melhores cartas do poker-Governo se inspiramelhores cartas do pokerregulação europeia para fazer sugestões ao PL das Fake News

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Proposta fala de "dever de cuidado" e prevê responsabilização de empresasmelhores cartas do pokercontraste ao Marco Civil da Internet
31 mar 2023 - 17h00
(atualizadomelhores cartas do poker4/4/2023 às 14h05)

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O governo federal foi inspiradomelhores cartas do pokerleis europeias de regulação de plataformas para apresentar sugestões ao projeto de lei 2630, conhecido como PL da Fake News. A referência da Europa ainda é recente, mas é vista com bons olhos por muitos especialistas.

Foto: Núcleo Jornalismo

As recomendações foram enviadas essa semana ao relator do PL na Câmara, Orlando Brito. As sugestões foram costuradas entre a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e o Ministério da Justiça.

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Um dos elementos adotados pela proposta do governo brasileiro foi a introdução, por exemplo, da noção de dever de cuidado, presente no Digital Services Act, legislaçãomelhores cartas do pokerimplementação na União Europeia desde nov.2022.

É importante porque...

Legislação europeia é considerada uma referência para regulação de redes

Governo não quis inovar muito, preferindo utilizar inspirações que já foram aprovadas e estãomelhores cartas do pokerandamento

Deputado que relata PL é da base do governo, e deve acatar muitas sugestões

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Dever de cuidado

O "dever de cuidado" estabelece que plataformas de grande porte (com mais de 10 milhões de usuários no Brasil) deverão "atuar de forma diligente emelhores cartas do pokerprazo hábil e suficiente para prevenir ou mitigar práticas ilícitas no âmbito do seu serviço", investindo esforços para melhorar o combate a conteúdos ilegais gerados por terceiros que configurem ou incitem:

Uma entidade autônoma de supervisão - esta, também, proposta pelo governo - será a responsável por avaliar o cumprimento ou não do dever de cuidado, levandomelhores cartas do pokerconta a atuação da plataforma e a avaliação de relatórios periódicos.

O governo propõe, no art. 13, que plataformas de grande porte poderão ser responsabilizadas civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros "que constituam práticas ou incitação à prática dos crimes" descritos acima, "quando demonstrado conhecimento prévio e comprovado o descumprimento do dever de cuidado".

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Foto: Núcleo Jornalismo
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A distinção entre diferentes tipos de plataforma, novidade proposta pelo governo, também aparece no Digital Services Act e reflete um entendimento de que nem todas plataformas são iguais e, portanto, não devem estar sujeitas às mesmas regras e obrigações. 

NOTIFICAÇÃO E REMOÇÃO

Pelo texto, para configurar "conhecimento prévio" bastaria a empresa ter recebido denúncias de usuários que detalhem claramente a violação daquele conteúdo. Esse formato é semelhante ao notice and takedown adotado no NetzDG, a lei alemã de regulação de plataformas.

Esse novo regime proposto pelo governo, no entanto, conflita com o que diz o art. 19 do Marco Civil da Internet, que hoje estabelece que plataformas só podem ser responsabilizadas por conteúdo de terceiros caso descumpram ordem judicial sobre aquele conteúdo.

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Nesta semana,melhores cartas do pokeraudiência pública no Supremo Tribunal Federal que tratava da constitucionalidade deste dispositivo do MCI, membros do governo evitaram se posicionar a favor ou contra amelhores cartas do pokerlegalidade. 

AVALIAÇÃO DE RISCOS

A inspiração europeia também aparece na noção de avaliação sistêmica de riscos, que transfere para plataformas a obrigação de conduzir análises diligentes sobre riscos "decorrentes da concepção ou funcionamento de seus serviços e sistemas".

Essa avaliação, pela proposta do governo, deverá ser anual e deve acontecer antes da introdução de funcionalidades que podem ter um impacto crítico aos seguintes riscos identificados pela lei:

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CAIU IMUNIDADE PARLAMENTAR

Um dos pontos mais indigestos da versão atual do texto na Câmara dos Deputados foi removido pelo governo.

Tratava-se de um artigo que garantia imunidade parlamentar, poupando políticos eleitos que difundissem fake news ou conteúdo nocivo de punições por parte das plataformas.

No lugar desse artigo, o governo introduziu um que estabelece que plataformas só podem bloquear ou excluir contas de cidadãos eleitos se houver decisão judicial ou limitando-se a uma suspensão de, no máximo, 7 dias para casos de "violação contumaz" dos termos e políticas de uso ou disseminadores de discurso de ódio, conteúdos ilícitos ou com "potencial de provocar dano iminente de difícil reparação".

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ENTIDADE AUTÔNOMA

O texto prevê também a criação de uma entidade autônoma com atribuição de fiscalizar o cumprimento das regras pelas plataformas, instaurar processos administrativos e, quando constatado descumprimento, aplicar sanções.

O órgão definirá,melhores cartas do pokerregulamentação própria, os procedimentos de apuração e os critérios de aplicação de sanções administrativas para quem quebrar a lei.

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Plataformas de grande porte pagarão uma taxa anual de supervisão proporcional ao número médio mensal de usuários ativos e àmelhores cartas do pokerreceita. Essa taxa será destinada ao orçamento da entidade.

O governo não deixou claro, no entanto, como seria formada e quem comporia essa entidade autônoma. No art. 49, diz apenas que a entidade "deverá contar com garantias de autonomia administrativa e independência no processo de tomada de decisões e deve contar com espaços formais de participação multissetorial".

CARGOS PÚBLICOS

O texto traz outros artigos regulando a atuação de políticos eleitos e ocupantes de cargos públicos nas plataformas, por exemplo proibindo a monetização de contas de eleitos, magistrados, membros das Forças Armadas, do Ministério Público e militares dos Estados.

O governo propõe que contas institucionais não podem impedir outros usuários de verem seu conteúdo - como os bloqueios feitos pela gestão de Jair Bolsonaro - e que contas públicas devem fornecermelhores cartas do pokerPortal da Transparência dados sobre a contratação de publicidade ou impulsionamento.

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A proposta também sugere proibir que o Poder Público destine recursos a publicidademelhores cartas do pokersites ou meios que promovam discursos destinados ao cometimento e incitação de crimes previstos no art. 12 da lei.

MAIS TRANSPARÊNCIA

O texto do governo prevê que plataformas terão a obrigação da transparência ativa, passando a:

Os relatórios de transparência serão publicados semestralmente contendo dados agregados sobre Brasil e disponibilizadosmelhores cartas do pokerfonte abertamelhores cartas do pokerlíngua portuguesa. Eles deverão trazer informações sobre tempo de moderação dedicado ao país e mudanças são sistema de recomendação.

Usuários também deverão ser notificados de decisões de moderação, que devem ser especificamente sinalizadas quando tomadas de maneira automatizadas.

CÓDIGO DE CONDUTA

O governo propõe que o Congresso Nacional elabore,melhores cartas do pokeraté 45 dias após a sanção da lei, um Código de Conduta de Enfrentamento à Desinformação contendo medidas para:

Esse código será elaborado por uma comissão temporária que deverá ser composta por representantes das empresas, membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, membros da comunidade acadêmica, representantes da sociedade civil e representantes de entidades de jornalismo e checagem.

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Reportagem Laís Martins
Arte Rodolfo Almeida
Edição Sérgio Spagnuolo

Fontes de referência

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