x1bet bônus-É falso que associação yanomami Urihi foi condenada por desvio de R$ 33 milhões

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O processo citado na publicação é referente a outra associação, que atualmente está inapta na Receita Federal
27 jan 2023 - 18h57
(atualizadox1bet bônus30/1/2023 às 08h56)

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É mentiroso o texto publicado pelo site Poder DF que acusa a organização yanomami Urihi de ter desviado,x1bet bônus2016, R$ 33 milhões de verbas públicas que seriam destinadas à saúde dos povos indígenas. O processo citado na publicação é referente a outra associação, que atualmente está inapta na Receita Federal, e possui sócios e CNPJ diferentes da organização presidida por Júnior Hekurari Yanomami, acusado pelo site, de forma enganosa, com basex1bet bônusinformações do TCU (Tribunal de Contas da União). A Urihi Associação Yanomami foi criadax1bet bônus2016, após o TCU ter verificado a irregularidade contábil envolvendo a outra associação.

A falsa alegação acumulava ao menos 5.000 compartilhamentos no Twitter e 2.000 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta sexta-feira (27).

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ONG que denunciou desnutrição de Yanomami desviou R$ 33 milhões
Reprodução de título do site Poder DF dizendo que “ONG que denunciou desnutrição de Yanomami desviou R$ 33 milhões”
Reprodução de título do site Poder DF dizendo que “ONG que denunciou desnutrição de Yanomami desviou R$ 33 milhões”
Foto: Aos Fatos

Uma associação condenada pelo TCU por ter desviado R$ 33 milhõesx1bet bônusrecursos públicos de convênios, celebrados nos anos 1990 e 2000, tem o mesmo nome e vem sendo citada por publicações na internet para acusar a organização yanomami Urihi, fundada por Júnior Hekurari Yanomamix1bet bônus2016. O líder indígena e a organização foram alguns dos responsáveis por denunciar a omissão do governo de Jair Bolsonaro (PL) e a crise que os povos da Terra Yanomami estão vivendo.

Em 2016, o TCU (Tribunal de Contas da União) condenou a ONG Urihi - Saúde Yanomami, inscrita no CNPJ 03.272.540/0001-12, por contas irregulares envolvendo desvios de verbas que seriam destinadas às áreas de saúde e alimentação. Essa organização atualmente está inapta, segundo a Receita Federal, e não tem relação com a Urihi - Associação Yanomami, cujo CNPJ é 24.292.140/0001-49.

Conforme pode ser verificado no site da Receita, a Urihi - Associação Yanomami possuía o nome Hapyr (Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima) quando foi criada. Nem a ONG, tampouco seu sócio-fundador, aparecem no relatório do TCU sobre o desvio de dinheiro público (veja abaixo).

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Trecho da decisão do TCU não mostra a Urihi -- Associação Yanomami ou Júnior Yanomami
Foto: Aos Fatos

Condenados. Urihi - Associação Yanomami e Júnior Hekurari Yanomami não constam na lista de responsáveis citados no processo do TCU

A Urihi - Associação Yanomami também negou a informação no Instagram: "Nossa associação foi fundadax1bet bônus2016 e não tem ligação com a ONG Urihi que prestou serviços nos anos 2000, portanto qualquer meio de comunicação ou pessoas que veicularem inverdades utilizando a nossa imagem e dos nossos diretores será processado por calúnia e difamação".

O texto ainda afirma, de maneira enganosa, que a idosa que foi fotografadax1bet bônusestado grave de desnutrição seria venezuelana e que "neste teatro da esquerda, nem sequer um nome brasileiro ganhou, pois na grande imprensa é tratada apenas como 'idosa yanomami'". Além de desrespeitar a cultura yanomami, que não pronuncia o nome da pessoa depois de morta, ainda vai contra a informação divulgada pela imprensa: segundo o G1, a indígena viviax1bet bônusKataroa, localizadax1bet bônusRoraima.

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Outro lado. A peça de desinformação foi publicada pelo influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio que, no início da semana, divulgou a mentira de que os indígenasx1bet bônusestado de desnutrição não seriam brasileiros. Aos Fatos entroux1bet bônuscontato com Eustáquio, que disse que a Urihi "simplesmente mudou a razão social após as fraudes comprovadas pelo TCU". A alegação, no entanto, não faz sentido, porque o nome original da associação era Hapyr e, só depois, mudou para Urihi. Além disso, como dito anteriormente, os CNPJs e sócios são diferentes.

Sobre a idosa, Eustáquio afirmou que "a indígena Venezuelana atravessou a florestax1bet bônusbusca de socorro, disseram fontes de dentro da própria aldeia, que fazem oposição a esta ONG, que subjuga os próprios indígenas". Ele, no entanto, não apresentou provas de suas alegações.

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Referências:

1. Receita Federal

2. Instagram (@URIHI 1 e 2)

3. G1

4. ISA

5. Aos Fatos


Fontes de referência

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