sport bet 366-Aluno denunciado por assédio sexual divide moradia universitária com vítima

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Segundo a estudante, o crime aconteceusport bet 366uma festa da UFF há quase um ano; instituição de ensino diz investigar caso
11 jul 2023 - 09h23
(atualizado às 10h52)
Imagem mostra fachada da Universidade Federal Fluminense, a UFF.
Imagem mostra fachada da Universidade Federal Fluminense, a UFF.
Foto: Divulgação / Alma Preta

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Uma estudante do Instituto de Educação de Angra dos Reis (IEAR) da Universidade Federal Fluminense (UFF) relata uma rotina de medo por ter que morar no mesmo local que o homem que ela denunciou por assédio sexual quase um ano atrás.

O homem denunciado também é aluno da faculdade pública e ocupa uma vaga na moradia estudantil com outras alunas. "Eu tenho muito medo da presença dele", desabafa a estudante, que fez a denúncia.

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Outra aluna, que também mora no campus, destaca uma ameaça feita pelo homem. "Ele disse que teríamos o que merecíamos", conta.

Em nota enviada à Alma Preta, a UFF diz que o aluno denunciado por assédio não pode ser excluído da moradia e de suas atividades acadêmicas enquanto durar os trabalhos da Comissão de Sindicância, que investiga a denúncia.

"Ele mantém, portanto, todas as suas atividades discentes regulares, com o devido acompanhamento do corpo docente", diz o comunicado da Universidade Federal Fluminense.

Entenda o caso

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Em setembro do ano passado, a estudante denunciou para a UFF ter sido vítima de assédio sexual durante uma festa de estudantes no campus.

"Ele parou atrás de mim e passou a mão na minha bunda. Eu não soube como reagir", recorda a aluna. Segundo a vítima, na festa o assediador também ofereceu drogas para as mulheres presentes.

Na madrugada após o assédio, a mulher relata ainda que o estudante Cássio Galatte Ribeiro apareceu seminu na cozinha, área comum dos estudantes. "Eu estava lá e ele apareceu só de cueca, blusa e tênis. Eu estava sozinha lá com ele", compartilha.

Após o episódio de assédio, a vítima diz que o homem começou a difamá-la dentro da universidade. Até hoje, dez meses após o ocorrido, a aluna diz não ter recebido nenhum apoio da universidade e revela não ter procurado a polícia por medo. "Por a gente não ter o boletim de ocorrência, eles disseram que não podem fazer nada", recorda.

As estudantes ouvidas pela reportagem dizem que se preocupam com a permanência do aluno denunciado no campus por ele, segundo elas, trabalhar diretamente com criançassport bet 366projetos de extensão da universidade.

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"Muitas vezes ele fica sozinho com as crianças aqui, pra fazer trabalho de campo, e ninguém faz nada", expõe uma das alunas.

Por outro lado, a UFF diz que o aluno "não está vinculado a qualquer projeto de extensão e toda e qualquer ação referente ao caso precisa ser sugerida e/ou proposta a partir dos trabalhos da Comissão de Sindicância, com base na investigaçãosport bet 366curso".

Não é a mesma coisa: como reconhecer assédio moral e sexual?

Outro lado

A reportagem procurou o aluno Cássio Galatte Ribeiro para sabersport bet 366versão acerca da denúncia feita pela estudante ouvida pela reportagem. Até a publicação deste texto, não houve resposta. 

Confira a nota da Universidade Federal Fluminense sobre o caso na íntegra:

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"A Direção do Instituto de Angra dos Reis recebeu a denúncia pelo Diretório Acadêmico neste ano, de um fato ocorridosport bet 3662022,sport bet 366meio a uma atividade de confraternização de estudantes no campus. Logo após o recebimento da denúncia, a Direção comunicou à gestão da Moradia Estudantil, sediadasport bet 366Niterói, para ciência e auxílio no acompanhamento do caso.

Após ser comunicado, o Diretor da Unidade foi até a moradia para dar suporte à estudante que havia vivenciado o ocorrido ora denunciado pelo Diretório Acadêmico, fornecendo-lhe acolhimento e provendo explicações sobre os trâmites institucionais necessários para encaminhamento do caso, inclusive aqueles afeitos ao suporte psicológico provido pela Divisão de Apoio à Saúde do Estudante, ligado à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (DASE). A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis colocou à disposição da estudante apoio médico e psicológico fornecido por essa divisão.

Foi orientado à estudante que procurasse as vias legais para encaminhamento criminal,sport bet 366paralelo à tomada de medidas administrativas por parte da Universidade. Tal orientação foi reforçadasport bet 366reunião de Colegiado de Unidade, realizadasport bet 366abril, estando consignadosport bet 366ata a orientação de que toda e qualquer estudante que sofresse assédio sexual no campus deveria levar a denúncia não apenas à Direção de Unidade, mas também lavrar um boletim de ocorrência junto à Delegacia de Atendimento à Mulher de Angra dos Reis.

A direção do IEAR abriu um processo a partir das denúncias e com orientação da PROAES criou uma Comissão de Sindicância, composta por representantes docentes, técnicos administrativos e discentes, incumbida de apurar o caso segundo os trâmites e regulamentos administrativos previstos pela Universidade. A comissão está com os trabalhossport bet 366andamento.

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Por recomendação da Procuradoria Federal da Advocacia Geral da União junto à UFF,sport bet 366respeito ao direito à ampla defesa e ao contraditório, enquanto perdurarem os trabalhos da Comissão de Sindicância, o aluno denunciado por assédio não pode ser excluído da Moradia e de suas atividades acadêmicas na Universidade. Ele mantém, portanto, todas as suas atividades discentes regulares, com o devido acompanhamento do corpo docente. Ressalte-se que o aluno não está vinculado a qualquer projeto de extensão, conforme asport bet 366indagação, e toda e qualquer ação referente ao caso precisa ser sugerida e/ou proposta a partir dos trabalhos da Comissão de Sindicância, com base na investigaçãosport bet 366curso.

Reiteramos, pois, que existe um processosport bet 366andamento, no qual a comissão de sindicância fará o devido relatório, apurando todos os fatos, com direito à ampla defesa e ao contraditório. E a Universidade tomará as eventuais medidas administrativas e disciplinares cabíveis e adequadas.

Além do processo administrativosport bet 366curso, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis tem, desde o início deste ano, trabalhado na criação de uma Coordenação de Equidade e Inclusão, cujas atribuições incluem: articular as ações que garantam o direito à diversidade, promovam a pluralidade de ideias, ampliem a inclusão e contribuam para o fortalecimento de uma política universitária comprometida com a superação das desigualdades e o respeito às diferenças; e conscientizar e elucidar a comunidade acadêmica sobre os tipos de assédio moral e sexual que acontecem neste ambiente, assim como combater formas de preconceito e discriminação. A criação desta Coordenação faz parte do projeto da UFF de melhor enfrentamento de violências de gênero, sexualidade, racismo e capacitismo que permeia a nossa sociedade.

Por fim, foram realizadas reuniões na Moradia Estudantil de Angra, presenciais e remotas, com participação de equipe da PROAES e da Direção de Unidade, estando já agendada, para este mês de julho, visita de equipe da Divisão de Atenção à Saúde de Estudantes e da Coordenação de Equidade e Inclusão, ambas da PROAES."

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Fontes de referência

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