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BRASÍLIA - O risco de a reforma da Previdência ser desidratadacurso betanomais R$ 76,5 bilhões acabou minguando as comemorações pela aprovação do texto-base da proposta no plenário do Senado Federal, na noite de terça-feira, 22. Após a proclamação do placar do segundo turno, de 60 votos a 19, melhor até do que no primeiro turno, não houve aplausos nem gritos. O silêncio de tensão sobre as votações que viriam a seguir acabou pesando mais que a empolgação pelo resultado principal.
A apreensão se justificou logocurso betanoseguida: na hora de votar um destaque do PT que pode alterar o conteúdo da proposta, o plenário do Senado empacou. Da forma como foi aprovado o texto-base, a reforma garante uma economia de R$ 800,3 bilhõescurso betanodez anos.
PublicidadeA bancada petista quer tirar do texto a vedação de aposentadoria especial por periculosidade, com o objetivo de contemplar vigilantes armados com regras mais benevolentes para acessar o benefício. O governo, porém, alega que retirar a proibição abre brechas para que outras categorias peçam uma aposentadoria especial. O tamanho do rombo seria de R$ 23,2 bilhõescurso betanodez anos.
Em uma negociação cheia de espectadores no café contíguo ao plenário do Senado, a equipe econômica tentou convencer o senador Paulo Paim (PT-RS), principal defensor do destaque, a negociar um acordo. O governo proporia uma lei complementar para contemplar vigilantes armadoscurso betanotroca da retirada do destaque. Por trás da tentativa estava o reconhecimento de que Paim estava conseguindo angariar apoiadores acurso betanoproposta. Mas não houve acerto.
No plenário, uma nova confusão acabou levando mais senadores a pender para o lado favorável ao destaque petista. Técnicos do Senado informaram que a aposentadoria por periculosidade seria permitida na Constituição e o direito seria suprimido na proposta do governo.
Líder do MDB, maior bancada do Senado, Eduardo Braga (AM) engrossou o coro dos que defendiam a aprovação do destaque, com a retirada da vedação a aposentadorias por periculosidade. Com risco crescente de o governo sofrer nova derrota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cancelou a votação e convocou sessão para a manhã desta quarta-feira, 23, dando tempo ao governo para tentar costurar uma solução.
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