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Cerca de 500 indígenas que hoje vivem na terra indígena Parakanã, no município de Novo Repartimento (PA), deixarão de votar no próximo domingo, 30, devido a uma série de ameaças que estão recebendo de não índios que vivem na região. Coagidosroleta pix onlinesuas aldeias, os indígenas já não conseguiram votar no primeiro turno. A denúncia foi feita por um grupo de professores universitários que presta assistência ao Parakanãs.
As ameaças de violência são constantes na região, mas se intensificaramroleta pix onlinemarço deste ano, quando três caçadores foram encontrados mortos dentro da terra indígena. O assassinato nunca foi esclarecido, mas os indígenas passaram a ser ainda mais hostilizados. Ao todo, vivem cerca de 1,4 mil indígenas na terra indígena. Estima-se que cerca de metade deles poderia votar neste domingo.
PublicidadeA situação alarmante levou os professores de pós-graduação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) a redigirem um documento relatando o problema. "Embora o processo investigatório ainda estejaroleta pix onlineandamento, e obviamente pouco possa ser dito sobre o ocorridoroleta pix onlinesi até o momento, constatamos com pesar que o fato passou a ser utilizado como forma de retaliação física e simbólica sobre eles na região, disparando o antigo 'gatilho' de falas racistas e preconceituosas, muitas das quais associadas a oportunismo político-eleitoral e interesses econômicos escusosroleta pix onlineexplorar ilegalmente a Terra Indígena Parakanã", afirmam os professores.
O povo encontra-se sem condições de transitar fora de seu território, segundo os docentes. "As escolas municipais estão inativas desde então, e o acesso aos produtos e materiais só é possível através da mediação dos servidores do Programa Parakanã. Atualmente encontram-se prisioneirosroleta pix onlineseu próprio território, um tipo de 'cárcere privado'."
A reportagem questionou a Funai sobre o assunto. Não houve resposta até a publicação deste texto. Para os professores da Unifesspa, o Estado tem falhadoroleta pix onlinegarantir a segurança e o deslocamento dos povos indígenas. "Encurraladosroleta pix onlineseu território, a violência contra esse povo se agrava com a denegação dos direitos políticos, na medida que o Estado não garantiu as condições mínimas de segurança, para que participassem das eleições presidenciais na condição de eleitores", afirmam.
Jerônimo da Silva e Silva, um dos professores que assinam o documento, afirma que chegou a buscar apoio de autoridades. "Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, da qual faço parte, fez uma tentativa de diálogo com Funai e o Ministério Público Federal no primeiro semestre, sem, entretanto, fazer avançar", comentou.
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