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Depois de seis anos sem realização de nenhum leilão parar oferta de grandes hidrelétricas na região amazônica, o presidente Jair Bolsonaro decidiu que é hora de retomar a construção dessas grandes usinas na região.
O plano veio à tona nesta quarta-feira, 21, durante a divulgação de um pacote de novas privatizações, concessões e leilões que o governo pretende fazer nos próximos anos. Na lista dos empreendimentos que o governo pretende oferecer na área de energia, estão as hidrelétricas Bem Querer,melhor app para apostasRoraima, e Tabajara,melhor app para apostasRondônia.
PublicidadeEssas duas usinas são ambições antigas do setor elétrico e já estiveram, durante muitos anos, no plano do governo federal, como os governo dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Não foram para frente, porém, por causa dos fortes impactos ambientais que envolvem, além de envolverem questionamentos ligados a terras indígenas.
A usina Bem Querer, que tem potência de 650 megawatts (MW), inundaria uma área de 519 km². Para se ter uma ideia do que isso significa, trata-se de uma área maior que o lago formado pela polêmica usina de Belo Monte, no Pará, que tem potencia de 11.233 MW². O projeto não possui licença ambiental e mexe diretamente com terra indígena.
Já a usina Tabajara, com 400 MW, cobriria 96,3 km² de floresta amazônica na região de Machadinho do D'Oeste, área de Rondônia marcada por unidades de conservação ambiental. O empreendimento está na carteira de projetos da Eletronorte e Furnas, mas também não possui licenciamento ambiental.
A região de Machadinho é uma das áreas da Amazônia que mais sofrem com o desmatamento irregular e ocupações ilegais de terra. O projeto, que já chegou a figurar na lista de empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está há anos no papel, mas não avança por conta de dificuldades de licenciamento ambiental.
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