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Pioneira no mercado nacional, a paulistana Ace é talvez quem melhor exemplifique essa transformação. Fundadocasino 888 casino2012, ainda como Aceleratech, o grupo acelerou mais de 300 empresas até junho deste ano, quando renovoucasino 888 casinocara. Além de extinguir seu tradicional programa de aceleração, a Ace passou a se apresentar como uma empresa de inovação, divididacasino 888 casinoduas áreas.
A Ace Startups agora é uma empresa de investimentos, que faz aportescasino 888 casinoempresas iniciantes e ajuda-as a crescer de forma personalizada, enquanto o Ace Cortex faz projetos de inovação com grandes empresas - incluindo programas de aceleração no qual a Ace escolhe startups através das metas estabelecidas pela corporação.
"O cenário mudou muito: se antes a aceleradora dava um aporte importante, quem tem uma ideia agora já tem mais apoio de capital de outras fontes, como investidores anjo ou fundos de capital semente", explica Arthur Garrutti, executivo da Ace Startups. "Também percebemos que fazia mais sentido ajudar as startups de forma customizada, com soluções específicas." Agora, para escolher seus investimentos, que vão de R$ 200 mil a R$ 2 milhões, a Ace usa um algoritmo próprio, que levacasino 888 casinoconta cerca de 44 variáveis para tomar uma decisão.
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Gerar contratos entre startup e grande empresa vira prioridade
Quem mudou de perfil foi a Wayra, que pertence à operadora Vivo. Criadacasino 888 casino2011, a divisão foi um exemplo de aceleração corporativa para o ecossistema local, mas virou a chave no ano passado para virar um misto de hub de inovação e fundo de investimentos semente,casino 888 casinotorno de R$ 500 mil. Segundo Renato Valente, diretor da Wayra, a mudança acelerou processos na Vivo.
As empresas que investimos agora já têm 40, 50 funcionários, e são capazes de prestar serviços para nós, brigando de frente com as gigantes do mercado", diz. "Antes, era preciso esperar dois ou três anos para a startup maturar e conseguir ser útil para nós ou para outras companhias."
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O foco, porém, não mudou: a Wayra não investe sócasino 888 casinoempresas que têm relação direta com o negócio da Vivo, mas tambémcasino 888 casinoáreas como finanças, saúde e internet das coisas. Em 2019, foram três investimentos até aqui. "Antes meu desafio era fazer as startups crescerem. Agora, é ajudá-las a fechar contratos milionários", diz. Para Valente, a mudança de perfil das aceleradoras se deve, sobretudo, ao risco das operações. "É difícil fazer a conta fecharcasino 888 casinoum programa de aceleração tradicional, porque muitas empresas morrem pelo caminho."
Das 72 startups aceleradas pela Wayra entre 2011 e 2018, 36 seguem no portfólio da empresa, 30 faliram e 6 foram "desinvestidas" - isto é, deram retorno para o investimento. É um número alto: segundo estudo recente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), apenas 3% das startups aceleradas no País geraram "desinvestimento".
Vale ressaltar, porém, que o ciclo de desinvestimento de startups é longo - costuma levar entre sete e dez anos, prazo que ainda não se encerrou para a maioria das aceleradoras no País. Mas o próprio relatório indica que programas de aceleração corporativa talvez sejam mais sustentáveis para o setor. Segundo o relatório, há hoje 57 aceleradoras no Brasil.
Programas sem contrapartida de participação também viram moda
Criadacasino 888 casino2015, a Liga Ventures já nasceu com o foco na aceleração corporativa. Hoje, tem mais de 30 programas diferentes, de empresas de vários setores - incluindo quem, à primeira vista, parece distante das startups, como a Bauducco, que tem inscrições abertas para o programa B.Lab. "Hoje, todo mundo tem algo a inovar, não importa o setor. Queremos experimentar no negócio, mas também nos alimentos e nas embalagens", diz Luís Fernando Gomes, gerente de novos negócios da Bauducco.
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A novidade é que o programa da Bauducco não tem aportes diretos nas startups - algo que vem sendo chamado pelo mercado de "sem equity" ("sem ações",casino 888 casinotradução literal). "Percebemos que discutir um investimento, para as grandes empresas, pode trazer um nível de complexidade grande enquanto ela precisa inovar rápido. É melhor usar o capital para outros recursos e, se ao fim do programa, a startup tiver algo interessante, aí sim fazer o investimento", diz Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures.
É no que também acredita a Kyvo, que surgiu como consultoria de design passou a fazer programas de aceleração corporativos - entre os clientes, tem a cervejaria Estrella Galícia e a Visa. "Achamos que era injusto com as startups tomar equity logo de início. Somos remunerados pelas grandes empresas", diz Clara Bidorini, chefe de Corporate Venture na Kyvo.
Há quem se questione, porém, se o novo modelo de desenvolvimento de startups pode torná-las mais "dependentes" das grandes corporações - é difícil pensar como seriam casos de sucesso como Uber, Airbnb ou Nubank, se eles tivessem feito algo similar. Para Garrutti, da Ace, o empreendedor deve pensar duas vezes antes de entrar num programa corporativo.
"Se a corporação propõe contratos de exclusividade ou travas para o negócio, a startup pode virar só um departamento da grande empresa. É jogar água no chope da mágica", diz o executivo. Para Valente, da Wayra, essa discussão é válida para poucas novatas. "Entrar na aceleração corporativa ainda é a melhor entrada para quem quer vender para uma grande empresa."
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Das antigas, Farm segue fazendo programa tradicional
Das aceleradoras pioneiras no mercado brasileiro que ainda estão na ativa, a StartupFarm é uma das poucas que mantiveram seu tradicional programa de aceleração - focadocasino 888 casino"passar para os fundadores a forma de pensar rápido o modelo de negócio e como evoluí-lo", como destaca o presidente executivo da Farm, Alan Leite.
"Temos o programa há oito anos e ele sempre foi diferente, vem mudando com o mercado." A aceleradora também segue fazendo investimentoscasino 888 casinotodas as startups aprovadas no programa - segundo Leite, a participação média da Farm nas novatas ficacasino 888 casino7%, mas pode chegar a até 10% das ações.
Mas a aceleradora também está próxima das empresas: suas últimas turmas tiveram parceiros como BB e Visa, que buscam startups com finalidades específicas.