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Coordenador do Observatório Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Manoel Pires, avalia que o governo perdeu o controle do processo orçamentário e os riscos fiscais estão se acumulando.
"O que estamos vendo é uma deterioração contínua. Hoje, na prática, se criou uma alçada nova para discussão de novos gastos. É como se fosse um segundo processo orçamentário", afirmou Pires ao comentar o arranjo financeiro para o novo programa social, o Auxílio Brasil, no valor de R$ 400, com parte dos recursos fora do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.
PublicidadePires ressaltou que sempre achou o teto de gastos insustentável e que, desde 2019, toda vez que aparece um fato novo para as contas públicas, como alta de gastos, não se tem cortado as despesas.
"O que se tem feito é discutir o mérito dessa despesa nova e tentar orçar um valor que seja aceitável para o mercado. Mas cumulativamente o que é aceitável para o mercado vai se perdendo e o risco fiscal aumentando", disse Pires, que vê uma deterioração das contas públicas no cenário atual.
Para o economista do Ibre, essa prática atual não é um exercício que o governo possa fazer todo o ano. Ele lembra que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios já flexibiliza a regra de pagamento para aumentar o espaço no teto de gastos.
Para ele, a solução para esse quadro de piora fiscal é arrumar um espaço político no próximo governo para reorganizar o processo do Orçamento, eliminando as chamadas emendas relator, e arrumando o arcabouço das regras fiscais para elas terem longevidade e pararem de gerar tanta incerteza como agora.
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