cassino verajohn-Conheça a onda no ar que foi voz de morrocassino verajohnBH na ditadura
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Rádio Autêntica Favela FM resiste há mais de 40 anos no Aglomerado da Serra “da favela para a favela”cassino verajohn de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Ainda hoje, quando tudo giracassino verajohntorno da tecnologia, falar sobre ela para as pessoas mais pobres remete à ideia de algo caro e às vezes inalcançável. Essa realidade vem desde o surgimento dos primeiros meios eletrônicos de comunicação. Em contrapartida a esse distanciamento, existe um fascínio que a tecnologia causa principalmente nos jovens e curiosos.
Foi esse encantamento da comunicação que levou Misael Avelino, fundador e coordenador da Autêntica Favela FM, a se apaixonar pelo rádio desde criança. Neste ano, é comemorado o centenário do rádio no Brasil. Porém, Avelino não tinha o aparelhocassino verajohncasa quando criança, o que não o impedia de sonhar. “Quando eu completei 13 anos falei para os meus amigos que iria ter uma rádio e todo mundo deu risada”, recordou.
No início de 1976 Misael viucassino verajohnuma banca de jornal, uma revista que era vendida junto com uma peça de brindecassino verajohncada edição, para que o leitor fabricasse um transmissor de rádio. Em 8 meses ele conseguiu montar o aparelho. Na época o alcance do transmissor era só de 50 metros, mas com a ajuda de três amigos da comunidade, Aglomerado da Serra,cassino verajohnBelo Horizonte, foi possível destravar o transmissor para emitir o áudiocassino verajohnlonga distância.
A partir daí nasceu a Rádio Favela FM, com um transmissor desbloqueado, um toca fita de rolo, um fone de ouvido e a antena instalada num pé de abacatecassino verajohnum bambu de 7 metros e duas baterias de tratores. “De dia escondíamos o bambu na árvore, à noite a gente subia no abacateiro com o bambu na mão”, conta.
Misael tinha 16 anos quando fundou a rádio e nunca mais parou de trabalhar na área. Durante o dia ele e os outros integrantes da Favela anotavam o que acontecia na comunidade e à noite, no horário da voz do Brasil os locutores entravam no ar representando a voz dos moradores, denunciando problemas e lendo os boletins com as necessidades e reclamações do povo da vila. “Não tinha coleta de lixo, nem água e nem energia elétrica aqui e nós fomos na prefeitura cobrar e jogaram água na gente”, fala Misael.
O início coincidiu com o período da ditadura militar no Brasil. Misael relembra as dificuldades: os militares ficavam dentro do morro procurando a gente, todo mundo sabia onde a gente estava, mas nenhum morador entregava. Eles perseguiam a gente e quebravam todos os nossos equipamentos. Mas a gente resistia.
A legalização definitiva do governo federal ocorreu somentecassino verajohn2002. “Mas na verdade isso foi meio que um presente de grego. Nós havíamos pedido a cessão comercial, para que a rádio pudesse veicular anúncios durante a programação e assim garantir nossa condição financeira, mas com o canal educativo nós não podemos anunciar nada comercialmente”, explica Misael.
Após a licença concedida a história da rádio virou um filme de Helvécio Ratton, “Uma onda no ar” que conquistou as telas de cinema e diversos prêmios.
Atualmente a rádio funciona na frequência FM 106,7 e tem o nome de Autêntica Favela FM e continua sendo uma das principais vozes dos moradores das periferias e favelas da capital mineira.