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Alguém se lembra de ter visto a rainha Elizabeth, 94 anos, chorarbet365 ganha dinheiro mesmopúblico? A soberana do Reino Unido segue à risca a regra número 1 do protocolo real: jamais demonstrar emoçãobet365 ganha dinheiro mesmofrente dos súbitos e das câmeras. Uma das raras vezesbet365 ganha dinheiro mesmoque ela se permitiu verter lágrimas diante de testemunhas foibet365 ganha dinheiro mesmo29 de outubro de 1966.
Naquele sábado frio de outono, a matriarca dos Windsors visitou a vila de Aberfan, no País de Gales, oito dias após uma avalanche de dejetos de uma mina matar 144 moradores, sendo 116 crianças que estavambet365 ganha dinheiro mesmouma escola primária. Famosa porbet365 ganha dinheiro mesmofrieza, a majestade dos britânicos ficou chocada ao ver os destroços e a tristeza das famíliasbet365 ganha dinheiro mesmoluto. Chegou a consolar uma mulher que perdeu sete parentes na tragédia.
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A passagem de poucas horas de Elizabeth por Aberfan reverteu uma crise de imagem que havia estremecido o Palácio de Buckingham. Nos dias anteriores, a rainha havia recebido duras críticas da imprensa e do povo por não manifestar solidariedade às famílias dos mortos na pequena cidade galesa.
Esse fato verídico está retratadobet365 ganha dinheiro mesmoum episódio da terceira temporada de The Crown, uma das joias da coroa da Netflix. Um dos biógrafos de Elizabeth afirma que, entre os raros arrependimentos confessados por ela, está a demorabet365 ganha dinheiro mesmoir até a comunidade de Aberfan prestar homenagem à memória das vítimas.
Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro se tornou alvo de cobranças públicas para se solidarizar com as famílias dos mais de 5.000 brasileiros mortos pela covid-19. Um comentário dele a respeito da letalidade da doença no País — "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagre.” — produziu indignação na mídia, nos círculos de poder, entre profissionais de saúde e nas redes sociais.
O exemplo de como a sisuda rainha Elizabeth recuperou popularidade ao enfrentar situação igualmente calamitosa pode servir de inspiração ao presidente. Momentos de tensão são explorados de maneira estratégica por governantes bem-informados sobre marketing pessoal. As câmeras de TV adoram acompanhar um líder que desce do pedestal para consolar seu povo.
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