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Passar por um posto de gasolina para encher o tanque é algo corriqueiro na maioria dos países, mas financeiramente a experiência pode ser bem diferente dependendo de onde você estiver.
Ainda que a gasolina seja um produto "globalizado", vendido no mundo inteiro, as condições que determinam seu preçobetano f1cada país são bem distintas, assim como as possíveis repercussões de um súbito aumento deste.
O México, por exemplo, esteve recentemente no noticiário internacional por causa dos protestos no país contra o "gasolinaço" - o aumento do preço de combustíveisbetano f1até 20%.
Manifestantes foram às ruas, houve saques a lojas e foram erguidos bloqueiosbetano f1estradas e barricadasbetano f1postos e instalações da petroleira estatal Pemex.
Desde 1º de janeiro, a Pemex perdeu o monopólio da venda de gasolina no México, sempre com preço determinado - e subsidiado - pelo governo.
A ideia é liberar o preço e a venda, e acabar com os subsídios milionários do governo para manter o preço baixo do produto.
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O caso do México não é uma exceção. Ao redor do mundo, o preço dos combustíveis está sujeito a variáveis como subsídios ou impostos, o preço do barril de petróleo e mesmo políticas de combate à inflação.
No Brasil, por exemplo, a Petrobras congelou o preço do combustível para controlar o aumento da inflação durante o governo de Dilma Rousseff.
No governo de Michel Temer, a empresa assumiu uma nova política de preços de ajustes periódicos de acordo com a dinâmica dos mercados nacional e internacional.
No entanto, as duas reduções de preços da gasolina e do diesel feitas pela companhia nas refinarias,betano f1outubro e novembro do ano passado, não se traduziram nos valores cobrados do consumidor nas bombas dos postos.
São essas variáveis que fazem com que o preço do litro da gasolina varie radicalmente ao redor do planeta;betano f1determinado país ela pode custar quase 200 vezes mais do quebetano f1outro. E também é preciso levarbetano f1conta o poder aquisitivo do consumidor.
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Ainda que o preço seja muito alto na Holanda e muito baixo na Bolívia, isso não signfica que, para os holandeses, a gasolina seja muito cara nem que seja muito barata para os bolivianos.
Os mais baratos
Segundo a consultoria Global Petrol Prices, a Venezuela é o país com a gasolina mais barata no mundo, entre 166 países e territórios analisados pelabetano f1seu mais recente relatório semanal, divulgadobetano f19 de janeiro.
A US$ 0,01 por litro, a gasolina continua a ser incrivelmente barata na Venezuela, país que enfrenta um difícil momento econômico, com inflação galopante.
O país tem as maiores reservas petrolíferas comprovadas do planeta. E,betano f1meio ao colapso econômico pelo qual passa o país, o governo segue empenhadobetano f1subsidiar massivamente o uso do combustível.
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As outras quatro nações com a gasolina mais barata do mundo também são quase todas grandes produtoras de petróleo.
Na Arábia Saudita, o país com a segunda maior reserva de petróleo do mundo, paga-se 24 vezes mais do que na Venezuela, mas o preço continua bem baixo: US$ 0,24 por litro.
A gasolina também é muito barata no Turcomenistão (US$ 0,29/litro) e na Argélia (US$ 0,32/litro), dois grandes produtores na Ásia e na África, respectivamente, e no Egito e no Kuwait (US$ 0,35/litro).
São países que acabam comprometendo recursos fiscais para subsidiar a gasolina para seus cidadãos, porque, ao vendê-la a preços baixos internamente, renunciam a receitas que seriam obtidas na exportação de petróleo de acordo com os preços internacionais.
No último ano, o valor internacional do petróleo in natura se manteve relativamente baixo. Mas, caso ele se eleve substancialmentebetano f12017, como alguns preveem, o custo para manter a gasolina tão barata poderá ser ainda maior para essas nações.
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Os mais caros
Talvez seja mais surpreendente a lista dos paísesbetano f1que a gasolina é mais cara.
O primeiro lugar fica com o território chinês de Hong Kong, onde o litro custa US$ 1,93, segundo a Global Petrol Prices, ou seja, 193 vezes mais do que na Venezuela.
Entre os motivos disso, estão os impostos, o alto custo de imóveis e outros gastos operacionais, segundo o jornal South China Morning Post.
Mais intrigante ainda é o paísbetano f1segundo lugar: a Noruega, onde se paga US$ 1,86 por litro. O surpreendente é que a nação é um dos grandes produtores e exportadores de petróleo do mundo.
Graças a suas jazidas no mar do Norte, o país está entre os 20 principais produtores do planeta. Mas,betano f1vez de subsidiá-lo, criou restrições que tornam muito caro ter um automóvel privado,betano f1prol de políticas que incentivam o transporte público.
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Suas exportações de petróleo alimentam o Fundo Soberano da Noruega, usado para diversificarbetano f1economia tendobetano f1vista o diabetano f1que as reservas se esgotarão.
Na terceira posição está a Islândia (US$ 1,75/litro), naçãobetano f1que impostos e a consciência ambiental ajudam a explicar por que é tão caro encher o tanque no país.
A mesma lógica se aplica a Mônaco e Holanda, empatadosbetano f1quarto com Israel e Grécia, com um preço de US$ 1,65/litro.
Israel, porbetano f1vez, é um país que aplica impostos altos na gasolina vendida nos postos e produz muito pouco petróleo, dependendo majoritariamente de importações.
No entanto, segundo o próprio governo israelense, o petróleo "é um recurso majoritariamente produzido por países que não são amigos e são até mesmo hostis" a esta nação.
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A Grécia entrou na lista depois de se ver obrigada a aumentar impostos a fim de ajustar suas finanças e cumprir as rigorosas condições impostas por seus credores para obter empréstimos.
O Brasil ocupa a 116ª posição do ranking, com um preço médio de US$ 1,18 por litro, o mesmo valor cobrado atualmente na Romênia e na Sérvia.
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