Nessa fase ‘fundo do poço’, Maria da Paz veste a capa de heroína sofrida. É novamente gente como a gente.
O tombo emocional e o golpe financeiro deram mais humanidade à boleira. Despertou a empatia dos telespectadores.
Afinal, quem nunca sofreu uma decepção afetiva? Quem nunca viveu um revés financeiro? Quem nunca se viu obrigado a recomeçar do zero?
Durante um tempo, boa parte do público se irritou com a burrice de Maria da Paz. Não dava para torcer por alguém tão fora da realidade.
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Agora, abatida e ao mesmo tempo fortalecida, está crível e interessante.
Juliana Paes se mostra hábil na dosagem dramática da personagem: sabe fazê-la oscilar na corda bamba entre depressão e reação, tristeza e esperança, desamor e autoestima.
Com mais três meses pela frente, 'A Dona do Pedaço' precisará de outras reviravoltas eficientes para sustentar a atenção dos noveleiros.
No momento, eles estão ansiosos para ver Maria da Paz ressurgir das cinzas a exemplo da mitológica Fênix e dizer algo como: “Não imaginam o prazer que é estar de volta”.
Ninguém que gosta de teledramaturgia resiste a uma volta por cima com ares de vingança bem planejada. É tentador como um bolo da Paz.
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