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A cantora Claudia Leitte decidiu bloquear Ivete Sangalo no Instagramjogo do pênalti blazemeio à polêmica sobre mudança de teor religioso na letra de uma música. O empresário Fábio Almeida, que gerencia a carreira de Leitte, confirmou o bloqueio e negou qualquer contato entre as artistas para resolver o conflito.

Empresário nega contato entre as cantoras

Fábio Almeida, que também é ex-agente de Ivete Sangalo, afirmou que Claudia não recebeu nenhuma ligação de Ivete, ao contrário do que circula na mídia baiana, e justificou a decisão do bloqueio. "Não houve essa ligação. Não houve nenhum contato telefônico entre as duas. Tudo se deu no âmbito do desenrolar dessas questões relacionadas ao tipo de movimento que Ivete fez. Como isso vem crescendo, foi uma opção de Claudia bloquear Ivete", explicou ao BNews.

Segundo o empresário, a narrativa de que Ivete teria rompido a relação é falsa. "Defendo os interesses de Claudia, mas nunca aconteceu isso. A narrativa aí está como Ivete [sendo] a dona da palavra que bate o telefone na cara dos outros", completou.

Mudança na letra e reação

O atrito começou após Claudia Leitte, que se tornou evangélica, substituir o verso "Saudando a rainha Iemanjá" por "Eu canto meu Rei Yeshua", referência a Jesusjogo do pênalti blazehebraico, na música "Caranguejo". A alteração provocou críticas de representantes das religiões de matriz africana, que consideraram o ato um desrespeito.

A situação levou o Ministério Público da Bahia a abrir um inquérito para investigar o caso. O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, criticou publicamente Claudia. "O papel da cultura negra no Axé Music, o protagonismo dos cantores brancos com os negros na composição e na 'cozinha', são fatos que não podem ser contornados. Não é para se fazer caça às bruxas, mas sim fazer justiça", afirmou.

Apoio de Ivete às críticas

Nos comentários da publicação de Pedro Tourinho, artistas como Ivete Sangalo, Alinne Rosa e Teresa Cristina apoiaram a crítica com emojis de aplauso. O secretário enfatizou a necessidade de homenagens afirmativas para celebrar os 40 anos do Axé Musicjogo do pênalti blaze2025 e reforçou que retirar referências a orixás das músicas seria uma forma de racismo. "Quando um artista faz sucesso com a cultura negra e depois escolhe apagar essa história, o nome disso é racismo", destacou.

O secretário encerrou seu posicionamento com um pedido de respeito às tradições. "Se é para celebrar os 40 anos do Axé Music, que seja com respeito, fortalecendo seu fundamento. Não podemos admitir desrespeito, apropriação e retrocesso novamente", concluiu.