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A Prefeitura de São Paulo definiu que os blocos de carnaval de rua devem encerrar às 18h, com até uma hora de tolerância para a dispersão total das pessoas. Porém, a decisão não agradou os organizadores dos bloquinhos, que fizeram um abaixo-assinado pedindo para que a gestão de Ricardo Nunes estenda o horário de encerramento da folia.
Em entrevista ao Terra, o vice-presidente da UBCRESP (União dos Blocos de Carnaval de Rua do Estado de São Paulo), Marcos Campos, explicou que o horário imposto pela Prefeitura não traria bem-estar aos foliões por causa do intenso calor que faz na capital paulista: “Pode ter graves consequências de desidratação. Com isso, pedimos distribuição de água durante os desfiles.”
Para defender a ideia que os blocos possam ficar nas ruas até às 22h, Campos, inclusive, relembrou o recente caso da jovem Ana Clara Benevides, que morreu por exaustão térmica durante o show de Taylor Swift, no Rio de Janeiro,como apostar em jogos de futebol onlinedezembro.
O vice-presidente da UBCRESP também rebateu os argumentos de algumas pessoas que falam sobre a insegurança dos blocos de rua durante a noite. Ele disse que deve haver um “trabalho de inteligência” por parte da segurança pública, com planejamento e comunicação, e existem eventos na cidade como Virada Cultural e Réveillon, obrigatoriamente acontecem de madrugada. “Queremos apenas diálogo e a construção de um carnaval de rua juntos, dar atenção para os blocos comunitários, periféricos. Não adianta falar que somos o maior carnaval do Brasil, sendo que tem questões básicas para serem resolvidas", argumentou.
“Vergonha nacional é o carnaval que não permite a organização dos territórios para garantir que a festa transcorra até mais tarde sem atrapalhar a vida de ninguém, garantindo que a chama do carnaval tenha tempo para incendiar corações, gastar a energia acumulada e apagar com tranquilidade, sem violência”, diz trecho do abaixo-assinado dos organizadores do carnaval de rua.
Além disso, Campos alegou que a folia acabar às 18h prejudica bandas, cordões e afoxés que tradicionalmente desfilam durante a noite: “Isso tira a tradição do Carnaval de rua noturno no grande centro de São Paulo."
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Nas redes sociais, Ale Youssef, representante do Baixo Augusta, um dos maiores blocos da capital, e ex-secretário de Cultura de São Paulo durante a gestão Bruno Covas (PSDB), afirmou que a programação “não faz sentido” e “fere a espontaneidade do carnaval”. “É bizarro porquecomo apostar em jogos de futebol onlinetodos os centros carnavalescos do Brasil existe a previsibilidade para que os blocos aconteçam também à noite. Quer posar de capital do Carnaval? Então organiza para que a festa seja completa", declarou.
Em comunicado, a Prefeitura de São Paulo informou que o horário de encerramento dos desfiles de rua não foi uma decisão unilateral, mas fruto de um acordo com a sociedade civil, por conversas com o Ministério Público e os Consegs (Conselhos Comunitários de Segurança).
Além disso, a nota destacou que o carnaval da capital paulista é o maior do País e que as vias onde ele acontece são lavadas e varridas antes de serem devolvidas à circulação do bairro.
“A Prefeitura de São Paulo informa que o horário de encerramento dos desfiles não é uma decisão unilateral, mas fruto de um acordo com a sociedade civil, através de conversas com o Ministério Público, os Consegs (Conselhos Comunitários de Segurança), que reúnem as comunidades. A Secretaria Municipal das Subprefeituras enviou e-mail para cada bloco que solicitou alguma orientação e mensagens por aplicativo para esclarecer as demandas dos produtores responsáveis pela inscrição.
No Guia de Regras, enviado a todos os blocos há mais de três meses, consta o horário de encerramento, que é o mesmo dos anos anteriores. Importante ressaltar que todos os trajetos foram analisadoscomo apostar em jogos de futebol onlineconjunto com a Comissão Especial e tiveram seus itinerários aprovados pela Companhia de Engenharia de Trânsito e órgãos de segurança pública.
Vale lembrar que a capital paulista faz o maior Carnaval de rua do país, com público estimado de 15 milhões de pessoas e as vias são varridas e lavadas antes de devolvidas à circulação do bairro”