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Eu fiquei honrada e feliz por ter sido escolhida a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos de Tóquio. Sei que não foi uma decisão fácil porque temos atletas incríveis aqui. Estou até nervosa porque nem sei o que precisa fazer, se é para sacudir, se só segura a bandeira. Vai ser algo que não vou esquecer nunca e as pessoas estarão me vendo e lembrarão para sempre.
Ganhar duas medalhas foi uma coisa muito boa. Eu lembro que na hora do pódio pensei assim: "Estou fazendo o hino do Brasil tocar numa Olimpíada". Para a ginástica era algo bem difícil, como se fosse algo distante. A sensação foi espetacular. Coloquei muita gente para chorar naquele dia e isso me dá muita felicidade. Eu transmiti minha emoção no meu sorriso, nos meus olhos. O meu jeito de demonstrar era na alegria, não nas lágrimas.
PublicidadeEu lembro que ficava olhando do alto do pódio para o pessoal do Brasil, porque eles estavam muito felizes por mim, e eu senti que todo meu trabalho tinha valido a pena. Eu estava lá no primeiro lugar, era a mais alta de todas as meninas, e era uma sensação incrível. Mas isso não me torna melhor do que ninguém. Eu sempre me vi como todas as outras meninas. Na ginástica tudo pode acontecer e só pensava que tinha de fazer minha parte e dar meu máximo. Quando estavaguia de casino onlinecima do pódio pensei: "Parabéns Rê, você conseguiu".
Acredito que ganhei as medalhas porque trabalhei muito, junto com meu treinador e minha equipe. Eu mereci. As pessoas que estavam no pódio também trabalharam muito para que o resultado viesse. Acho que a medalha veio porque as pessoas me escutaram muito, eu também as escutei, e nos respeitamos bastante. Comecei na ginástica aos 4 anos de idade e só agora consegui essas medalhas, foi um processo de mudança de criança para adolescente, depois adulta, tive meu amadurecimento. E também teve o merecimento, porque dei tudo de mim e deu certo.
Até por isso gosto das duas medalhas. A primeira, de prata, trouxe a sensação de que tudo valeu a pena, de que a expectativa de todo mundo foi alcançada. Foi minha primeira medalha olímpica. E a de ouro deixei todo mundo feliz, pois é um aparelho que eu amo muito, adoro fazer salto, e a dedico para meu treinador Francisco Porath Neto, que trabalhou demais. Eu o tenho como meu pai, ele entende os processos e sabe como são importantes para mim.
Estou vivendo esse momento da medalha, estou curtindo um pouco, e confesso que não sentia peso nenhum, pois não sou obrigada a voltar com medalha. Queria apenas dar meu melhor. Sei que a expectativa é muito grande porque todo mundo sabe do meu talento, mas se eu ficar me cobrando desta forma, coloca uma pressão ou uma ansiedade desnecessáriasguia de casino onlinemim. Sei que as pessoas me admiram, que querem mais medalhas, mas sempre me respeitando e nunca querendo me pressionar. Porque a gente não precisa disso. O atleta, assim como qualquer pessoa, tem sentimento, não é um robô. Ele precisa se tranquilizar, ter uma cabeça boa e um corpo bom.
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