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A médica Elisa Brietzke denunciou a cultura misógina e machista naturalizada nos ambientes das faculdades de medicina. Na rede social X, ex- Twitter, a hoje psiquiatra relatou experiências pelas quais passou durante seus anos como estudante.
“Não é do nada que uma dúzia de caras saem de pênis para fora no meio de um jogo de vôlei feminino. A faculdade ensinou a eles que eles podem, que quem veio antes pôde, e quem vem depois também vai poder”, escreveu Elisa. Ela se refere ao caso de importunação sexual que ocorreu na Universidade Santo Amaro (Unisa) em São Paulo, com alunos simulando masturbação coletiva e correndo sem roupa na quadra durante uma partida de esporte feminino, que ganhou destaque neste fim de semana.
PublicidadeNo relato, Elisa ressaltou que, para os alunos e professores, atitudes misóginas são cotidianas: durante 6 anos de curso, ela ouviu piadas machistas, presenciou assédio sexual e sofreu assédio moral de professores e outros alunos, como quando teve de ameaçar gritar para que um professor que a importunava desbloqueasse a porta e a deixasse sair. “Os cânticos de torcida da Medicina remetem a falas machistas: “medicina é papa fina, não é coisa para menina.” Isso cristaliza a cultura institucional”.
Ela também relembrou de quando, depois de uma festa, encontrou uma aluna desacordada e com as calças abaixadas na escadaria da faculdade. Segundo Elisa, a estudante não quis prestar queixa.
Por fim, a médica afirma que situações de machismo na Faculdade de Medicina são comuns, devido a naturalização do preconceito dentro do curso. “Tenho certeza absoluta de que o que passei não é exclusividade da minha experiência. Não há mulher que tenha passado pela medicina sem, no mínimo, ser vítima de micro agressões relacionadas a gênero (isso sem fazer outros recortes)”, finaliza.
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