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Para a executiva americana Mary Nicotera, o Natal começa quando ela escuta no rádio anúncios com a Trans-Siberian Orchestra, uma banda famosa por suas músicas natalinas.
Neste ano, Nicotera ouviu a propaganda pela primeira vezvaidebet sobreagosto.
"Quando chega dezembro, eu não aguento mais ouvir falarvaidebet sobreNatal", conta ele, vice-presidente e gerente-sênior de um bancovaidebet sobreNova York.
Nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças,vaidebet sobrenovembro, acaba marcando o início das festas de fim de ano. Na Europa ocidental, o Natal começa com o Advento, entre o fim de novembro e o início de dezembro.
Mas analistas do varejo concordam que, a cada ano as comemorações parecem chegar mais cedo, com as decorações típicas tomando as lojas e a mídia inundada pela publicidade temática até cinco meses antes.
Não são poucas as pessoas que acham essa antecipação do Natal algo irritante ou até mesmo enlouquecedor.
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"Quando se trata do Natal, parece que não há escapatória", afirma Kit Yarrow, professora de marketing e psicologia da Universidade Golden Gate,vaidebet sobreSan Francisco, que realizou um estudo sobre o assunto.
"Algumas pessoas sofrem reações extremas à 'overdose' natalina antecipada, como ataques de raiva e pânico."
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Disputa acirrada
Reclamar da antecipação do Natal não é novidade.
Ana Serafin Smith, diretora de comunicações da Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos, conta que já no século 19 muitas lojas começaram a perceber as vantagens de começar seus anúncios natalinos com antecedência.
Mas ela reconhece que o volume de mensagens adiantadas aumentou demais nas últimas décadas.
Somos bombardeados com o assuntovaidebet sobretodas as mídias - dezenas de memes nas redes sociais, anúncios de televisão, panfletos, cartazes, "Papais Noeis" e até lojas que vendem decorações natalinas praticamente o ano todo.
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E mais: a disputa pelo nosso 13º salário se tornou mais acirrada, o que explica muito dessa corrida antecipada pela atenção do consumidor.
"Para alguns lojistas, o Natal pode compensar ou arruinar as finanças do ano todo", diz Herbert Kleinberger, professor de administração na Universidade de Nova York.
Até mesmo os mais mão-fechadas abrem suas carteiras no fim de ano, fazendo com que o período seja crucial para que comerciantes fechem seu balanço no azul.
Tendência duradoura
Segundo Kleinberger, nos últimos anos as vendas do período natalino têm sido mais fracas, o que levou a esforços agressivos por parte do varejo para competir pelos consumidores.
E como muitos de nós já estamos de olho na carteira e no orçamento para as festas, o comércio se mobiliza cada vez mais cedo.
"E essa é uma tendência que ainda vai durar muitos anos, já que os lojistas conhecem as vantagens de largar na frente", afirma o professor.
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Mas toda essa antecipação deixa muitos de nós com a sensação de que o tempo está passando rápido demais, principalmente se aliada às pressões do dia a dia.
Para especialistas, o Natal antecipado também gera um sentimento de que nossas melhores lembranças sobre essa época também estão sendo desvalorizadas.
"As festas de fim de ano são, sim, uma época profundamente emocional e nostálgica, e muita gente acha que ver um Papai Noelvaidebet sobrepleno mês de setembro tira a preciosidade da comemoração", diz Yarrow.
Além disso, consumidores que se irritam com a antecipação do Natal também costumam se ofender com a comercialização da festa e a noção de que há menos atenção para seu lado religioso e familiar.
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"As pessoas sentem que os valores e a tradição são desrespeitados quando somos bombardeados fora de época", afirma ela.
Nova mentalidade
A boa notícia é que alguns lojistas estão começando a tervaidebet sobremente esse desconforto geral.
Nos Estados Unidos, a rede de lojas de departamentos Nordstrom enviou um email a seus clientes afirmando que vai continuar fechando no Dia de Ação de Graças para preparar a decoração natalina.
"A reação de nossos consumidores foi bastante positiva. Muitos disseram admirar nossa abordagemvaidebet sobrerelação a comemorar uma festa por vez", disse um representante da rede.
Na Austrália, a rede Myer também adota a mesma estratégia para não afastar seus clientes. O departamento de decorações de Natal abrevaidebet sobremeados de outubro, e Papai Noel chegavaidebet sobrenovembro. Sóvaidebet sobredezembro, no entanto, as lojas estão totalmente prontas e dedicadas à festa.
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"Isso dá ao comprador a chance de entrar no espírito natalino quando mais lhe convier", explica James Sheppard, gerente de merchandising visual da Myer.
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