betano 365-Não punir racismo no futebol com perda de pontos significa ser cúmplice de racistas

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Goleiro do Milan foi vítima de ataques racistas no Campeonato Italiano, mais um sinal de que punições brandas não intimidam agressores
21 jan 2024 - 11h07
Maignan denuncia gritos racistas de torcedores da Udinese
Maignan denuncia gritos racistas de torcedores da Udinese
Foto: Getty Images

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Neste sábado, o goleiro Mike Maignan, do Milan, denunciou insultos racistas por parte da torcida da Udinesebetano 365jogo válido pelo Campeonato Italiano. A partida chegou a ser paralisada após o atleta francês relatar as ofensas ao árbitro, mas acabou retomada cinco minutos depois.

O protocolo antidiscriminação da Fifa, adotadobetano 3652019, prevê que os árbitros devem acionar um mecanismo de três etapas diante de casos de racismo nos estádios: paralisar o jogo para que os torcedores sejam advertidos, interromper a partida até cessar as agressões e, por fim, a suspensão definitiva do jogo que pode resultarbetano 365perda de pontos da equipe denunciada.

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Mesmo depois da paralisação do duelo contra a Udinese, torcedores do time da casa continuaram vaiando o goleiro do Milan, até então hostilizado com gritos e gestos de macaco. Maignan se pronunciou após a partida, explicando por que decidiu denunciar as ofensas. “Quando fui buscar a bola atrás do gol, ouvi grunhidos de macaco e não falei nada. Depois, aconteceu de novo, então falei com o árbitro e disse o que havia acontecido. Não é a primeira vez, não podemos jogar assim”, afirmou o francês.

Há cinco anos, a Fifa decidiu endurecer o protocolo antidiscriminação justamente pela reincidência de atos racistas no futebol europeu, sobretudo na Itália. Os zagueiros Kalidou Koulibaly e Antonio Rüdiger, por exemplo, sofreram mais de um ataque racista enquanto disputavam o Campeonato Italiano. 

“Por que a imprensa, os torcedores e os jogadores se juntaram para acabar com a Superligabetano 36548 horas, mas, quando há abusos racistas evidentesbetano 365um estádio de futebol, é sempre ‘complicado’? Talvez porque não sejam apenas alguns idiotas nas arquibancadas”, disse Rüdigerbetano 365depoimento ao The Players’  Tribune, combatendo o discurso de que o racismo no esporte se restringe a “casos isolados”.

De fato, o racismo é um problema social complexo, porém mais visível e toleradobetano 365estádios de futebol. Basta lembrar dos inúmeros atletas brasileiros vítimas de ataques racistas na Europa e, principalmente, no Brasil, onde ataques também têm sido normalizados há décadas. Em agosto, o caso envolvendo o goleiro Aranha, perseguido com gritos de macaco por torcedores gremistas quando atuava pelo Santos, completará 10 anos. O Grêmio – eliminado da Copa do Brasilbetano 365julgamento no STJD – foi um dos raros times punidos com perda de pontos por causa de atos racistas debetano 365torcida.

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Agora, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, diante da repercussão dos ataques contra Maignan, defende que clubes cujos torcedores provoquem a suspensão de uma partida devido a atos racistas devem ser punidos com derrota automática, algo previsto pelo protocolo estabelecidobetano 3652019, mas que jamais foi colocadobetano 365prática.

Protegidos pela leniência das autoridades esportivas, a começar pela Fifa, que resistembetano 365adotar medidas severas contra a discriminação, torcedores racistas ainda se sentem segurosbetano 365proferir ofensas discriminatórias nos estádios, cientes da impunidade – e de que os árbitros raramente são encorajados a encerrar uma partida manchada pelo racismo.

Na semana passada, Vinicius Jr. foi novamente alvo de provocações racistas na Espanha, dessa vez protagonizadas por uma parcela expressiva da torcida do Atlético de Madri, que já havia atacado o brasileirobetano 365clássicos envolvendo os times da capital espanhola na última temporada. Quando muito, os clubes que abrigam torcedores racistas emitem uma nota de repúdio, e fica por isso mesmo.

Já passou da hora de punir o racismo no futebol com perda de pontos. Essa deveria ser a prioridade da Fifa, que, atrasadabetano 365relação a medidas de sanção e prevenção efetivas, acaba se tornando cúmplice de racistas no futebol. Punição esportiva é urgente. E a repetição de casos como os registrados nos últimos dias só reforça a necessidade de políticas verdadeiramente antirracistas no esporte.

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Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.

Fontes de referência

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  2. futebol ao vivo e online
  3. roletinha net jogo

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