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m b1bet-Bets são responsáveis por perdas dos usuários? Especialistas apontam obrigações das empresas

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Advogados ouvidos pelo Terra apontam quais são as responsabilidades das empresas de apostas diante do impacto sobre os usuários
2 out 2024 - 05h02
(atualizado às 09h37)
O Ministério da Fazenda anunciou na terça-feira, 1, um rigoroso pente-fino sobre o setor de apostas online.
O Ministério da Fazenda anunciou na terça-feira, 1, um rigoroso pente-fino sobre o setor de apostas online.
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil / Estadão

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O mercado de apostas online, chamadas de "bets", movimenta bilhões de reais todos os anos e é um dos maiores causadores do endividamento dos consumidores. Diante da escalada de preocupação com o impacto econômico desses jogos, muito se discute sobre responsabilidade social das empresasm b1betrelação aos seus clientes. 

Dados recentes divulgados pelo Banco Central (BC) mostram que,m b1betagosto, 5 milhões de pessoas de famílias beneficiárias do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões às empresas de apostas por Pix. Delas, 4 milhões (70%) são chefes de família (quem de fato recebe o benefício), que enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as casas de jogos.

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Filipe Senna, sócio do Jantalia Advogados e especialistam b1betDireito de Jogos e Apostas, diz que os operadores de apostas de cota fixa no Brasil têm, sim, responsabilidade sobre seus consumidores e perante a sociedade como um todo. Segundo ele, praticamente todas as empresas têm esse dever.

"Quando tratamos especificamente do setor de bets, as operadoras têm uma específica responsabilidade sobre a saúde do consumidor, principalmente a saúde psicológica e a saúde financeira. E também têm uma responsabilidade social voltada ao jogo responsável, que é basicamente um conjunto de políticas, ferramentas e decisões que são tomadas para criar uma relação saudável entre o apostador e os jogos e apostas", explica Senna.

Publicidade 'saudável'

Thiago do Amaral, especialistam b1betMeios de Pagamentosm b1betJogos e Apostas, também entende que as operadoras precisam se atentar quanto à preservação do consumidor e à promoção do jogo responsável.

"Isso vai incluir normas de publicidade, de forma com que as empresas não incentivem o jogo de forma a praticar um vício por parte dos seus apostadores e de forma promover meios de pagamento como, por exemplo, o cartão de crédito", acrescenta.

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O advogado Eduardo Maurício, que atua no Brasil, Portugal, Hungria e Espanha, cita o exemplo das empresas de cigarro como referência para tratar as bets a partir de agora. As marcas foram obrigadas a estampar mensagens de advertência e imagens de pessoas vítimas do tabagismom b1betseus maços. 

O especialista chama isso de "promoção e publicidade saudável e socialmente responsável". Para ele, devem ser incluídos alertas sobre problemas sociais da compulsão por jogos e reflexos na saúde mental do apostador.

"Inclusive, acompanhar o comportamento dos apostadores com possibilidade de suspender ou excluir os que violem a política do 'jogo responsável' se ultrapassar limite prudencial de aposta por tempo transcorrido, perda financeira, entre outros fatores estabelecidos", sugere.

Sobre  medidas que poderiam ser adotadas para prevenir o vício e auxiliar aqueles que já desenvolvem o víciom b1betjogos, os especialistas sugerem,m b1betum viés mais prático e ideal, a análise de comportamento do consumidor dentro da plataforma. Assim como mencionado por Maurício, os padrões de gastos, a intensidade e recorrência das apostas, os jogos consumidos e o tempo decorrido na plataforma. 

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Famílias mais vulneráveis

Um levantamento feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) conclui que a ascensão das apostas esportivas online no Brasil precisa de duas principais medidas: proteção às famílias vulneráveis e educação financeira aos apostadores. De acordo com nota técnica da organização, que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil, os efeitos das bets vão além da economia e tocam questões de saúde pública e proteção ao consumidor.

Conforme sugere a nota, legisladores podem considerar a implementação de regulamentos para proteger as famílias dos efeitos adversos das apostas esportivas online. Isso poderia incluir medidas para limitar o acesso às plataformas para indivíduos que enfrentam restrições financeiras ou fornecer recursos para práticas de jogo responsáveis.

A organização também reforça que, dados os desafios de acesso atualmente, pode haver necessidade de programas aprimorados de educação financeira direcionados aos apostadores, por parte de governos e organizações, o que incluiria serviços de aconselhamento, programas de gestão de dívidas ou assistência financeira para ajudar os indivíduos a enfrentarem tais situações financeiras.

Pente-fino contra as bets ilegais

O Ministério da Fazenda anunciou na terça-feira, 1, um rigoroso pente-fino sobre o setor de apostas online. A pasta divulgou uma lista com as empresas que pediram autorização para operar no País. As que não aparecem na lista estão proibidas de operar e terão os sites derrubadosm b1bet11 de outubro pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A iniciativa visa regulamentar a atividade de forma mais robusta. 

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A atividade das BETs foi legalizada pela Lei 13.756, de 2018, depois regulamentada pela Lei 14.790, de 2023. A partir dessa última lei, ela começa a ser regulamentada por diversas portarias do Ministério da Fazenda. Uma delas é esta recente que exige que as empresas peçam autorização de funcionamento para que, então, o governo possa fiscalizar essas casas de apostas.

“Uma vez que a operação foi legalizada no Brasil, a regulamentação é extremamente necessária”, diz Thiago do Amaral. Para descobrir se se o site de apostas esportivas você utiliza está regulamentado ou não é preciso checar no site do Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), do Ministério da Fazenda. O site do Sigap, disponível no endereço (aqui). As que pediram poderão continuar a ofertar as apostas até o dia 31 de dezembro deste ano. 

“A regulamentação vem principalmente para proteger o consumidor, para garantir que os direitos do consumidor sejam cumpridos e para trazer mais segurança, honestidade, confiabilidade e transparência à indústria. Nós podemos perceberm b1betvários mercados internacionais, como nos Estados Unidos, no Reino Unido,m b1betoutros países, que a regulamentação foi benéfica e assegurou mais segurança aos apostadores”, diz Filipe Senna. 

Eduardo Maurício afirma que países como Itália, Dinamarca, Estados Unidos, Reino Unidos, Austrália, entre outros, adotaram posturas proativas para a fiscalização das empresas de apostas, inclusivem b1betalguns casos com monitoramentom b1bettempo real. 

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“Assim, a regulação cuidadosa do setor voltada para a proteção do apostador, bem como a adoção de ferramentas de monitoração e fiscalização do setor, trará transparência e integridade aos eventos esportivos e apostas, e sobretudom b1betum cenário de cooperação jurídica internacional”, acrescenta o especialista.

Movimentação no Congresso Nacional

Embora tenha aprovado a legalização dos jogos online, deputados e senadores também têm se movimentado para tentar frear o víciom b1betapostas no País. Um dos deputados a propor sobre o tema foi Tião Medeiros (PP-PR), que protocolou um projeto de lei que proíbe beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família de gastar dinheirom b1betbets e que prevê a perda do benefício de quem descumprir a regra.

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) também propôs algo na mesma linha. Ele quer proibir o uso de cartões de crédito e de contas do Bolsa Família sejam usadas para fazer apostas online ou não de jogos de azar. Porm b1betvez, o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO) enviou aos pares o pedido de apoio para coletar assinaturas e formalizar a CPI das Bets, apostas ilegais e casas de apostas online no Brasil.

As propostas não se limitam apenas à Câmara dos Deputados. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) protocolou dois projetos de lei para modificar a legislação sobre bets e jogos de azar online. As propostas buscam limitar as apostas de pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e proibir a publicidade de apostasm b1bettodo o território nacional.

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Fonte: Redação Terra

Fontes de referência

  1. betesporte saiu do ar
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