Resumo
Monica Benicio, vereadora do Rio de Janeiro, usou a escrita como uma forma de manter viva as memórias com a ex-companheira Marielle Franco, assassinada a tiros junto de seu motoristaslot bet2018. Ela passou por depressão, dependência de álcool e culpa relacionadas à perda.
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A vereadora do Rio de Janeiro Monica Benicio (PSOL), de 38 anos, usou a escrita como uma forma de manter vivas suas memórias com a ex-companheira Marielle Franco, vereadora assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Gomes.
Autora do livro "Marielle e Monica: Uma história de amor e luta", lançadoslot bet13 de abril, ela recebeu alguns convites para escrever a obra aindaslot bet2018, mas acabou recusando. Um ano depois, conversou com uma editora e mudou de ideia. "Ela me convenceu da importância da nossa história de amor ser contada para outras mulheres e famílias LGBTs", disse a vereadora ao uol.
O livro se tornou uma peça importante na terapia de Monica, mas também foi um processo doloroso. "Porque é através da escrita que eu me desnudo. Mas toda vez que eu pegava para escrever, acessava memórias que não queria lidar. Foi muito doloroso, feito de pouquinhoslot betpouquinho. Um capítulo, um sofrimento, um choro", revelou.
A vereadora ainda aborda a depressão no livro. Na época do assassinato de Marielle, ela estava focada no estudo do espiritismo kardecista e, de acordo com Monica, aslot betreligiosidade foi um "elemento importante" naslot betluta contra a depressão.
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Ela também falou sobreslot betrelação com o álcool e como escrever sobre isso a ajudou no processo. "Faço o esforço de colocar de forma íntima para trazer o debate. É uma parte importante da minha história, e acho que outras pessoas podem se identificar com os desafios e buscar tratamento."
Monica confessou que bebia para esquecer. "Fazia as tarefas do dia e à noite bebia mais, para esquecer que convivia com a dor e a culpa de ter restado", disse ela, que lidou com perda novamente após a morte do amigo David Miranda.
Novo relacionamento
Após a morte de Marielle, Monica tinha medo de que se relacionar com outras mulheres fosse deslegitimar o seu "lugar de família da Marielle". Em alguns relacionamentos que teve, Monica estava sempre contaminada pela culpa e, por isso, se autossabotava.
"Hoje, namoro há dois anos, uma relação que não nasce livre de complexidade, mas que é construída com diálogo, carinho e paciência dela não olhar para o meu relacionamento com a Marielle como um lugar de competição, de disputa de afeto", disse sobre a companheira Bruna, com quem se relaciona desde 2022.
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Monica não sente mais tanta culpa por querer se relacionar com alguém. "Com tranquilidade, garanto que Marielle não ia querer me ver assim", afirmou ao uol.