esportiva bet aviator-Casamento homoafetivo só é reconhecidoesportiva bet aviator17% dos países

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Em 22 anos, 34 nações autorizaram as uniões igualitárias. Europa detém maior proporção de países onde a medida é permitida
29 set 2023 - 12h07
(atualizadoesportiva bet aviator10/10/2023 às 15h50)
Ao todo, 34 países permitem esse tipo de vínculo, a maioria deles na Europa Ocidental e nas Américas
Ao todo, 34 países permitem esse tipo de vínculo, a maioria deles na Europa Ocidental e nas Américas
Foto: iStock/Rawpixel

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Um levantamento da Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA, na siglaesportiva bet aviatoringlês) aponta que 17% dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ao todo, 34 países permitem esse tipo de vínculo, a maioria deles na Europa Ocidental e nas Américas.

Em outras 36 nações, os casais podem assinar acordos de união civil. Em seu relatório, a ILGA ressalta que o reconhecimento de diferentes formatos de união civil homossexual veio antes da obtenção do direito ao casamento.

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"A possibilidade de ter acesso a essa proteçãoesportiva bet aviatorpé de igualdade oferece aos casais do mesmo sexo a estabilidade e a proteção tradicionalmente concedidas apenas a pessoas heterossexuais", diz o texto.

Dinamarca pioneira

Em 1989, a Dinamarca foi o primeiro país do mundo a ampliar o direito à união civil aos LGBTs. Na época, a prefeitura de Copenhague promoveu um evento na sede do governo para celebrar a parceria registrada de 11 casais. A mudança foi um marco para o país, onde até 1933 era proibido expressar a homossexualidadeesportiva bet aviatorpúblico.

Apesar de a união civil não permitir a adoção de filhos, a medida possibilitou que um dos parceiros herdasse os bens do outroesportiva bet aviatorcaso de morte. Além disso, mesmo com a liberação, as cerimônias continuaram proibidasesportiva bet aviatorigrejas evangélicas luteranas, maioria no país, e outras nações não reconheciam a união civil como casamento.

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Os homossexuais dinamarqueses só puderam se casar no país a partir de 2012, com a aprovação de uma lei pelo Congresso. A norma também permitia que igrejas realizassem os casamentos. Um estudo publicadoesportiva bet aviator2019 pelo Instituto Dinamarquês de Prevenção do Suicídio e pela Universidade de Estocolmo atribuiu ao reconhecimento dessas uniões civis a queda na taxa de suicídios entre LGBTs na Dinamarca.

No restante do mundo, mudanças na legislação favoráveis ao casamento homoafetivo foram inauguradasesportiva bet aviator2001, quando a Holanda celebrou o primeiro matrimonio entre LGBTs, depois da aprovação da norma no parlamento. Em 1º de abril, 4 casais tiveram a união confirmada na prefeitura de Armsterdã.

O que os países pensam sobre casamento homoafetivo O que os países pensam sobre casamento homoafetivo

Casamento igualitário pelo mundo

A Europa é o continente que concentra a maior proporção de países que permitem a união civil ou o casamento homoafetivo: ao todo, 30 de seus 48 países. Na América, 12 dos 34 países reconhecem a união civil ou matrimônio. O primeiro país a legalizar o casamento entre homossexuais no continente foi o Canadá,esportiva bet aviator2005. Por lá, antes da aprovaçãoesportiva bet aviatornível nacional por meio de decisão da Suprema Corte, as províncias já tinham liberado o casamento gay localmente.

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Na esteira dos canadenses, e após uma longa votação, os senadores argentinos passaram o projeto de lei que autorizou o casamento entre gays e lésbicasesportiva bet aviator2010. O placar foi apertado: 33 votos a favor e 27 contrários.

Na Oceania, apenas Austrália e Nova Zelandia autorizam o casamento igualitário. A decisão do parlamento australiano, por exemplo,esportiva bet aviator2017, foi respaldada por um referendo nacionalesportiva bet aviatorque 61,6% da população optou pela adoção da medida.

Na Ásia e na África, os direitos dos casais homossexuais são alvo da restrição. Entre os 42 países asiáticos, somenteesportiva bet aviatorTaiwan as pessoas do mesmo sexo podem se casar. O pleito no parlamento taiwanês que ampliou os direitos da comunidade LGBT ocorreuesportiva bet aviator17 de maio de 2019, Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Na ocasião, mais de 35 mil militantes protestaram pela mudança legislativa.

No continente africano, só na África do Sul os casais homossexuais podem se casar. O reconhecimento do direito foi oficializadoesportiva bet aviator2006 após uma decisão judicial do Tribunal Constitucional que obrigou o parlamento a alterar a lei do país sobre o tema. Em vez de "união entre homem e mulher", o casamento passou a ser definido como "união entre duas pessoas".

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Proibições

O número de países que criminalizam as relações homossexuais supera o daqueles que as reconhecem. Em 62 nações, as relações homossexuais são vedadas de maneira explícita na lei. Pelo menos sete punem com pena de morte os envolvidosesportiva bet aviatorrelacionamentos homoafetivos.

Um deles é o Irã, onde a proibição entrouesportiva bet aviatorvigoresportiva bet aviator2013, depois de uma reforma no Código Civil classificando como crime a relação entre indivíduos do mesmo sexo. Em 2023, o governo de Uganda aprovou uma lei que condena à prisão perpétua ou à morte quem mantiver relações homossexuais.

Mas os casos não se restringem à África e ao Oriente Médio. Mesmo na Europa, que concentra a maior proporção de países onde o casamento homoafetivo é legalizado, há casos de sanções aos casais. Na Hungria, desde 2020 uma emenda à Constituição inviabilizou a adoção por casais homossexuais, ao incentivar que os cidadãos denunciassem às autoridades famílias LGBTs com filhos.

Na Rússia, a Constituição proíbe o que classifica como qualquer tipo de propaganda relacionada à causa e ao movimento LGBT. Também nos Estados Unidos a comunidade enfrenta retrocessos de direitos: o estado do Tennesse baniu apresentações de drag queensesportiva bet aviatorlocais públicos ouesportiva bet aviatorpresença de menores de 18 anos.

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Caso do Brasil

No Brasil, o reconhecimento do casamento homoafetivo se sustenta por uma decisão judicial. Em 2011, o Supremo Tribunal federal (STF) deliberouesportiva bet aviatordois processos pela equiparação da união estável entre pessoas do mesmo sexo à heterossexual.

Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma resolução obrigando os cartórios a celebrarem casamento civil homoafetivo. Nos dez anos desde então, houve o registro de 76,4 mil casamentos homoafetivos no Brasil, segundo balanço da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

No entanto, o direito não é regulamento pela legislação. Por isso o tema é alvo de debates no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, tramitamesportiva bet aviatorconjunto dois projetos de lei sobre o assunto. Enquanto o projeto nº 5167/09 propõe incluir no Código Civil a proibição à união homoafetiva, outra matéria, o PL nº 580/07 quer o oposto: a possibilidade da união homoafetiva.

O texto é analisado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. Diante da iminência de que o relatório do deputado Pastor Eurico (PL-PE) favorável à proibição, fosse lido no colegiadoesportiva bet aviator19 de setembro, parlamentares da base aliada do governo apresentaram uma obstrução, e a discussão foi adiada.

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Na quarta-feira (27/09), deputados apreciaram o parecer do relator. Na ocasião, a deputada federal Erika Hilton (Psol-RJ) defendeu que o relatório é inconstitucional, pois promove a retirada de direitos já adquiridos pela população.

"O relatório apresentado pelo Pastor Eurico é [...] um escárnio e um explícito ataque contra a vida, a dignidade e os direitos das pessoas LGBTQIA+. Além de defender a retirada de direitos já adquiridos pela população, o procedimento antidemocrático e inconstitucional por excelência".

O relator rebateu: "Alguns desses (deputados) disseram que eu estou querendo fazer trampolim político. Gente, o projeto não é meu. Eu estou no quarto mandato e não seria esse o trampolim que eu iria usar".

No parecer, o Pastor Eurico (PL) afirma que o Supremo "usurpou" competências do Legislativo ao deliberar sobre o tema. Para o deputado, "inexiste qualquer previsão que permita o casamento ou a união estável entre pessoas do mesmo sexo". Ele diz que a Constituição reconhece apenas como entidade familiar a união estável entre homem e mulher.

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"O Brasil, desdeesportiva bet aviatorconstituição e como nação cristã, embora obedeça ao princípio da laicidade, mantém, na própria Constituição e nas leis, os valores da família, decorrentes da cultura de seu povo e do Direito Natural", prossegue o texto.

Diante do impasse entre os congressistasesportiva bet aviatortorno do texto, um novo parecer será elaborado pelo relator, junto com quatro deputados.

Por tramitaresportiva bet aviatorregime conclusivo, o projeto só precisa passar pelas comissões temáticas, e não é encaminhado ao plenário para votação. Depois da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família segue para a Comissão de Constituição e Justiça.

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Fontes de referência

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