. É o primeiro projeto da deputada que é sancionado. Ela teve mais de 2 milhões de votos e foi a mais votada da história.

Atualmente, a cesariana é realizada no SUS quando há indicação médica, comocampeonato brasileiro série b hojecasoscampeonato brasileiro série b hojeque o bebê não está na posição correta ou por condições de saúde da mãe.

O projeto foi alvo de críticas de entidades médicas e movimentos que defendem a redução de cesáreas no País antes mesmo de aprovado na Alesp.

Presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), Rossana Pulcineli diz que a lei falacampeonato brasileiro série b hojeparturiente e nãocampeonato brasileiro série b hojegestante, de modo que a discussão sobre a via de parto pode ocorrercampeonato brasileiro série b hojeum momento delicado da vida da mulher.

"É algo muito grave, porque prevê que a mulher faça acampeonato brasileiro série b hojeescolha com contrações. Na parte de bioética, sabe-se que não é no momento de vulnerabilidade que o paciente vai fazer uma escolha."

Segundo Rossana, a determinação pode ter consequências negativas para as mulheres e para o sistema de saúde.

"A cesariana tem mais tempo de internação, isso vai levar a uma superlotação das maternidades, que já têm um número de leitos insuficiente. Também tem impacto na morte materna. Tem custos do tempo de internação, mais infecção, mais hemorragia e maior necessidade de internaçãocampeonato brasileiro série b hojeUTI."

Governador de SP, João Doria
Governador de SP, João Doria
Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Epidemia

O número de cesáreas é considerado epidêmico no País. Segundo dados do Ministério da Saúde, 55,6% dos nascimentos no Paíscampeonato brasileiro série b hoje2017 ocorreram por cesariana, quando o índice recomendado internacionalmente é de 10% a 15%.

No mundo, o Brasil apresenta a segunda maior taxa de cesáreas, atrás da República Dominicana. Para tentar reverter o quadro, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Conselho Federal de Medicina lançaram projetos para reduzir essa prática ao longo dos últimos anos.

Em 2016, foi apresentado o balanço de um projeto-piloto feitocampeonato brasileiro série b hoje35 hospitais que conseguiu evitar 10 mil cesarianas desnecessáriascampeonato brasileiro série b hojeum período de um ano e meio .

Em 2015, o governo criou regras para diminuir o número de procedimentos na rede suplementar, incluindo a obrigatoriedade de fazer o partograma, relatório que inclui o momentocampeonato brasileiro série b hojeque a mulher entroucampeonato brasileiro série b hojetrabalho de parto, e determinando que as operadoras de saúde informem a quem solicitar os porcentuais de cesáreas e partos normais realizados emcampeonato brasileiro série b hojerede .

Segundo Janaína, o projeto não deve agravar a situação.

"Conversei com especialistas e essa lei pode aumentar o parto normal. Por receber a analgesia, as mulheres não vão ter medo de sentir dor."

Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira diz que o Estado tem estrutura para realizar os procedimentos.

"O projeto não significa induzir um aumento das cesáreas. Hoje, temos 43% de cesáreas e é precoce dizer que vai crescer para 60, 65%, mas não temos impedimento (para fazer as cesáreas)."

Veja mais:

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Estadão
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Fontes de referência

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