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Um dos maiores litígios do mundo da década, entre a brasileira Embraer e a americana Boeing, se confirmado, terá como palco a Justiça dos Estados Unidos,poder sport betparticular o Distrito Sul de Nova Iorque, conforme as partes definiram no memorando de entendimentos, firmado há mais de dois anos e que foi obtido pelo Broadcast. Amanhã, a fabricante brasileira de aeronaves já convocou investidores para uma teleconferência, às 9h, quando deverá elevar o tom contra a Boeing, depois de a companhia ter cancelado o negócio de US$ 5,2 bilhões.
A aplicação da lei de Nova York na disputa seria desfavorável para a brasileira, conforme fontes, que falaram na condição de anonimato. "A lei de NY tende a proteger o que está no contrato. É muito mais difícil declarar nula uma cláusula. No Brasil, caso se provasse que a Boeing agiu com culpa grave ou dolo, haveria uma chance muito grande que possíveis cláusulas de limitação de dano fossem revertidas", afirmou uma das fontes. Todas as cláusulas do contrato, entretanto, ainda são desconhecidas. "Há alguns contratospoder sport betque até os custos com a operação de M&A não podem ser cobrados caso o acordo não aconteça", explicou a fonte.
PublicidadeDe qualquer forma, a expectativa conforme especialistas é de um longo processo de litígio entre as concorrentes, exatamentepoder sport betum momento de amplas dificuldades diante das consequências da crise trazida pela pandemia do Covid-19, que afetoupoder sport betcheio o setor da aviação. Procurada, a Embraer disse que não vai comentar a corte eleita para eventuais litígios. A companhia acrescentou que encerrou 2019 com uma sólida posição de caixa e não tem dívidas significativas nos próximos dois anos. "Mesmo assim, vamos passar a adotar medidas adicionais para preservar nossa liquidez e manter nossas sólidas finanças durante esses tempos turbulentos, o que inclui ajustes de estoque e produção, extensão de ciclos de pagamento, redução de despesas e capex e acesso a fontes complementares de financiamento."
A Embraer já tinha começado a se movimentar para concluir o negócio e gastou cerca de R$ 485 milhões de reais para segregarpoder sport betdivisão comercial. A empresa também transferiupoder sport betsede da Avenida Brigadeiro Faria Lima,poder sport betSão José dos Campos, para o bairro Eugênio de Melo, na mesma cidade. Conforme os executivos da Embraer,poder sport betteleconferência para apresentar os números do quarto trimestre, o atraso no fechamento do acordo representa custo adicional mensal entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões.
Logo depois que o negócio foi anunciado o modelo da operação foi fortemente criticado pelos acionistas minoritários da Embraer, que acusaram que o formato a escondia a troca de controle da empresa. Na época, acionistas minoritários recorreram à Comissão Europeia para tentarem impedir a consumação da venda do controle da divisão de aviação comercial da Embraer como foi proposto pela Boeing, já que, segundo o grupo, seria vendida a parte mais rentável da empresa, deixando sem fôlego o restante. A expectativa, agora, é que Associação Brasileira de Investidores questione a Embraer na Justiça brasileira, principalmente por conta dos gastos já desembolsados por conta da operação que não saiu do papel.
Ao cancelar a operação, a Boeing afirmou que a Embraer não atendeu às "condições necessárias" para que o acordo fosse concluído. Questionada pela reportagem sobre que questões seriam essas, a Boeing se limitou a dizer que são "elementos-chave dos termos da parceria".
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