pix bet bbb-O antes e depois do prato de um vegano periférico
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Passamos mais de 20 anos acreditando que a única forma de se alimentar era com carne, leite, ovos e derivadospix bet bbb de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Em uma sociedade que exalta o consumo de produtos químicos, embutidos e ultraprocessados, existe uma dificuldade imensapix bet bbbse alimentar de forma variada, com frutas, legumes e verduras. Na periferia e entre as classes mais pobres, essa realidade é ainda pior.
Além disso, num cenário onde mais de 120 milhões de brasileiros estãopix bet bbbsituação de insegurança alimentar, isso se torna ainda mais severo. Milhões de pessoas estão sem ter o que comer e sem conseguir acessar alimentos básicos parapix bet bbbsobrevivência.
A realidade é que o povo ou passa fome por conta de um sistema desigual, perverso e excludente ou se alimenta extremamente mal quando consegue comer, por pura desinformação e estímulo publicitário. Isso diz muito sobre a nossa economia, sobre a drástica desigualdade e, sobretudo, a gestão do atual Governo.
Não é uma atitude responsável falar de mudanças alimentares de forma meramente individualista, sem compreender a realidade do país. Escrevendo essa matéria, saiu o último Inquérito da fome no Brasil, são mais de 33 milhões de brasileiros e brasileiraspix bet bbbsituação de fome, além de 60% da populaçãopix bet bbbsituação de insegurança alimentar. (Rede PENSSAN, 2022)
O relatório aponta que esse quadro não é uma realidade desde a década de 90, tal cenário é um retrocesso inaceitável e revoltante.
Para que uma pessoa possa refletir sobre o que ela consome ou como se alimenta, envolve uma série de fatores, que na esmagadora maioria das vezes não depende exclusivamente da vontade dela. O fato é que, se a pessoa não tem poder de compra, não tem como escolher, logo não tem como mudar.
Ter acesso a alimentos de qualidade, preços acessíveis e poder de compra está fora do controle individual, é uma questão política, econômica e completamente estrutural. Haja vista esse contexto, decisões políticas e políticas públicas são fundamentais.
Embora a gente tenha mudado completamente a nossa alimentação vivendopix bet bbbperiferia, morando de favor, com diversas dificuldades financeiras, mãe desempregada e trabalhando sem registro com salário baixo, seria irresponsável da nossa parte utilizar esse argumento e generalizar sem considerar as diversas realidades e a atual situação do país.
Quando fizemos a nossa mudança, éramos garçompix bet bbbum bar, e tínhamos muitos gastos, mas não estávamos sem acesso a alimentos básicos, a gente conseguia comprar legumes, vegetais, frutas, arroz e feijão. Sem contar que o salário valia muito mais, e a inflação não estava tão exorbitante.
E ter mudado a nossa forma de se alimentar, nossa forma de consumir e as nossas preocupaçõespix bet bbbrelação aos animais, meio ambiente e com a questão da saúde que atravessa o nosso povo, foi extremamente significativo.
Antes do veganismo, o nosso prato era basicamente composto por arroz, feijão e alguma ‘’mistura’’, como salsicha, ovo, frango, calabresa e batata. E nem pensávamos sobre o que estávamos comendo e com o que estávamos contribuindo (impactos da alimentação). Fomos ensinados a se alimentar dessa forma e, simplesmente, comíamos sem questionar.
Sem contar que o nosso paladar era viciadopix bet bbbcoisas gordurosas, açucaradas e salgadas. Além disso, adorávamos a gordura da carne, e passamos mais de 20 anos com esse consumo, rejeitando todos os vegetais. Na real, tínhamos repulsa de alimentos saudáveis.
O que fez a gente olhar para o nosso prato e buscar mudanças, foi a consciência acerca do impacto que a alimentação, sobretudo de origem animal e ultraprocessada, tem não só na nossa saúde, como no meio ambiente e na vida de bilhões de animais.
A principal mudança que fizemos foi tirar tudo de origem animal, cortar os embutidos e ultraprocessados, e aumentar significativamente o consumo de legumes, frutas, verduras, grãos e cereais. Atitude que mudou completamente a forma que enxergamos a alimentação.
Ainda hoje consumimos frituras e produtos industrializados. Existem muitos preparos incríveis, mas definitivamente não é a base da nossa alimentação, é totalmente a exceção. Em relação aos produtos de origem animal, nós não consumimos há mais de 6 anos.
Isso só foi possível depois de muita informação e após tomar consciência do quão prejudicial é a forma como nos alimentamos.
Com a sobrevivência minimamente garantida, poder de compra, acesso a alimentos básicos e de qualidade, contato com boas informações, consciência e preocupaçãopix bet bbbse posicionar de forma ética, diversas possibilidades se tornam reais.
A elite e os governantes querem ver o povo desinformado, comendo mal e impotente. Por isso, a nossa luta sempre será pela nossa autonomia.
Mas para além de termos informações sobre mudanças de hábitos, sobre a importância de repensarmos o nosso consumo, é necessário enxergar que uma população faminta, sem ter um arroz para colocar no prato, não tem a possibilidade de fazer mudança alguma. Posto isto, é necessário compreendermos essa questão de forma sistêmica, estrutural e jamais negligenciar a realidade.
Pega a visão
Se sabemos o que estamos consumindo, e temos plena consciência das consequências, é um direito nosso consumir qualquer coisa, mesmo que seja nocivo ao nosso organismo. Contudo, a questão vai muito além disso, na grande maioria das vezes não fazemos a mínima ideia do que estamos comprando e consumindo. Apenas reproduzimos um comportamento condicionado. Isso quando conseguimos comer, algo que está sendo cada dia mais difícil para o povo brasileiro.